Capítulo 11

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— Gwen, posso entrar? — Paco disse em um tom baixo, perto da porta de meu quarto.

— Claro.

Paco fechou a porta atrás de si e sentou-se ao meu lado na cama. Já fazia algumas horas que Sebastian haviam ido, mas o clima dentro de casa ainda estava estranho.

— 'Tá tudo bem? — Indaguei.

— Acho que sim.

— Com tudo o que rolou eu acabei nem perguntando se era o que você queria.

Paco negou com a cabeça.

— Não é. Eu não conheço aquele homem e não sei porque o interesse em mim só agora.

— Já perguntou a sua mãe?

— Sim, mas ela não quis me dizer.

— Dê um tempinho a ela, está bem?

Paco assentiu, baixando os ombros.

— O que você acha da gente fazer uma sessão cinema aqui em casa? Com muita pipoca, doces, uma maratona incrível de filmes... Topa?

— Topo — Ele sorri docemente — Obrigada, Gwen.

Paco sai rapidamente do quarto, pedindo para que Lily o ajudasse.

— Ei, loira! Deixa eu participar?

Wade?

Olhei para a janela do meu quarto vendo Wade acenar pra mim, com Peter ao seu lado. Abri a janela para que ambos pudessem entrar.

— O que estão fazendo aqui?

— Spidey queria falar com você e eu estou aqui de intrometido mesmo.

Cruzei os braços com um sorriso de lado.

— A gente pode conversar? — Peter perguntou em um tom baixo, tirando sua máscara.

— Sim, podemos.

— Me desculpa por ter deixado você chateada com meu ciúmes? Eu só pensava no quanto você e aquele... Cara ficaram próximos enquanto eu estava fora, que acabei não pensando no que você passou nesses últimos anos. Mas eu quero saber, Gwen — Ele segura minhas mãos — Me conte.

— Você vai ficar bem decepcionado comigo. Eu... Eu não fui forte. Não fui a Gwen Stacy heroína dedicada, eu...

— Tudo bem.

— Não, eu... Eu fiz muita coisa errada, Peter. Eu...

— Ela matou, Peter. — Wade falou em um tom firme.

— ... O quê? — Peter me olhou de um jeito estranho.

Larguei suas mãos e me afastei dele, envergonhada.

— Gwen, você sempre me disse que nunca mataria alguém. Isso o que Wade falou não pode ser verdade.

— Mas é, Peter — Wade falou novamente — Várias vezes a encontrei descontando sua raiva e frustração em bandidos, mas eu nunca me intrometi, porque sabia que ela precisava daquilo. Mas a cada dia foi ficando pior, não foi Gwen? Conta pra ele.

— Eu... Hm...

— Tudo bem, eu conto — Ele dá de ombros — Quando percebi que ela estava ficando fora de controle, eu comecei a seguir ela e sempre tentava impedir quando via que ela ia matar alguém. Sejamos francos, esse é o meu trabalho. Eu não ia deixar que a Gwen sujasse as mãos, até porque isso fica pra sempre com a gente. Mas teve um dia que eu não consegui chegar a tempo. Estava escuro e estávamos rodeados de filhos da put* do pior tipo. Lutamos com eles e quando dei por mim, ela havia cravado minha espada no estômago de um dos caras.

— Gwen — Peter se aproximou de mim ze colocou suas mãos em meus ombros, com uma expressão receosa — Diz pra mim que você não fez isso. Diz que ele tá mentindo. Diz.

— Ele falou a verdade. Eu matei.

— Por que você fez isso?

— Não sei... Me desculpa.

Peter me abraçou forte.

— Isso não muda nada, apesar de tudo. Eu ainda te amo e nada vai mudar isso.

— Você... Não está chateado?

Peter me olhou com um sorriso doce.

— Não. Ainda acho errado matar alguém, mas sei que você não faria isso de novo.

— Não vou.

Peter me beijou docemente e voltou a me abraçar. Eu não esperava essa reação positiva dele, mas esqueci que era o Peter para quem eu ia contar. Ele que sempre me entendeu e me apoiou em tudo. Agora, sim, eu estava feliz de novo.

Minutos depois Paco voltou ao meu quarto nos chamando para a maratona de filmes. Ficamos por horas assistindo a filmes aleatórios e só paramos quando todo mundo já estava morrendo de sono. Naquela mesma noite Peter eu eu voltamos ao nosso apartamento, dado por Tony assim que voltei de Londres. Foram poucas as vezes que voltei para cá e todas as vezes era para manter o lugar em ordem e limpo. Afinal, aqui ainda era nosso lar.

Nós nos deitamos na cama, conversamos um pouco e acabamos dormindo.

Sonhei com o dia em que matei e acabei acordando minutos depois sobressaltada e com a respiração acelerada.

Obs 1: a cachorrinha do Peter, a Tessa, ainda está viva, ta gente? Tô tentando incluir ela na historia kk

Obs 2: Michelle, Ned, Mj e outros ainda vão aparecer tbm.

Obs 3: No proximo cap vcs irão entender como foi matar alguém pela primeira vez para Gwen.

Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VIOnde histórias criam vida. Descubra agora