Preciso sair daqui o quanto antes. Sim. Deveria. Sair de dentro do quarto e simplesmente parei. Não fazia ideia onde era o caminho até a porta de saída. Não importava ser era a porta dos fundos ou da frente, somente quero ir para casa...
Não tenho mais casa. Lembro-me.
Encontrei uma escadaria e corri descendo os degraus, mas antes que alcançasse o último degrau, uma voz grave interrompeu meus pensamentos de fugir desta mansão.
— Laura.
Olhei na direção da voz. Caio está parado encostado a parede, uma xicara em mãos.
Engulo em seco.
Caio se aproximou de mim. Queria recuar. O quem eu fiz para merece isso?!?
— Por favor, eu preciso voltar...
— Sabe muito bem que você não tem para onde ir, Laura. Isso é a melhor solução para você. — Deu um gole do café.
O encarei.
— Melhor para você. — Retruquei.
Ele deu de ombros.
— Você também vai saindo ganhado uma bolada, Bela Laura. — Resmungou.
— Eu... — Engoli o que estava pronta a disse. Suspirei a procurar de forças dentro de mim. Ergui meus olhos a procura dos deles, ele já me encarava. — Eu estava bêbada quando assinei aquele contrato, Caio. — Lembrei do seu nome. — E você aproveitou da minha fragilidade naquele momento. — Desci o último degrau.
O cara rico, que, na cara dele não precisava de nada — principalmente de uma mulher pobre como eu para lhe ajudar sabe Deus o que.... — Caio encostou as costas na parede novamente. Deu um longo gole de café e colocou a xicara encima de uma mesinha.
— Sim, tenho que confessa que sim, mas vou lhe recompensa com isso, Laura. Depois que o nosso contrato chegar ao fim, você sairá com os bolsos cheios de dinheiro e um ótimo emprego. — Deu uma olhada para o meu corpo, fiquei de lado. — Não vou encosta um dedo em você, aproposito, Megan. Só precisa dormir na mesma cama que a minha quando pessoas próximas a mim vim dormir aqui em casa.
— Nossa...
— Nossa. — Repetiu. — Espero que isso seja um "vamos nessa, Caio".
Revirei os meus olhos.
— No seu sonho. — Comecei a caminhar na direção da porta, mas ela foi aberta por uma loira de olhos negros, semelhantes à de Caio. Eu já a vir em algum lugar, mas onde?
A loira parou e me analisou de cima a baixo. Dei um passo para trás automaticamente. Ela puxou os lábios para o lado esquerdo e deixou-os em linha reta. Depois de uma longa olhada para mim, ela encarou Caio.
— Caio, o que aconteceu, em? Pegou a primeira mulher do bar e trouxe para sua casa? — Perguntou ela, com ironia na voz.
Acetouuu.
Não gostei dela.
Caio me olhou de lado, mas não deixou de sorrir.
— Olhar como falar com minha esposa, Pamela. — Fuzilou-a com seus olhos negros.
— Esposa? — Quase gritou esse nome. — O que? Irmão, você bebeu e esqueceu de levantar? — Olhou-me novamente e voltou para o seu irmão. — Você está brincado, né?
Sim, está, literalmente ele está brincado com sua cara minha filha.
Simplesmente queria que esse piso sobre meus pés abrisse e me engolisse nesse exato momento. Que mulher mal-amada do cacete.
— Não, claro que não. — Disse Caio, passado o braço em minha cintura e se inclinado para beija minha bochecha, mas no meio do caminho se arrependeu e, simplesmente ele segurou meu queixo e beijou meus lábios.
Isso não está acontecendo. Isso não está acontecendo. Mas o beijo foi...
Engulo em seco.
Quando ele soltou meu queixo, ele olha-me dentro dos meus olhos, demoradamente.
Sua irmã pigarreou.
— Ah, desculpa, Pamela. — Suspirou ele, ainda me olhando sem reação. — Tem algum tempo que quero contar a família que encontrei minha alma gêmea, mas sabe como é. O que os outros não sabem não estraga. — Deu de ombros.
Pamela apertou os olhos.
— Você... — Ela voltou a me encarar. — Ela é um pouco...
— Linda de mais, é eu sei disso, Pamela. — Complementou o que Pamela, talvez, não iria dizer essas exatas palavras a mim. — Preciso que me der licenças que preciso conversar com minha bela Laura. — Puxou meu corpo para mais perto do seu corpo. — Né, Laura?
Engolir em seco.
— Sim. É.
Não, não é!
Caio abriu um imerso sorriso em seu rosto com minha resposta.
Pamela fechou a cara e sair pela a mesma porta que entrou. Pela a porta!
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O CONTRATO
RomanceE se apenas um dia sua vida ficasse de cabeça para baixo. Pela manhã sair para trabalhar e ser chamada no RH? Assim que pisar os pés no quarto e pegar seu namorado com sua melhor amiga nus? O que fazer? E, claro, a família lhe odiar? A vida de Mega...