#Ouça e divirta-se lendo.
Poderia ser doloroso, poderíamos ter simplesmente deixado toda essa ideia de lado. Mas não faria sentido, não faria porque ela era sim mãe dele, ela deveria fazer isso porque quer viver. Ela tinha dito que sua família havia morrido, eu não poderia imaginar algo assim. Eu deveria lembrar ela como é esse sentimento? Mas eu não sabia nada sobre esse sentimento, nada mesmo.
Sabrina ficava no quarto com Fred, eu só tinha que ir lá e falar com ela. Mas ele deveria estar desenhando, Fred adorava desenho. Ele me mostrava todos os desenhos dele.
Bati na porta do quarto e empurrei de leve, Julio estava arrumando as coisas para fazermos um piquenique. Ela só deveria ter um bom dia, um bom dia talvez a fizesse mudar de ideia. E a fizesse querer viver.
- Oi. - Disse, eles se viraram para minha direção e Fred sorriu. - Hã, vocês gostariam de dar uma volta conosco? Na verdade um piquenique. Nós, vamos encontrar minha irmã. E o namorado. Bem ele não é namorado dela, mas mesmo assim. - Eu parei de falar. - Acho que minha mãe e meu pai vão, também. - Sorri, esperando que eles dissessem algo. Fred sorriu e veio na minha direção estendendo a mão para eu poder segurar. Sabrina levantou da cadeira, ela parecia certa de que iria recusar, mas então ela deu um meio sorriso e pegou um casaco que estava no armário. "Obrigada" movi meus lábios para ela.
Sabrina quase não falava, sorria ou ria. Ao menos não para mim, ou quando eu estava perto. Talvez ela ainda o quisesse, e eu tivesse acabado com os seus planos. Mas ele havia me dito que ela foi embora. Eles tinham brigado e ela tinha ido, que ele queria que ela ficasse. Mas ela nem olhou para trás.
- Acha que ele a amava? Mais do que ele ama você? - Me perguntou Bree, certo dia. - Talvez eles se amassem como a mamãe ama o Da.
- Se o amor deles fosse desse jeito... Eles deveriam ficar juntos. Eu... - Ela me olhou por um tempo. Suspirei, ela era o tipo de pessoa que os homens gostam. Inteligente mas não o suficiente para ofuscar a inteligência dele, homens tem medo da inteligência feminina. Ela é bonita, extremamente bonita, magra, esguia. O tipo de garota que ganharia os concursos de beleza. Ela é gentil, ela não é uma aberração que lembra das coisas com uma imensidade de detalhes.
Me fiz essa pergunta muitas outras vezes. Eu queria saber, se eles se sentiam assim, se fosse esse tipo de amor, eu não deveria me intrometer. Eu deveria desistir. Deixar que eles fossem felizes juntos.
Andamos pelo corredor e eu o deixei sentado no sofá enquanto eu ia até a cozinha. Julio estava guardando tudo na cesta de piquenique que eu havia comprado.
- Oi, lindinha. - Ele disse me olhando e mostrando seu lindo sorriso. Parei de frente para ele e fiquei sorrindo, ele sentou na cadeira e inclinou a cabeça na minha direção. - Olá, mocinha. Como vai sua casa cheia de líquidos?
- Julio. - Falei. Ele sabia que eu não tinha feito o exame. Mas ele começou a fazer isso e eu não consegui pedir para ele parar, simplesmente porque era um amor.
- Você vai ser tão teimosa quanto a sua mãe? - Ele perguntou para a minha barriga. - Espero que sim, espero que você tenha tudo da sua mãe. - Segurei sua cabeça e dei um beijo em seu nariz. - Meu amor. Eu sei que não sabemos, mas eu posso sentir.
- Você sempre pode sentir. - Respondi. - Eu amo você. - Eu disse, me virando para terminar de guardar as coisas.
- Eu te conheço. O que está te incomodando? - Ele me abraçou pelas costas, deixando um beijo em meu pescoço.
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Perdidos no Tempo - EM REVISÃO
FanfictionQuando Jamie se vê com problemas, a única forma de escapar é passar pelas pedras e encontrar o amor da sua vida.