Capítulo 32

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    Léo mexia muito comigo, naquele momento em que ele disse que desistiria de mim, meu coração se apertou e me deu uma vontade louca de dizer pra ele que também o amava, sim, eu o amo, isso é algo novo até mesmo pra mim, mas quando é amor o coração sabe, a gente sente, e a certeza se concreta ainda mais quando se tem uma outra relação pra comparar, o que sentia por Arthur era uma outra coisa, bem mais de desejo do que amor, eu o desejava, agora nem tanto, mas antes, seu corpo me atraía, me fazia imaginar inúmeras perversões, mas era só isso... Quando o caráter é precário, a beleza se torna insignificante, eu demorei pra perceber isso. 

   Mas ao invés de me declarar alí mesmo naquela praça que ainda cheirava a molho de hot dog, que no momento estava me enjoando, eu deixei Léo partir, observei ele caminhar até a entrada do restaurante, até que ele sumiu em meio aos clientes famintos.

   Era muita emoção  para um dia só, então eu resolvi ir embora, subi o morro pensativa e cansada.         

   Cheguei em casa e a porta estava aberta, Arthur já estava em casa, eu não queria vê-lo,  quando adentrei em, ele estava na janela, com os dedos fazia como se fosse uma arma e mirava em algum lugar, ele ria de vez enquando, aquilo me assustou.

- Arthur? -chamei.

- Mas Já chegou?! -perguntou assustando.

- Estou na minha hora, mas e você ,não está cedo demais? -questionei.

- Resolvi vir mais cedo hoje. -justificou.

- Pra quê? -me sentei no sofá.

- Qual é?  Parece que não gosta de me ver em casa. -reclamou saindo da janela.

- Para de drama. O que estava fazendo aí? -olhei para a janela.

- Que interrogatório é esse, em, Ester? -falou irritado. Uma pessoa que não estivesse aprontando alguma, não estranharia as perguntas.

- Eu só quero saber, ué. -falei num tom de como se não houvesse problema.

- Você tá chata, em. -ele saiu andando.

   Eu já estava de saco cheio, precisava pensar e dar um jeito na minha vida.

*************

     .No dia seguinte, eu resolvi ir ao médico antes mesmo da data marcada, precisava tirar algumas dúvidas em relação a quanto tempo eu ainda podia trabalhar, falei com Mônica e ela até me liberou mais cedo, o que não era preciso, mas aceitei.

    Eu me sentia mais segura quando ia com Léo, não sabia o que temia, então eu liguei para ele, não só por isso, eu desejava  ver aquele sorriso de novo.

- Oi Di, aconteceu alguma coisa? -ele atendeu rápido.

- Não... É que eu vou ao médico hoje, e...Sei lá, você não quer me acompanhar? -perguntei sem jeito.

- Sim, eu vou. Mas é agora? -perguntou atrapalhado com alguma coisa que mexia do outro lado da linha.

- Oh!  Eu devo está te atrapalhando no serviço, eu realmente esqueci, Léo, desculpa. Eu vou agora, sim, mas se estiver ocupado, tudo bem. -falei.

- Eu saio em dez minutos, seria demais pra você esperar? -perguntou.

- Claro que não, mas você não precisa ir, se não puder. -disse apenas por conveniência, queria sim que ele fosse.

- Eu faço questão, então me espere, Ok? -percebi que riu.

- Está bem. -concordei.

- Até logo. -ele se despediu.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora