Parte II

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Despertei as sete horas da manhã, tirei todas as roupas da mala, e comecei arrumar no pequeno guar-roupas, ouvi algum movimento no andar debaixo, pelo jeito o pessoal ia trabalhar cedo, o sol brilhava lá fora e eu pude ver algumas pessoas caminhando na rua. Ouvi alguém bater na porta.

- Oi. -falei ao abrir.

- Bom dia. -Léo falou. - O café começa cedo, é melhor descer, porque já sabe... né? -falou dando um meio sorriso.

- Tudo bem, mas não vou descer agora, tenho que arrumar essas roupas. -abri mais a porta pra que ele as visse.

- Ok, então tchau, vou trabalhar. -ele disse.

- A o que você faz? -perguntei ,mas não querendo ser indelicada.

- Sou Garçom. -ele disse sério.

- Legal, bom trabalho. -sorri.

- Tchau. -falou sorrindo e saiu.

Estava bonito, com uma calça pouco justa, preta, uma T-shirt branca, carregava uma bolsa masculina ao lado do corpo, depois de observar ,voltei a arrumar minhas coisas, com o tempo aquele quarto ganharia a minha cara.

Terminei de arrumar eram dez horas, desci, encontrei dona Ofélia tricotando na sala.

- Bom dia. -falei e beijei seu rosto.

- Bom dia. -ela acariciou meu rosto.

Minha barriga roncou e eu fui para cozinha procurar algo pra comer, abri a geladeira ainda com certo receio, mas encontrei iogurte, despejei em um copo, e foi só.

- Dona Divina não estar? -perguntei.

- Foi trabalhar. -Ofélia disse.

- O que ela faz? -perguntei.

- Tem um bar bem aqui na frente. -sorriu e consertou o óculos.

- Entendi. A senhora fica sempre sozinha?

- É minha filha, já estou velha né.

- Sei.

- Mas e você, vai fazer-me companhia sempre?

- Só enquanto não arrumo emprego.

- Entendi.

- Eu vou pro quarto, tá bom?

- Vai lá.

Voltei ao quarto, me senti um pouco mal por estar tão perdida naquela cidade, não conhecia nada e nem ninguém, até quando seria assim? Precisava trabalhar logo.

Passei horas intediantes naquele quarto sem graça, quando Isadora disse pra mim descer para o almoço, só estava ela, dona Divina, seu marido e dona Ofélia.

- Estela, aqui está as regras estabelecidas. -Divina me entregou uma folha.

- Obrigada, é... Mas eu me chamo ESTER! -corrigi.

- Senta. -não me deu idéia.

Tá, Estela é um nome bonito.

Li parte do papel, dizia que eu precisava ajudar na limpeza da casa aos fins de semana ou no meu dia de folha, mas Divina fez questão de acrescentar do lado escrito à caneta, que quem não trabalha, ajudaria todos os dias, e um monte de outras regras idiotas.

- Olá. -ouvi a voz de Léo na porta.

'' finalmente alguém agradável" -pensei e sorri.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora