Capítulo 31

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Laboratório do Dr. Octopus

O local estava abandonado há um tempo, mas ainda havia energia nele que podiamos usar. Me dirigindo até o painel de eletricidade, liguei todos os interruptores, fazendo assim todas as luzes se acenderem. Não havia passado um minuto e alguma delas quebraram, deixando o ambiente um pouco escuro. Apenas a luz dos monitores clareava o local.

— É esse o lugar que vocês vão usar contra o Anti-Venom? — Perguntou Alissa, cética.

— Não reclama antes de executarmos o plano.

— A gente não devia pensar um pouco nesse plano? Tipo... A descarga elétrica não vai machucar o Eddie também?

— O simbionte vai acabar absorvendo uma boa parte dela — Peter disse, tirando o pó de um dos monitores e acessando o sistema.

— Simbiontes protegem mais seu hospedeiro do que eles mesmos. Devia saber disso já que estudou eles.

— Estudei a anatomia deles, não o comportamento. — Ela cruza os braços, aborrecida.

Ignorei Alissa e comecei a caminhar pela sala, observando os detalhes. Os tubos de sono dos Assassinos de Aranhas podem ser úteis, pensei.

Me aproximei dos três tubos e os analisei.

— Pete, consegue ligar os tubos?

— Talvez...

— Use sua assistente pessoal.

— No que está pensando? — Alissa perguntou, se aproximando.

— Lembro que nos meus tempos de Academia, quando lutava com o Dr. Oc, esses tubos quando ligados, ficavam cheios de água. Eu tenho uma ideia para eles.

Alissa arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

Depois de alguns minutos tentando, Pete conseguiu acessar o sistema e ligar os tubos. Os três começaram a encher de água em uma velocidade incrível. Em menos de dez minutos todos eles estavam cheios.

— Ok, e agora?

— Agora... — Peguei um objeto pesado semelhante a uma caixa — A gente quebra.

Joguei o objeto com toda a força que eu tinha contra um dos tubos, fazendo um buraco nele. A água jorrou pra fora, molhando parte do local. Peter quebrou o segundo e eu o terceiro. A água dos três tubos fora suficiente para deixar na altura de nossos tornozelos.

— Fiquem fora da água. Eu vou atrás do Anti-Venom e trazê-lo para cá.

— Eu vou com você. — Peter disse se aproximando.

— Não, fique aqui com Alissa e procurem um lugar seguro longe da água. Podem fazer isso?

— 'Tá bem... — Ele suspira — Toma cuidado, então.

Dei um abraço rápido nele e saí do laboratório, rumo a cidade.

***

— Vamos, eu sei que está atrás de mim. — Murmurei enquanto observava a cidade de cima de um prédio.

Tony já havia me avisado que Anti-Venom conseguira sair da prisão, mas há duas horas não via o simbionte. Talvez ele tenha recuado e deixado que o Eddie voltasse a sua forma.

Se você ficar quieta ele vai aparecer — O simbionte roxo disse.

— Então eu devo sentar e esperar por ele, sem nenhuma garantia que ele vá aparecer?

Exatamente.

Cruzei os braços.

— Não. Ele está atrás de mim, da minha marca e agora de você. Então, ele vai vir.

Ok, você que sabe.

Olhei mais uma vez para a cidade em busca de algum movimento estranho. Nada.

Sabe... Tem algumas coisas interessantes no seu subconsciente.

— O quê?

Olha só, você é atormentada por pesadelos de um evento que nunca aconteceu com você.

— 'Tá falando do pesadelo em que eu caio de uma torre de relógio?

Esse mesmo.

— Bom... É só isso. Um pesadelo. Agora pare de mexer nas minhas memórias, é errado e grosseiro.

Você realmente não se preocupa com isso?

— ... Não.

Você hesitou.

— Ah, fica quieta! — Suspirei frustrada — Nem na minha própria cabeça eu tenho paz.

Olhei novamente para a cidade. Vi uma massa branca andando por entre os carros na avenida abaixo, causando pânico nas pessoas. Achei!

Pulei em direção ao simbionte, utilizando minhas teias para diminuir minha velocidade e pousar em um poste de iluminação com cuidado. Anti-Venom andava por entre as pessoas, mas era como se ele não as notasse. Ele até desviou um pouco quando um sujeito caiu a sua frente.

Estranho...

Anti-Venom acabou me vendo ali e berrou, vindo em minha direção. Como o planejado, comecei a levar o simbionte branco em direção ao laboratório do Dr. Octopus, me esquivando como podia de seus "tentáculos".

Venom Branco me seguiu até a sala onde estava a água e conseguiu me pegar, enrolando os tais tentáculos me volta de meu corpo. Uma fumaça branca começou a sair enquanto eu ouvia os berros do simbionte roxo na minha cabeça.

— Gwen! — Peter gritou — Aguenta firme, estou indo!

— Não! Fique fora da água!

Com muita dificuldade consegui soltar um de meus braços e atirar em um fio grosso de alta tensão, puxando-o para baixo. Aquilo não fazia parte do plano, mas agora não tinha mais volta. Anti-Venom me pegou e não ia me largar. A última coisa que eu ouvi antes de ter o corpo completamente eletrocutado e apagar, fora Peter gritando meu nome.

Outra perguntinha... Cês gostam de livros q tenham profecias? Com idas a templos antigos e sonhos estranhos?

Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VIOnde histórias criam vida. Descubra agora