Capítulo 20

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Laura

Fiquei obviamente entusiasmada com sinceridade de Pamela. Tinha esquecido como era ter uma amizade que podia desabafar. Minha última amizade terminou em uma cena trágica.

Fechei meus olhos. Amanhã é dia de ir a empresa e começar a trabalhar. Ficar dentro do quarto é algo sufocante. E ficar pensado que coisas que não deveria me deixava mais sufocada.

Olhei o teto. Aliás, encarei o escuro do quarto. Pamela e Marcia foram embora as seis da noite. Elas conversaram comigo por algumas horas, não falei sobre o acontecimento que aconteceu a tarde para Marcia, somente para Pamela. Pamela me colocou contra a parede e tiver que dizer. Tive que contar.

A porta foi aberta. Um flash invadiu o quarto, coloquei o lençol mais um pouco encima do meu rosto. Tentado me esconder e ver ao mesmo tempo.

Quem segurava o celular com o flash ligado era Caio. Ele sentou no meu lado da cama e deito.

Virei para o lado. Querendo olhá-lo, mas o flash no rosto não deixava.

— O que tá fazendo aqui? Tirei esse flash do meu rosto. — Empurrei o celular para o lado.

Caio encobre suas pernas com o lençol.

— Vou dormi. O que se faz em uma casa com uma linda mulher? — Pareceu sorrir no escuro.

Tentei olhá-lo, mas não deu pelo escuro. Liguei o abajur ao meu lado.

— Você já disse essa frase antes.

— Ah foi? Não me lembro. — Lembra sim.

Murmurei:

— Mentiroso.

Ele afundou o rosto no travesseiro.

— Hoje foi um longo dia para você, e acho que você não gosta de ficar só, principalmente dormi sozinha. — Falou.

— Como tem tanta certeza?

Deitei.

— Só tenho.

— É mesmo?

— É.

Ele me olhou.

— Vou dormi aqui hoje. Você aí. Então, boa noite, bela Laura. — Disse.

— Boa, Caio. — Desliguei o abajur e me virei para o lado.

Sorrir. Mordi meu lábio inferior. Isso está indo longe demais, mas estou gostando...

***

O meu celular não parava de vibra. Em cada ligação perdida era de um número desconhecido e outro de Lucia. Caio me disse que ela quer falar comigo algo sério. Conhecendo-a sei que é coisa besta. Não será sério.

Pela manhã tive uma reunião com o presidente da empresa, o pai de Caio, Gael. Estava presente Marcia, Pamela, Romeu, Breno, Caio e eu.

Gael sentou na ponta a mesa, sua esposa ao seu lado e assim o restante dos seus funcionários.

A discursão foi sobre a presidência da empresa. Os colaboradores que fazem parte do comparativo iriam votar e o voto final seria do presidente, obviamente o dono da empresa, Gael. Ele daria a palavra final, se iria concordar com os comparativos ou iria discordar.

Não seria hoje, estava marcado para duas semanas.

O dia que iria me dizer, ou afirma que o casamento de mentira acabaria automaticamente.

Duas semanas. Apenas duas semanas.

Os dias foram passado rapidamente e quando percebi já tinha passado sete meses que eu e Caio estamos fingidos ser um casal perfeito e feliz para todos. E está dando certo. Todos acreditam na mentira e no amor falso. Talvez em algum momento eu também acredito na nossa mentira, uma idiotice minha.

Peguei os papéis para levar a sala de Romeu. O meu celular começou a vibra novamente. Quase todos os dias Lucia ligar para mim e acabo deixando caí na caixa postal.

Estou na porta do escritório de Romeu. A sua assistente me olhou e voltou seus olhos para a tela do computador.

Resolvi atende, pelo menos hoje. E querer acabar com todas as suas ligações para o meu celular todos santos dia.

Levei o celular a minha orelha.

— O que você quer, Lucia. Não tenho esse tempo todo não. — Resmunguei.

— Megan... Preciso. — Engoliu em seco. Sua voz é de choro. O que tinha a acontecido? Provavelmente algo terrível mesmo. — Laura, você precisa voltar para casa. A nossa mãe... mamãe morreu...

— Morreu? — Minha voz saiu alta. — Como... Lucia, quando aconteceu?

Minha garganta se fechou. Meu corpo pareceu levar um choque.

— Foi... Foi esta noite Laura. Eu tentei ligar para você estes dias para dizer que mamãe estava doente, mas...

— Eu não atendi.

— Sim.

Fechei com força meus olhos. Não deveria senti o que estou sentido. Minha mãe nunca mostrou seus sentimentos por mim. Nunca disse para ficar em casa quando fui embora com minhas roupinhas e fui mora com uma colega. Nunca me beijou ou me abraço como as mães fazem. Nunca disse que me amava.

Meu peito aperta forte.

Po que, então, eu estou sentido essa angustia dentro do meu peito?

— Eu. — Suspirei fundo. — Eu estou indo para ir. — E desliguei a ligação. Encostei minhas costas na parede, encobrido minha boca, tentado não soluça.

Assistente de Romeu ficou de pé.

— Laura, você está bem?

Fiz que não. Eu não estou bem.

Romeu pareceu na minha frente com a expressarão assustada.

— Laura, o que aconteceu? — Somente conseguia fazer que não com a cabeça.

Romeu segurou meus ombros, me puxando para dentro do seu escritório. Antes de fecha a porta, Romeu se virou e disse a sua assistente.

— Chame Caio, agora!

Não vi o que ela fez depois.

O CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora