Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VI

Capítulo 45

— Eu vou falar apenas uma vez... Quem aqui é um Skrull?

— Carol, se acalma. — Falei para a loira brava a minha frente.

— Não tem nenhum Skrull aqui, Carol. Digo, Capitã. — Respondeu Ava.

— Um Skrull diria isso.

Ava ficou quieta.

— O que aconteceu? 'Tá todo mundo bem na base aérea? — Indaguei um pouco receosa.

— Não tem mais base aérea. Aquele lugar estava infestado de Skrulls.

— Alguém de nossa equipe?

— Miles.

Ben socou a parede do quinjet com força.

— E onde ele está? Encontraram ele?

— Estão procurando.

— Huh... Capitã? — Ava chamou sua atenção — O que vai acontecer se descobrimos que tem um Skrull aqui com a gente?

— Vou tirá-lo da minha maneira. — Ela aperta os punhos com força um no outro.

Ok, mais um problema para nos preocuparmos, pensei.

— Não tem como sabermos se alguém aqui é um Skrull, mas será ótimo tê-la conosco durante a missão. Então, que tal amenizar um pouco esse poder todo e se sentar com a gente, quem sabe até bater um papinho?

Carol nos olhou com uma expressão desconfiada, antes de adotar uma postura mais tranquila.

— Certo, Aranha. Sei que tem um Skrull entre vocês e eu vou descobrir.

— Bom, então, todos voltem a seus lugares. Ainda temos mais uma pirâmide para ir.

Todos se sentaram nos assentos, calados. Carol havia deixado um clima tenso entre meus amigos e eu precisava fazer algo para mudar isso. Ou aquela viagem seria mais longa do que o esperado.

— Ei, Ava — Sussurrei para a morena ao meu lado — Acho que agora você pode fazer aquelas perguntas para a Carol.

— Jura? Legal! Capitã, posso fazer umas perguntas? O que tem no universo? Digo, além de estrelas e outras coisas... Tem outros humanos além de nós? Eu sei que Peter Quill é humano e vive viajando com os Guardiões, mas eu quero saber se...

Carol arqueou uma sobrancelha pra mim e eu apenas me fiz de desentendida.

***

Templo El Castillo...


Chegamos depois de algumas poucas horas de viagem. A equipe concordou em fazer o mesmo com esse templo, o que fizemos em Tenochtitlán: reconhecimento da área. Dessa vez, Ava estava comigo enquanto que Peter fora com Ben. Estava muito óbvio que ela queria falar comigo.

— Ava, 'tá estampado na sua cara que você quer me perguntar alguma coisa. — Falei enquanto observava as estatuetas pelo local.

— Certo. Huh... Bom, você confia mesmo na Laranja?

— Eu não diria confiar. Está mais para "seguir". Por que a pergunta?

— Nada não.

Parei de caminhar e me virei para Ava.

— Está desconfiada também, não está?

— Também? — Ela arqueia uma sobrancelha — Quem mais está?

— Ben.

— Ah... Previsível. Aquele ali desconfia até do vento. Enfim, acho que ela...

— Está tramando alguma coisa — Completei. — É, eu sei. Eu 'tô de olho nela.

— E quanto a Alissa?

— Ava Ayala, eu não vou ficar vigiando a garota só porque você tem ciúmes dela. — Cruzei os braço, deixando-a nervosa.

— Ciúmes?!

— Vamos, não faça uma cena aqui. Apenas admita que é afim do Ben.

— Eu não... Ok. Você está certa. Não vou fazer uma cena aqui.

Bati em sua testa com meu dedo indicador, tentando deixá-la ainda mais nervosa.

— Bobona. Vem, temos que encontrar a última parte da jóia.

Ava e eu continuamos caminhando, procurando pelo pedaço de jóia.

***


Enquanto isso...

Não muito distante dali...


— Tudo está indo conforme o seu plano, mestre. — Disse a Tulpa curvando-se perante Karn, seu criador. — Assim que encontrarem o terceiro pedaço da jóia, poderemos ir para o próximo passo.

— Ah... Kasiya. Muito em breve a verei de novo. — O caçador totêmico sorri, lembrando de sua amada.

— Senhor, se permite perguntar... O que acontecerá com a jovem Gwendolyn?

— Infelizmente, Laranja, não há espaço no mundo para as duas. Depois de tanto tempo, finalmente encontrei uma jovem forte e corajosa, cujo sangue tem o DNA de duas aranhas diferentes. Ainda por cima, muito bonita. Assim como minha Kasiya era. Gwen é a garota perfeita para nós. Dessa vez, vai dar certo, Laranja. Agora, vá. Continue os guiando.

— Sim, mestre. — A tulpa voltou a se curvar, mas dessa vez com um traço triste em seu rosto.

Ela havia se afeiçoado por Gwen e seus amigos, mas estava atrelada as ordens de Karn, afinal, era seu criador.