Capítulo 20

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No dia seguinte eu estava de folga, acordei por volta das dez horas da manhã, Arthur já havia ido trabalhar.

Decidi tomar um banho e passar no mercado pra comprar algumas coisas que estavam faltando na dispensa.

- Bom dia. -passei no portão e cumprimentei a chata da Tetê.

- Já vai é? -implicou ela como se eu não fizesse nada da vida.

Apenas saí rumo ao mercado, gastei um pouco de tempo na rua, pois estava com um cansaço esquisito, mas nada que me impedisse de ir direto nas prateleiras de processados congelados que facilitavam tanto minha vida -consequentemente prejudicava a minha saúde - males à parte, adicionei ao carrinho de compras aquelas deliciosas e calóricas gostosuras, em seguida fui tratar dos produtos de limpeza.

- Opa, desculpe. -uma voz um pouco rouca falou ao esbarrar em mim.

- Sem problemas. -falei me virando e que gato!

Ele sorriu bonito, abriu a boca pra falar algo, mas desistiu, porém antes que eu me virasse com o carrinho, falou:

- Você vem sempre aqui? -cantada barata, não cola comigo.

Mas... ele era tão sexy "e você comprometida -minha consciência dizia. "

- Arrã. -apenas murmurei.

- Qual seu nome? -perguntou. Eu nunca fui de bater papo em supermercado, na verdade eu nem frequentava esses lugares.

- Ester.

- Eu sou Bob, prazer. -ele estendeu a mão e sorriu de canto.

Antes mesmo que eu pudesse falar algo...

- Algum problema, amor? -uma mulher chegou ao lado de Bob.

- Hã... Não, essa é a Ester. -falou sem graça.

- A sim, eu sou Amanda, a mulher dele, prazer. Mas agora a gente tem que ir, não é, Bob? -ela o cutucou brava.

- A claro, até mais ver. -ele acenou pra mim que só sorri.

O casal foi andando rapidamente, a mulher falando pelos cotovelos, reclamando do que viu e o galanteador olhando pra trás, que canalha!

Balancei a cabeça para focar nos produtos, enquanto lia o rótulo de um, minha visão foi ficando embaçada, até que meu foi corpo se inclinando, a última coisa que senti, foram duas mãos firmes me segurando na cintura.

****

- A você acordou. -uma voz jovem soou.

- O que houve? -perguntei meio grogue.

- Você desmaiou. -um rapaz disse.

- No supermercado? -estava me lembrando.

- Sim, eu ajudei você, acho que tenho vocação pra isso. -ele riu.

- Obrigada, mas porque diz isso?

- Longa história.

- Qual o seu nome?

- Henrique Bass.

- A, eu sou Ester Dias, obrigada por me ajudar, mas quando eu posso ir embora?

- Não sei, espere um minuto.

Ele saiu, imaginei que iria chamar o médico, Henrique era jovem, bem bonito, especialmente seus cabelos escuros e brilhoso, charme definia.

- Olá, eu sou o Dr. Nelson, como se sente? -um homem alto vestido de branco chegou mais perto de mim.

- De longe eu via dois de você, fora isso, tudo certo. -falei.

- Foi só uma queda de pressão, mas está tudo bem com o bebê. -suas últimas palavras me fizeram quase engasgar.

- Com o quê?! -eu só podia estar delirando.

- Com o bebê. -repetiu ele e Henrique sorriu.

- Calma aí, doutor, eu estou grávida, é isso? -perguntei chocada.

- Sim, você não sabia? Parabéns então. -ele sorriu bonito.

Ok, vamos lá, eu grávida?! Caramba, bebê é a coisa mais fofa desse mundo, mas eu não estava preparada pra ser mãe.

Tive uma conversa com o médico, eu já carregava um ser no meu ventre à dois meses e simplesmente não sabia, só de pensar na carinha dela ou dele, já me emocionava, tudo bem que eu não estava preparada, mas já que engravidei,que venha com saúde!

- Sugiro que tire o dia para descansar, e você tem mais um motivo para cuidar de sua alimentação, portanto cuide-se. Você já pode ir. -Dr. Nelson falou.

- Obrigada, doutor, tenha um bom dia. -peguei alguns papéis que ele me entregara e saí sorridente.

- Parabéns pelo bebê. -encontrei Henrique na recepção.

- Foi uma surpresa pra mim, mas estou feliz. -falei sorrindo. -E obrigada mais uma vez .

- Que nada, você precisa de ajuda para chegar em casa?

- Não, obrigada ,eu consigo ir, além do mais você já me ajudou muito.

- Tudo bem, então eu vou nessa.

- Tchau, Henrique...

Eu precisava contar para Arthur, será que ele ficaria feliz com a notícia?, não sei, ele é imprevisível. E a minha família? Talvez feliz... ou não. Eu precisava ligar pro Léo!

Segui pra casa, eu tinha um estranho sorriso que não abandonava o meu rosto, acariciava minha barriga que ainda não tinha forma, com tudo isso um medo me percorreu, e algumas perguntas me perturbaram:

Eu saberia cuidar de um bebê tão sensível? Iria ter paciência? E a educação? Eu seria uma boa educadora? Amor?! É o fator principal, não é?

AHH EU NÃO SEI!!

Mas tenho a minha progenitora, que com certeza fará questão de me ensinar tudo direitinho. Ufa!

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora