Capítulo 37 (Final)

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   No dia seguinte eu tive alta do hospital, minha bebê não, eu sabia que era para o bem dela, então não me entristeci, aliás viria todos os dias para amamenta-la.

   Arthur ainda estava no hospital, disse que sairia hoje e pediu para que fosse até lá enquanto não tinha alta, ele estava sabendo do nascimento, não demonstrou tanta felicidade, só disse que queria vê-la. Ele é um insensível!

- Eu volto logo, meu amor. -falei tocando o vidro da incubadora, Helô dormia.

- Eu não me canso de admira-la. -ouvi a voz calma de Léo bem atrás de mim.

   Apenas suspirei e me aconcheguei no abraço que ele me deu por trás.

- Eu tenho que ir vê Arthur. -falei sem ânimo.

- Tudo bem.. -ele disse no mesmo tom que eu.

- Melhor você ir pra casa, está aqui desde ontem. -falei acariciando o seu rosto.

- É eu preciso ir, mas... -não terminou a fala.

- Obrigada pelo que fez, você parece mais pai dela do que o próprio. -falei sincera, mas um pouco envergonhada.

- Eu amo vocês duas, ele eu acho que não. -disse a verdade. Mas como um pai não ama a filha?  Isso é um absurdo.

- Eu amo você, Léo. -falei sorrindo, ele ficou surpreso. -Te amo muito. -repeti e ele sorriu.

- Achava que nunca diria isso. -suspirou e me beijou no rosto.

- Não queria errar de novo, precisava ter certeza. -disse baixo.

- Eu imagino, meu amor. -suas palavras eram doce.

   Em respeito a Helô, ele me deu somente um selinho.

°°°°°

   Léo disse que iria passar no restaurante, e nós fomos metade do caminho juntos, eu ainda caminhava devagar, mas parto natural não deixava muita dor, minha mãe garantiu que era muito melhor que cesariana. Desviamos o caminho, entrei na recepção do hospital em que Arthur estava, esbarrei numa moça que chegara junto comigo no balcão da recepcionista, deixei que ela falasse primeiro.

- Estou procurando por  Arthur. -ela disse e eu estranhei, mas existe vários Arthur no mundo.

- Qual sobrenome?  E você é parente? -a moça ruiva  e séria perguntou.

- Arthur da Silva e eu sou namorada dele. -ela respondeu e meu queixo caiu. Mas calma, existem um monte de Arthur da Silva por aí...

- Quarto 47. -ela informou e a loira saiu apressada. -E a senhora? -perguntou pra mim.

- O mesmo que ela. -respondi meio grogue tentando raciocinar.

- Oi? -ela não entendeu.

- Oh desculpe. -falei tentando lembrar se Arthur tinha outro sobrenome. -Eu quero ver Arthur da Silva... Ele sofreu um acidente de moto. -esclareci.

- Quarto 47. -ela franziu a testa e eu arregalei os olhos, era o mesmo Arthur da loira. -E, bom, você é o que dele? -quis saber.

- Namo... Bom, eu sou mãe da filha dele. -falei com uma certa raiva.

- Hum, quarto 47. -repetiu estranha.

   Eu queria correr, mas não podia, então fui caminhando devagar até o maldito quarto quarenta e sete. Bati na porta e a voz alta dele me permitiu entrar.

- Arthur? -falei e ele deu um pulo da cama e em seguida gemeu de dor.

- Ester? -indagou e a loira que antes acariciava seus cabelos e dava beijinho no rosto do traíra, fazendo uma voz enjoada, levantou da cama se empinando toda.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora