Capítulo 8

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   Acordei no dia seguinte, com os olhos ainda quase fechados, notei uma mensagem no meu celular. Era do Léo, que estranho, dizia:

Bom dia Di, sei que você nem levantou ainda, pois a primeira coisa que faz é fuxicar esse celular pra ver se tem mensagem daquele idiota, mas não, sou eu, Léo. Só quero te pedir desculpa mais uma vez e dizer que vou me afastar,(antes de me xingar, eu não tive coragem de falar olhando nos seus olhos, talvez eu seja um covarde, né?)enfim...  porque tá insuportável ficar perto de você e ao mesmo tempo tão longe, tá difícil. Todo mundo tem aquela pessoa que é tipo o seu ponto fraco, então, você é o meu.  E eu preciso ficar forte de novo, tô parecendo um frouxo correndo atrás de você, e você nem aí.  Pode pensar que estou desistindo fácil demais, talvez seja, mas me diz, qual a chance que eu tenho contigo ?  Já imagino a resposta. Então... acho melhor a gente não ficar tão próximo, pode achar que estou agindo como um adolescente, mas que se dane, só estou um pouco cansado disso tudo, sabe? Acho que não. Mas de qualquer forma, o que te disse ontem, é verdade.
   Ah, eu já fui trabalhar!  Toma cuidado na rua, qualquer coisa me liga. bj. ”

- DROGA! -joguei o celular na cama.

   Agora me diz, qual a necessidade disso?  Por que eu tenho que magoar as pessoas que gosto? 

    Nesse momento eu estava desejando nunca ter conhecido o gostosão do Arthur e ter me apaixonado a primeira vista por Léo, só pra evitar de ele sofrer assim.

   As vezes o coração é um idiota mesmo, pois ele realmente não batia descompassado por Léo, sim por Arthur, talvez ele nem mereça, mas é assim e eu não tenho culpa .

   Ainda com os olhos marejados, fui tomar meu banho, pois precisava trabalhar. Embaixo do chuveiro, deixei as lagrimas rolar e pensei no que responder naquela mensagem.

   Me arrumei rápido e saí sem falar com ninguém. Da porta pude ouvir alguem dizer.

- Educação mandou lembrança! -não reconheci a voz, talvez era um dos inquilinos que nunca falou comigo.

- Vá se ferrar! -gritei irritada e saí rápido.

   Peguei lugar sentada no ônibus e encarando a rua, me bateu uma saudadezinha de Goiás, lá não tinha essas preocupações, quando vim pro Rio, imaginei ter outros problemas, do tipo de emprego, adapatação   à nova cidade, grana... Mas nunca esses negócios estranho de sentimentos. E eu pensando que amor era aquilo tudo que todo mundo falava...

(...)

- Bom dia. -falei assim que cheguei na cozinha.

- Bom dia. -alguem respondeu, não sei quem, pois encarei Léo que estava na bancada esperando a bandeja.

- Oi Léo. -falei.

- Oi. -disse.

- Recebi a sua mensagem, mas não precisa ser tão frio. -falei.

- Desculpa Di, é muito trabalho. Depois a gente se fala. -falou pegando a bandeja e não me deu tempo de responder, se virou e foi trabalhar.

   Resolvi fazer o que tinha que fazer e fingir que aquele gelo não doeu.

(...)

   No meu horário de almoço, resolvi sair pra pensar um pouco.

  

    Estava caminhando na areia da praia e tomando água de côco. Você deve está pensando:  Ô vida boa em...

   Mas não, eu nem gostava de água de côco, estava com dor de cabeça e  toda confusa. Então não, não era uma vida boa.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora