Capítulo 7

5 1 0
                                    


Achei que já tinha trabalhando com chefes piores, mas ainda não tinha nem experimentado o começo. Balancei minha cabeça.

Caio para me testar, mostrou-me uma sala pequena onde eu iria ficar, até mostrar o meu trabalho bem feito e minhas competências na minha área.

Na cara dele parecia que, eu não tinha nenhuma competência. Nenhuma que agradava a ele, mas ele vai encontrar sim algo muito tentado em mim, que vai cair aos meus pés. Mas vai!

Dei uma olhada ao meu redor.

A sala é mais pequena do que eu esperava. Olhando para a empresa e o escritório de Caio... A minha nem era a metade do escritório do infeliz.

Deixei isso quieto. Ele vai ver o que sou uma profissional competente e dedicada. Meu antigo chefe era uma mula que gosta de pisar nos funcionários para ver o medo transbordado nos olhos dos meus antigos colegas de trabalho.

Lembro-me muito bem o ultimo dia que fui trabalhar, bom, foi um dia longo e cansativo, quero dizer, antes de ser chamada no RH. Marcelo é o dono da pequena empresa de administração que trabalhava, ele adorava grita comigo e com mais pessoas, ele queria nos dizer que ele é o chefe e dono. Se nós não trabalhássemos com ele em total pressão, então não éramos competentes para ele.

Um infeliz.

Ele é a própria depressão.

Então, com meu saco cheio dele, eu gritei com ele na frente de todos, disse tudo que estava entalado na minha garganta. Me fiz de louca. E no final daquele dia longo, acabei parado naquele bar... Ah, sim, primeiro fui no meu apartamento troca de roupa quando eu os peguei...

Sacudi minha cabeça. Maldito foi o dia de antes de ontem.

***

Quando o dia chegou ao fim, o meu pequeno escritório estava arrumado do jeito que eu quase queria. Sentei na cadeira fechado o notebook.

Suaram três batidas contra a minha porta. E em seguida um homem enfia a cabeça para dentro da sala.

— Olá, senhora Lopes. — Disse o homem.

— Oi. Entre, por favor.

Ele entrou e fechou a porta. Estirou a mão até mim, apertei a sua mão.

— Romeu, amigo do seu marido. — Comentou com um sorriso largo no rosto.

Ergui minhas sobrancelhas. Marido? Ah, esqueci que casei com um desconhecido em um bar, e eu estava muito mal e bêbada para lembra deste pequeno detalhe.

— Ah, eu não sabia, Romeu. — Fiquei de pé. — Laura. — Sorrir. — Esposa do seu amigo.

— Eu sei. Queria ter vindo antes te conhecer, mas sabe como é Caio, ele me encheu de trabalho e...

Antes que Romeu terminasse de falar, a porta foi aberta por Caio.

— Somente queria que você trabalhasse para receber o seu salário no final do mês. — Rebateu ele.

Sentei na cadeira novamente, observando-os.

Romeu virou o corpo para me olhar.

— Está vendo o que eu tenho que aquenta? Como você o aquenta, Laura? — Quis saber.

Dei de ombros.

— Como você o aquenta, caro Romeu. — Sorrir.

Romeu encarou o amigo e me olhou.

— Gostei de você, senhora Lopes. É verdadeira.

— Uma das minhas melhores qualidades. E é só Laura. — Digo.

— Fiquei curioso pelas as outras qualidades suas, Laura. — Disse essa frase olhando a cara de Caio.

— Vai ficar só na curiosidade. — Rebateu Caio. — Pronta, Laura?

Peguei minha bolsa e meu celular.

— Sim. Claro.

Romeu continuou sentado na cadeira, olhando para mim e seu amigo. Naqueles olhos cor de mel pude ver algo diabólico sendo tramado neles.

Antes de chegar na porta, mim virei e disse:

— Quando sair pode fechar a porta?

— Com certeza, Laura.

***

Tomei um banho longo e sentei na ponta da cama, estou somente de toalha envolta dos meus seios. Fechei meus olhos suspirando profundamente.

Hoje o dia passou mais rápido do que pensei. No meu antigo emprego, o dia passava se arrastando, parecendo que nunca chegaria ao anoitecer. Mas no meu novo emprego foi o contrário. Claro, tudo o contrário. Primeiro: Eu recebia um salário horrível e agora não sei o que fazer com tanto dinheiro na conta. Segundo: meu chefe era o próprio diabo feio e ruim, já meu chefe agora é, bom, muito bonito e educado. Talvez porque eu só trabalhei um dia com ele. E ele é meu marido no papel. Terceiro: Precisava ficar me preocupado em pagar o aluguel da espelunca que morava, mas agora não. Moro em uma mansão com empregados.

Quarto: Tinha que pegar o ônibus todos os dias, e hoje não. Tem um carro para mim, ou o carro de Caio.

Uma batida na porta me desperta. Levantei minha cabeça rapidamente. Caio saia com roupas em suas mãos.

— O que está fazendo aqui dentro?

— Preciso tomar banho. Creio que, preciso de roupas limpas também. — Encarou-me. — Meu quarto você tomou conta. — Resmungou.

— Eu não pedir o seu quarto.

— Eu sei disso. — E saiu do quarto.

Grosso mal-educado do caramba.

***

O CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora