Capítulo 13

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— MJ... — Chamei sua atenção ao me aproximar.

— Hm? Ah, e ai, Aranha? — Ela sorri.

— Qual a matéria de hoje?

— Uh, é bem especial. Sabe aquelas pedras com os nomes de todos que sumiram no estalar de dedos do Thanos?

— Sim, o que tem elas?

— Estão fazendo uma votação para ver se retiram elas ou deixam. Por falar nisso, qual sua opinião?

— Olha, eu tiraria. Quer dizer, todo mundo voltou, não? E aposto que querem esquecer tudo isso. Bom, eu quero.

— Diga-me... Como foi esses últimos cinco anos pra você? Muito difíceis, eu imagino.

— Os piores da minha vida.

Eu sabia que Mary Jane estava aproveitando aquele momento para fazer uma entrevista comigo e eu realmente não estava ligando. Eu só precisava saber dos meus amigos.

— Você tem falado com a Michelle? Ou com o Ned?

— Ah, sim. Eles estão bem. Michelle está magoada que vocês se distanciaram muito.

— Vou falar com ela, assim que voltar de viagem.

Os olhos de Mary Jane brilharam.

— Viagem? Que viagem? É algum tipo de missão? A mando de quem?

— Desculpe, MJ, mas é uma missão secreta. Não posso dar detalhes.

— Pode me dizer então qual é a desse traje preto aí? — Ela cruza os braços.

— É um traje simbiontico. Ganhei quando assinei o Tratado de Sokovia.

— Para tudo! Você assinou? Você é tipo assim... Time Homem de Ferro?

— O quê?

— É, sabe? Quem assinou é Time Homem de Ferro e quem não assinou é do Time do Capitão América.

— Que besteira.

— Não é não, fofa. Saiu em tudo quanto é jornal.

Ah, a briga que separou a equipe dos Vingadores, pensei. Odeio o Tratado por causa disso.

— Não sou nem um, nem outro. Assinei porque achei que fosse o certo — Dei de ombros — Mas e você? Ainda com o Jameson?

— Sabe que o jornal dele é o de maior audiência — Ela diz, como se estivesse se desculpando.

— Sabe que não ligo pra isso. Você faz ótimas matérias e acima de tudo, não critica eu e o Aranha como o Jameson faz.

— Não tem o que criticar. Vocês são heróis, se sacrificam todos os dias para nos manter a salvo. Jameson que é um idiota.

— Mas é seu chefe.

— Um chefe idiota.

Nós duas rimos.

— Foi bom te ver, MJ.

— Digo o mesmo, Aranha. Espero fazer outras entrevistas com você — Ela pisca pra mim — Dá um oizinho pro Pet... Digo, pro seu parceiro. E boa viagem.

— Valeu. Até mais.

— Até.

Mary Jane entra na van e segue viagem. Falando em viagem, já está na hora da minha.

****

— Pegou os fluidos de teia? — Peter perguntou, enquanto arrumava uma mochila em cima de nossa cama.

— Sim. Não esqueceu dos lançadores não, né?

— Estão aqui.

— Quanto tempo vocês vão ficar lá mesmo? — Paco perguntou, encostado no batende da porta de nosso quarto.

— Só até pegarmos o Eddie e trazê-lo para cá — Me levantei da cama e me aproximei dele, abraçando-o — Nem vai dar tempo de sentir nossa falta. Se o Sebastian aparecer com aquela história de pegar sua guarda pra ele, já sabe. Pode me ligar a qualquer hora.

Paco assentiu com um meio sorriso.

— E cuide da Tessa, ok? — Pediu Peter.

— Pode deixar. E se cuidem.

— Você também. Tchau, pirralho — Dei-lhe um beijo na bochecha e saí do apartamento, rumo a base aérea.

Quando chegamos, vimos Flash já a nossa espera na área de embarque, próximo ao quinjet. Peter foi logo entrando, enquanto eu conversava com o loiro.

— Já teve algum contato com o Eddie, Flash?

— Não, mas ouvi dizer que o simbionte dele é sinistro. Olha isso — Ele me mostra uma foto do enorme simbionte em seu celular — Ele é bem maior que o nosso.

— Mas isso é porque nossos simbiontes são praticamente "filhos" dele.

— E por que simbiontes deixam os filhos para trás?

— 'Tá ai uma boa pergunta.

Flash olhou para o celular, pensativo.

— E se o Eddie não quiser vir conosco? — Indagou.

— Aí teremos um problema.

— Deixem esse cara comigo, então — Ouvimos uma voz feminina e familiar se aproximar de nós.

— Capitã?

— Eu vou com vocês. Tudo bem?

Flash e eu nos entreolhamos.

— Tudo bem, mas você não tem que treinar os outros? — Perguntou Flash.

— Eles podem esperar. Vamos?

— Ok, vamos.

Nós três subimos a aeronave, com Flash pilotando e Carol sendo sua co-piloto. Peter e eu estávamos logo atrás, sentados nos bancos que ficam acoplados na parede do quinjet. Peter estranhou o fato de Carol estar indo com a gente, mas achou bom que tivéssemos a loira no nosso time.

— Não acho que iremos precisar dela — Falei olhando por um breve momento para Carol — Vi a ficha do Eddie. Ele não é um cara violento. Se falarmos com jeitinho, ele e o Venom aceitarão vir conosco.

— Não é querendo acabar com seu otimismo, mas simbiontes são... Peculiares. Venom não é calmo como o Cookie, muito menos obediente como o do Flash.

— Eu sei, mas vamos torcer para eu estar certa.

Spider-Gwen - Skrull Invasion - Livro VIOnde histórias criam vida. Descubra agora