Laura
Peguei o voo até porto alegre. Meu primeiro plano era pegar a primeira passagem até Dublin e não voltar mais para o Brasil, mas no fundo não era isso.
Não tinha condição financeira de fazer um gasto deste. Só queria passar um tempo sozinha, preciso pensar em tudo.
Assim que cheguei em uma pousada, tomei um banho e me vestir. Mandei uma mensagem logo em seguida para Pamela.
Uma mensagem curta e rápida.
Deitei e fechei meus olhos.
Caio
— Oi, Pedro, o que aconteceu? — Coloquei o copo de uísque em cima da minha mesa.
— Foi depositado mais de meio milhão, Caio, na sua conta. — Avisou.
Semicerrei meus olhos.
Depositado mais de meio milhão na minha conta?
— O que? Quem depositou?
Sabia exatamente que tinha depositado essa grande quantia. Laura.
— Está no nome da sua esposa. Megan Laura Lopes Almeida. — Disse. Talvez deveria dizer ex-esposa, ou nunca aconteceu.
Aliás, minha esposa no papel, mas na realidade era somente uma mentira que eu criei, que queria que todos pensassem que era de fato real, principalmente meu pai, mas nada era. Nada aconteceu como eu pensava. Primeiro, nunca, jamais poderia me apaixonar por ela... Laura. Fodeu! Me apaixonei pela mulher que era somente fingir, e, infelizmente me apaixonei. Era a intenção fingir estar apaixonado pela minha esposa. Era. Mas nada segue o plano.
A mentira pode ser a coisa mais perigosas que um ser humano contar para se dar bem, ou contar para se foder no final. Fingir e agora estou com meu coração na palma e na outra um copo de uísque pensado nela. Fiquei com a segunda opção: me fodeu no final.
— Tem o endereço de onde essa quantia foi depositada?
— Sim, tenho. Vou mandar para o senhor agora, senhor Lopes.
Desliguei a ligação.
***
Não sei quantas vezes tentei ligar para Laura ou mandar mensagens. Só sei que mandei e liguei várias vezes.
Peguei minha mochila e coloquei algumas peças de roupas.
Peguei meu celular do bolso, não vi quem era a pessoa que me ligava, só atendei rapidamente e coloquei na orelha.
— Que? — Perguntei sem um pingo de vontade de falar. Minha cabeça estar bem longe daqui.
— Caio onde você está? — É meu pai. — Você deveria estar aqui na empresa discutido sobre a presidência e sobre a empresa. — Meu pai suspirou fundo antes de continuar. — Romeu tentou entrar em contado com você ou Laura e não conseguiu. O que está acontecendo?
Uma longa história pai.
— Preciso resolver um assunto fora do Estado. — Digo.
— Qual assunto? Você não é presidente do Brasil para sair por aí resolver um assunto fora do Estado, Caio. Eu que coloquei você na presidência por um motivo, então aja como um.
Soltei um riso irônico.
— Agora não posso ir para empresa, pai.
— Precisa sim! Se você não vim esqueça a presidência.
Então é assim?
— Que sabe pai? Que se foda a empresa e a porra da presidência. Der logo para Breno. Eu me demito do meu cargo de presidente.
— Caio...
Antes que meu pai me falasse alguma coisa desliguei a ligação.
— Foda-se. — Gritei, jogando a minha mochila no meu ombro.
Antes de pegar meu voo tinha que resolver um assunto na empresa.
Só votarei de lá com Laura.
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O CONTRATO
RomanceE se apenas um dia sua vida ficasse de cabeça para baixo. Pela manhã sair para trabalhar e ser chamada no RH? Assim que pisar os pés no quarto e pegar seu namorado com sua melhor amiga nus? O que fazer? E, claro, a família lhe odiar? A vida de Mega...