Achei que já tinha trabalhando com chefes piores, mas ainda não tinha nem experimentado o começo. Balancei minha cabeça.
Caio para me testar, mostrou-me uma sala pequena onde eu iria ficar, até mostrar o meu trabalho bem feito e minhas competências na minha área.
Na cara dele parecia que, eu não tinha nenhuma competência. Nenhuma que agradava a ele, mas ele vai encontrar sim algo muito tentado em mim, que vai cair aos meus pés. Mas vai!
Dei uma olhada ao meu redor.
A sala é mais pequena do que eu esperava. Olhando para a empresa e o escritório de Caio... A minha nem era a metade do escritório do infeliz.
Deixei isso quieto. Ele vai ver o que sou uma profissional competente e dedicada. Meu antigo chefe era uma mula que gosta de pisar nos funcionários para ver o medo transbordado nos olhos dos meus antigos colegas de trabalho.
Lembro-me muito bem o ultimo dia que fui trabalhar, bom, foi um dia longo e cansativo, quero dizer, antes de ser chamada no RH. Marcelo é o dono da pequena empresa de administração que trabalhava, ele adorava grita comigo e com mais pessoas, ele queria nos dizer que ele é o chefe e dono. Se nós não trabalhássemos com ele em total pressão, então não éramos competentes para ele.
Um infeliz.
Ele é a própria depressão.
Então, com meu saco cheio dele, eu gritei com ele na frente de todos, disse tudo que estava entalado na minha garganta. Me fiz de louca. E no final daquele dia longo, acabei parado naquele bar... Ah, sim, primeiro fui no meu apartamento troca de roupa quando eu os peguei...
Sacudi minha cabeça. Maldito foi o dia de antes de ontem.
***
Quando o dia chegou ao fim, o meu pequeno escritório estava arrumado do jeito que eu quase queria. Sentei na cadeira fechado o notebook.
Suaram três batidas contra a minha porta. E em seguida um homem enfia a cabeça para dentro da sala.
— Olá, senhora Lopes. — Disse o homem.
— Oi. Entre, por favor.
Ele entrou e fechou a porta. Estirou a mão até mim, apertei a sua mão.
— Romeu, amigo do seu marido. — Comentou com um sorriso largo no rosto.
Ergui minhas sobrancelhas. Marido? Ah, esqueci que casei com um desconhecido em um bar, e eu estava muito mal e bêbada para lembra deste pequeno detalhe.
— Ah, eu não sabia, Romeu. — Fiquei de pé. — Laura. — Sorrir. — Esposa do seu amigo.
— Eu sei. Queria ter vindo antes te conhecer, mas sabe como é Caio, ele me encheu de trabalho e...
Antes que Romeu terminasse de falar, a porta foi aberta por Caio.
— Somente queria que você trabalhasse para receber o seu salário no final do mês. — Rebateu ele.
Sentei na cadeira novamente, observando-os.
Romeu virou o corpo para me olhar.
— Está vendo o que eu tenho que aquenta? Como você o aquenta, Laura? — Quis saber.
Dei de ombros.
— Como você o aquenta, caro Romeu. — Sorrir.
Romeu encarou o amigo e me olhou.
— Gostei de você, senhora Lopes. É verdadeira.
— Uma das minhas melhores qualidades. E é só Laura. — Digo.
— Fiquei curioso pelas as outras qualidades suas, Laura. — Disse essa frase olhando a cara de Caio.
— Vai ficar só na curiosidade. — Rebateu Caio. — Pronta, Laura?
Peguei minha bolsa e meu celular.
— Sim. Claro.
Romeu continuou sentado na cadeira, olhando para mim e seu amigo. Naqueles olhos cor de mel pude ver algo diabólico sendo tramado neles.
Antes de chegar na porta, mim virei e disse:
— Quando sair pode fechar a porta?
— Com certeza, Laura.
***
Tomei um banho longo e sentei na ponta da cama, estou somente de toalha envolta dos meus seios. Fechei meus olhos suspirando profundamente.
Hoje o dia passou mais rápido do que pensei. No meu antigo emprego, o dia passava se arrastando, parecendo que nunca chegaria ao anoitecer. Mas no meu novo emprego foi o contrário. Claro, tudo o contrário. Primeiro: Eu recebia um salário horrível e agora não sei o que fazer com tanto dinheiro na conta. Segundo: meu chefe era o próprio diabo feio e ruim, já meu chefe agora é, bom, muito bonito e educado. Talvez porque eu só trabalhei um dia com ele. E ele é meu marido no papel. Terceiro: Precisava ficar me preocupado em pagar o aluguel da espelunca que morava, mas agora não. Moro em uma mansão com empregados.
Quarto: Tinha que pegar o ônibus todos os dias, e hoje não. Tem um carro para mim, ou o carro de Caio.
Uma batida na porta me desperta. Levantei minha cabeça rapidamente. Caio saia com roupas em suas mãos.
— O que está fazendo aqui dentro?
— Preciso tomar banho. Creio que, preciso de roupas limpas também. — Encarou-me. — Meu quarto você tomou conta. — Resmungou.
— Eu não pedir o seu quarto.
— Eu sei disso. — E saiu do quarto.
Grosso mal-educado do caramba.
***
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O CONTRATO
RomanceE se apenas um dia sua vida ficasse de cabeça para baixo. Pela manhã sair para trabalhar e ser chamada no RH? Assim que pisar os pés no quarto e pegar seu namorado com sua melhor amiga nus? O que fazer? E, claro, a família lhe odiar? A vida de Mega...