Capítulo 5

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   Tive que ir para o trabalho sozinha, pois quando desci, Léo já não estava, isso me preocupou, pois nunca foi tão cedo e sempre fez questão de me acompanhar, com uma de que "a cidade é muito perigosa " e para todos os efeitos, eu sou turista.

   Saí rumo ao trabalho, quem me acompanhou foi  Ed Sheeran cantando lindamente em meus fones de ouvido Give me Love, estava caminhando, cantando um pouquinho pra distrair, um moço passou de bicicleta com uma criança na garupa, ele me encarou como se eu fosse um Alienígena, e a menininha loira ria me olhando, não entendi nada, continuei meu dueto com Ed.

   Depois de um tempo, tirei os fones e procurei ao meu redor  imediatamente um buraco pra me enfiar , sabe aquele momento que você acha que está cantando maravilhosamente, mas quando retira os fones, e sua voz  parece  uma foca afogada?  Então, a minha era quase isso, um pouco pior naquele momento,  fiquei com pena dos ouvidos alheios e morrendo de vergonha, atravessei correndo e entrei no primeiro ônibus que vi parado no ponto.

   Depois de recuperar minha pouca  dignidade perdida, cheguei lá rápido e encontrei Léo servindo uma mesa.

- Bom dia, Léo, tendo tempo vai lá na cozinha que eu preciso falar contigo. -falei apertando sua cintura de leve.

- Pode deixar. -ele respondeu rápido e tocou meu braço, logo voltou a atenção para o cliente.

- Bom dia, meninas! -falei chegando na cozinha.

- Bom dia. -ao contrário da família de Dona Divina, eles respondiam-me. -Será que eu posso ficar só na cozinha hoje?

- Tudo bem, eu sirvo, tô cansada daqui. -Sabrina respondeu.

- Obrigada! -dei um beijo em seu rosto e fui me trocar.

   Logo fui cortar os pães, estava estranhamente feliz nesse dia, talvez pela mensagem que recebi de Arthur, dizendo que precisava me ver hoje, mas por um lado tem Léo, poxa o Léo deve está chateado...

- Di. -ele chamou

- Ai. -me assustei fazendo a faca deslizar e cortar de leve o meu dedo.

- Desculpa! Vem cá. -ele me puxou e envolveu um pano em meu dedo. -Tá doendo?

- Só um pouco. -disse.

- Foi mal, só te chamei porque disse que queria falar comigo. -respondeu.

- Não foi nada... Mas por que saiu tão cedo hoje?

- Sei lá, precisava espairecer um pouco.

- Hum.

- Depois ainda fiquei pensando... Devia te esperar, veio sozinha?

- Vim.

- E foi tudo bem, né?

- Tirando o mico que eu paguei, sim. -gargalhei lembrando.

- Ah, na volta te livro dos micos, ou os pago junto contigo. -ele disse rindo.

- A, na volta, vou encontrar...

- Entendi. -me interrompeu. -Tudo bem então, agora vou trabalhar.

- Tá bom. -disse e ele se virou. -Abraços estão em falta, viu? -falei rindo.

   Eu era uma estranha  pessoa que amava abraçar, e já havia me acostumado com o de Léo.

- Ah . -ele sorriu e me envolveu em seus braços.

- Que cheiroso, explicado aquele monte de meninas vindo tomar café aqui. -falei rindo.

Amor Fora Da Lei [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora