Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VI

Capitulo 87

Peter olhava para cada movimento minucioso de Strange, criando um cenário falso dentro do Sanctum. Quando mago finalizou, estranhou que não havia nada de diferente.

— Deu certo? — Perguntou receoso.

Com um estalar de dedos, Strange fez aparecer a primeira cena que iam mostrar para Gwen: seu pai sentado a mesa com sua mãe ainda viva.

— Espero que isso seja suficiente — Disse Peter — Não quero que você tenha de usar aquele cenário.

— Em minha opinião, aquele seria o que teria mais chances de trazê-la de volta.

— Não vamos mostrar o Stark morto a ela, não enquanto ainda tivermos outras alternativas.

— Vamos tentar de tudo, Peter.

Peter assentiu, demonstrando estar agradecido.

Enquanto isso...

Complexo dos Vingadores (reformado e melhorado)

Tony adentrou a sala de reuniões e certificando que ninguém estava olhando, fez um chamado por um comunicador. E não um simples comunicador, aquele aparelho fora projetado com um longo alcance e somente para uma pessoa: Wanda Maximoff. A Feiticeira, cuja localização era desconhecida até mesmo para os Vingadores, atendeu ao chamado do ex-companheiro de equipe.

— Stark — Ela disse com seu sotaque sokoviano.

— E ai, bruxinha? Como vai a vida de hippie?

— Se não for nada importante...

— Não desligue! Por favor... A minha menina...

Wanda ficou alguns poucos segundos sem dizer nada, até perguntar por Morgan.

— Não, a Morgan está bem. É a Gwen. Ela... Ela precisa de nós.

— O que aconteceu?

— Ela teve suas emoções desligadas, eu acho. Foi o que o garoto me contou. Pode trazê-la de volta?

— Talvez.

— Qual, é? É claro que consegue! Por favor, Wanda. Eu tô com medo.

Wanda novamente ficou alguns segundos sem responder.

— Está bem — Disse por fim.

— Vou pedir pra Sexta-feira te mandar o ender...

— Eu te encontro. — E encerrou a ligação.

Stark não se importou com isso, pois estava esperançoso de que Wanda teria êxito em trazer Gwen de volta.

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Casa Noturna...

Após mais algumas apresentações, finalmente estava livre. Meu corpo todo estava suado e dolorido de toda aquela dança. Todas as meninas foram para o camarim, mas eu tinha planos melhores. Fui até os fundos da boate, onde encontrei Raviel encostado em um muro, fumando um cigarro. Ele me olhou com curiosidade, mas não disse uma palavra se quer, então, me aproximei a passos curtos até ficar a sua frente. Raviel percorreu seus olhos por todo o meu corpo, antes de me olhar nos olhos. Tirei o cigarro de seus lábios e o joguei longe, colocando minhas mãos em seu peitoral logo em seguida.

— Finalmente estou te conhecendo, Raviel. — Falei em um tom baixo.

— E você seria? — Sua voz era levemente rouca, o que me causo um certo arrepio.

— A novata.

— Não — Ele sorri fraco — Eu a vi hoje e, com certeza, não é você.

— Ela não era única. Eu sou Alana, mas acho que me conhece por outro nome. Castidade.

Raviel sorriu de canto.

— Vi seu show hoje. Nada mal.

— É? E se, por acaso, uma stripper quiser fazer uma apresentação de graça, o que ela deve fazer?

— Deve me seguir, porque sei de um ótimo lugar.

— Me mostre.

Raviel colocou uma de suas mãos em minha cintura e me guiou até um Sedan preto. Com um apertar de botão, as portas foram destrancadas. Quando entramos, Raviel fechou as portas. E foi quando aconteceu.

Fiquei por cima dele, em seu colo, beijando-o com intensidade. Suas mãos desceram pelo zíper de meu top, quase abrindo-o. Enquanto isso eu abria os botões de sua blusa, enquanto seus lábios beijavam cada centímetro do meu pescoço. Tudo estava acontecendo tão rápido. 

Desde que Cookie e eu nos desentendemos, venho sentindo uma fome estranha. Ela diminuiu quando matei Nicole, mas agora ela estava mais forte. Eu estava faminta. Por ele.

Desabotoei o botão de sua calça apressada. Raviel sorriu com fogo nos olhos. 

Quando ele tentou abaixar o banco para trás, alguém quebrou o vidro e destrancou a porta. Wade, sua katana em mãos, me tirou de lá de dentro e apontou sua espada para Raviel.

— Que caralh*s acha que tá fazendo, porra?! — Gritou furioso.

— Me divertindo — Sorri.

— Eu não deixar você machucar o Spidey desse jeito.

Agora sim eu tinha me irritado.

— Peter não é nada meu!

— Presta atenção, Gwendolyn. Eu tô muito put* aqui e você sabe o que eu faço quando isso acontece... — Ele aproxima mais sua espada do pescoço de Raviel, causando um pequeno corte — Baixa a bola agora ou eu...

— O que? Vai matá-lo? Vá em frente.

Wade não esperou um segundo pedido e cortou a garganta de Raviel. 

— Quando vai aprender que eu nunca blefo?

Senti uma presença atrás de mim e quando olhei para o reflexo do carro, notei que eram Ava e Ben. 

— Eu não faria nada se fosse vocês. — Adverti.

— Você vai vir com a gente, Gwen. Por bem u por mal.

Percebi que Ava e Ben se aproximavam. Eu não ia com eles de jeito nenhum, então, deixei que Cookie tomasse forma. Sua forma grande e feroz.

— Ei, ei, ei — Reclamou Wade — Pode deixando seu bichinho quieto! Anda, Gwen. Eu não tô pedindo.

— Eu não vou avisá-los de novo. Fiquem bem longe de mim e não irão se machucar.

Ava e Ben me atacaram. Eu podia sentir a raiva de Cookie crescer mais a cada golpe que desferiam em nós. Até que chegou um momento que ninguém, nem mesmo eu, estava esperando. Cookie jogou Ava, Ben e Wade para longe quando os três estavam em cima de nós e berrou tão alto e tão forte que nem mesmo eu estava aguentando. E, de repente, vi pela sombra no chão que tínhamos asas e cauda.

Asas enormes parecidas com as de um morcego.  A cauda era grande, grossa e pesada. nossas garras pareciam ter crescido ainda mais e tanto nossa altura, como nosso porte, estavam bem maiores.

Os três me olhavam assustados, mas Wade foi o único que tentou me enfrentar. Ele pegou sua katana e tentou acertar Cookie, mas foi pego pelo simbionte. Cookie o levantou na altura de seus olhos e berrou contra o rosto de Wade.  

— Olha só, Cookie, não é nada pessoal — Disse o mercenário — Eu até gosto de você e...

— Meu nome... É Demon. Príncipe do Clã Sombrio.

Quê?!

—Como é que é? Acho que eu não...

O enorme simbionte não esperou que Wade terminasse sua frase e o partiu ao meio com apenas as suas mãos.