Capítulo 57

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Após a cerimônia, Peter, eu e os outros fomos para um salãozinho que Tony havia alugado para nós. Algo simples, mas bem aconchegante. Peter e eu cortamos o bolo, brindamos e dançamos um pouco antes de nos sentarmos. Ficamos conversando por alguns minutos, até que Ava me chamou para um canto onde estavam várias meninas.

— É hora de jogar o buquê.

— Mas eu não tenho.

Wade, que escutava tudo de uma mesa próxima, se aproximou de mim e arrancou algumas flores de um arranjo que estava perto. Ava ficou furiosa, pois fora ela que havia decorado com ajuda de Mary Jane.

— De nada. — Ele me entrega as flores.

Ava fez um sinal de que poderia ser esse mesmo e se juntou às outras meninas. Eu marquei bem o lugar onde ela estava e me virei de costas, fazendo uma contagem regressiva do número três pra baixo. Joguei o buquê e, como eu havia calculado, Ava o pegou. Eu sei que nessa tradição a moça que conseguir pegá-lo por mérito próprio é a próxima a se casar, mas eu queria muito que Ava ficasse com Ben.

Voltei para a mesa e tirei meus saltos, agora apertados.

— Eu vi o que você fez. — Comentou Peter.

— Eu joguei um buquê.

— Sei, claro.

Olhei para Ava segurando o buquê, enquanto conversava com Lily e Mary Jane. Ben estava do outro lado do salão, ao lado de Flash e Amadeus.

— Eles formam um casal fofo, não acha? — Indaguei.

— Claro. Eles gostam um do outro, não sei porquê complicam as coisas.

— Acho que eles estão com medo de perder a amizade. Precisam de tempo.

— E vocês, precisam ir embora. — Wade disse, sentando-se a mesa conosco.

Peter e eu o olhamos um pouco confusos.

— Está nos expulsando? Da nossa própria festa?

— Três palavras, baby: noite de núpcias. O que estão esperando?

— Mas e os convidados?

— Quem liga? Vazem logo daqui.

Olhei para Peter para ter uma confirmação de que era isso mesmo o que ele queria. Peter se levantou da cadeira e me ofereceu a mão, demonstrando que queria sair dali. Ok, então.

Segurei firmemente sua mão e depois de dar um beijo na bochecha de Wade, nós dois saímos do salão. Eu ainda estava descalça e Peter perdera sua gravata e paletó em algum lugar, mas não nos importamos. Chegamos alguns minutos depois em nosso apartamento.

Tessa não estava, pois Peter havia deixado ela na casa de tia mais cedo. Então, era apenas eu e ele. Fomos para o quarto. Era nítido seu cansaço quando vi pelo reflexo do espelho o mesmo se sentar na cama. Aproximei dele, ainda de pé, colocando uma de minhas mãos em seu rosto. Peter fechou os olhos por alguns segundo.

— Não precisamos fazer nada hoje, se não quiser — Comentei — Podemos, sei lá, assistir uns filmes e...

— Não. — Ele segura minha mão.

Peter se levantou da cama e me beijou docemente. Percebi que suas mãos foram para minhas costas, abrindo o zíper do meu vestido, puxando as alças e fazendo-o escorregar pelo meu corpo. Os pêlos finos do meu corpo se arrepiaram, estiquei os braços e desabotoei sua camisa, jogando-a em algum canto do quarto. Continuamos nos beijando, Peter me levando cada vez mais para a cama. Que saudade eu havia sentido de seu toque, do seu corpo, dele todo.
Pude sentir sua respiração ofegante, enquanto descia seus lábios pelo meu corpo. Passei meus dedos em volta de seus cabelos soltando um gemido quando sua boca passou por entre minhas pernas.

Quando volta a me beijar, decidi ficar por cima dele. Arranquei sua calça e cueca, sentando por cima de seu quadril, provocando-o.

— Gosta de provocar, não é, Parker?

Peter sorri, colocando suas mãos em minha cintura. Soltei outro gemido quando o senti dentro de mim. Coloquei minhas mãos em seu peitoral, como apoio. Ele é certeiro e carinhoso.
Ele me leva ao paraíso nesse momento.

***

Dia seguinte...

Acordei com um barulho estranho. Peter não estava na cama. Com muita preguiça, me arrastei até a cozinha. Peter estava fazendo o café, aparentemente, desastroso. Uma panela havia caído no chão o que deve ter provocado o barulho.

— Pete... — Chamei sua atenção.

— Hm? Ah, bom dia. — Ele sorri — 'Tô fazendo nosso café — Ele olha para a panela no fogão — Ou quase isso.

— Nunca te vi cozinhando.

— Nem eu...

— O quê?

— Nada. Dormiu bem?

— Uhum — Recostei-me na cadeira — O que vamos fazer hoje?

— Não sei ao certo. Vai ficar chateada se eu disser que não quero ficar aqui?

— Na verdade, não. Não somos um casal de ficar muito tempo sozinhos. Nos acostumamos a dividir nossa vida e rotina com várias pessoas. Aposto que está louco pra ver a última invenção do Tony ou... Ou treinar com nossa nova professora muito poderosa.

— É, eu 'tô. Então... Base Aérea?

— Base Aérea. — Confirmei.

Peter colocou o café na mesa — ovos mexidos com torradas e geleia. Simples e muito gostoso.

— Olha, não é que ele tem um talento para as artes culinárias?

— Não esperava por essa, hein?

***

— Vocês só podem estar de brincadeira! — Ouvi Ava reclamar assim que colocamos os pés na aeronave.

— Bom dia pra você também.

— Não podem ficar um dia longe daqui?

— Não é atoa que eles casaram aqui. — Ben disse, se aproximando de nós.

— Nós não íamos conseguir ficar dentro daquele apartamento sem nada pra fazer.

— Aposto que Wade tem idéias ótimas de como aproveitar o tempo.

Ava riu baixinho.

— Olha, aqui não tem muito o que fazer também — Comentou Ben — Ava e eu vamos dar uma volta pelo Central Park. Querem vir?

Peter e eu balançamos a cabeça, assentindo.

Demorou um pouco, mas chegamos. Peter e eu ficamos sentados debaixo de uma árvore um pouco distante de onde Ava e Ben estavam. Não dava para ver eles, mas sabíamos que estavam juntos.

— Eu ainda não me acostumei com essa calmaria. — Comentei.

— Ah, mas até que é bom.

— Sim, é. Mas é um pouco estranho.

— Então, vamos aproveitar esse momento calmo. 'Tô afim de tomar um sorvete, quer também?

Assenti, me recostando na árvore. Peter depositou um beijo no topo de minha cabeça e se levantou, indo a procura do carrinho de sorvete que vimos quando entramos no parque. Uma brisa suave me fez querer fechar os olhos e aproveitar aquele lugar em que estávamos. Nada poderia ser mais perfeito do que passar uma tarde ensolarada, embaixo de uma árvore tomando sorvete com Peter.

E enquanto eu curtia aquele momento, ouvi alguns galhos se quebrando alguns metros a minha direita. Mas antes que eu pudesse checar quem quer que fosse, senti uma dor aguda na lateral direita de meu pescoço. Um dardo pequeno estava alojado, pude facilmente retirá-lo. Mas minha visão ficou turva e meu corpo amoleceu. A última coisa que vi antes de apagar fora a silhueta de um homem, com uma pistola em mãos.

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