Parte II

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   Mais um dia de trabalho, eu não conseguia decifrar se estava feliz ou não, normal, ninguém é feliz todo dia e nem tão rápido.

   Já estava pronta para ir trabalhar, esbarrei com Léo no corredor, trocamos aquele olhar de "no dia seguinte de um quase beijo ", encarei-o, ele abaixou a cabeça sorrindo de canto.

- Bom dia, Sr. Leonardo. -brinquei.

- Bom dia, Di. Dormiu bem? -falou.

- Arrã. -afirmei.

   Descemos a escada e como de costume, Léo foi falar com sua querida  mãe, eu passei direto e saí. Aquele povo não ia muito com a minha cara, eu sabia disso, então tentava evitá-los.

- Ei, não vai tomar nem café? -Léo falou aparecendo na porta.

- Não, como alguma coisa no caminho. -falei.

- Então vamos.

- Ué, não vai tomar seu café da manhã?

- Não, Como alguma coisa no caminho. -falou rindo, pois era a segunda vez que ele repetia o que eu falava. Eu sorri pra ele, que  com certeza  certeza lembrou da noite anterior e riu.

- Léo, sobre ontem...

- Não precisa falar, Di. Eu sei que agi mal, desculpa.

- Só ia dizer que você me pegou de surpresa.

- Ah.

   Seguimos lado a lado, fiquei pensando se nas minhas palavras o dei uma certa esperança. Mas nem sabia se ele gostava de mim, talvez me deu apenas um beijo de boa noite, como eu mesma pedi, e se aproveitou da situação, até porque, modéstia a parte,  eu sou uma gata!

   Léo não falou muito durante a viagem, cheguei ao restaurante, vesti meu uniforme e lá fui eu servi, já que na parte da manhã, essa era minha função.

- Aqui está, senhor. -falei pondo o pedido sobre a mesa de um senhor, que cá entre nós, não merecia  ser chamado assim, porque era tão charmoso, como diria minha mãe, um coroa conservado.

  Ta, eu tenho que parar de observar os homens bonitos dessa cidade. Foco no meu carioca Arthur. Eu sei que ele não é meu, mas qual é?  Eu sou uma pessoa possessiva, julguem-me se quiserem!

- MESA 5! -um grito me dispersou os pensamentos.

- Neli, assim você expulsa os clientes, não precisa berrar. -falei chegando ao balcão.

- Você estava como uma tonta parada na mesa daquele bonitão lá, tive que gritar. -ela ri.

- Ai meu Deus, deixa eu ir trabalhar. -falei rindo e troquei a bandeja.

   Me desdobrando entre garçonete e ajudante de cozinha, o meu dia seguiu...

****-

  Ao fim do expediente, me arrumei rápido e fui caminhar na areia da praia, ansiosa por ver Arthur.

- Tá perdida, morena? -reconheci a voz que falou no meu ouvido me  assustando.

- Opa, tô mais não. -ri.

- E aí, tudo bem?

- Arrã. E você?

- Tô indo...  Que tal um mergulho?

- Ahn... Tô sem trages de praia.

- O que tem?  Só pra refrescar.

- Pode ser.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora