Demônios - Zurena

A conversa

POV ZULEMA

- O que voc... - Ele tenta dizer, mas logo calo sua boca, selando nossos lábios.

Ele não pensou duas vezes em me pegar no colo, fazendo eu entrelaçar minhas pernas em sua cintura e me colocar sentada na pia do banheiro. Eu não liguei, somente fiz o que desejava.

Beijava seus lábios com raiva, não me importando se me arrependeria daquilo depois, eu precisava provar a mim mesma que não desejava Macarena, apenas estava carente.

Nossas línguas brigavam furiosamente, tornando o beijo um dos piores que já havia provado em toda minha vida. Imagino se Macarena beijaria bem ou não... Merda, por que ainda estou pensando nela?

Sinto sua mão na minha coxa e era como se estivesse esfregando uma lixa de tão áspero e ruim que seu toque era.

Ele tira minha calça de supetão e faz o mesmo com a dele, e então enfia sua intimidade na minha, que estava molhada, mas não por ele.

Ele parte com a boca pro meu pescoço enquanto suas mãos vão para meus seios e ele estoca sua intimidade na minha.

Sinto tudo em mim doer, não por causa de brutalidade ou nada, mas porque eu queria delicadeza, coisa que nunca havia tido ou precisado ter com um homem, mas que agora por algum motivo, precisava.

Tento imaginar Macarena naquele momento, o que ela estaria fazendo em casa sozinha. Será que estava me procurando? Será que estava preocupada? Ou havia finalmente desistido de mim?

Penso tanto nela que acabo me segurando pra não gritar seu nome. Talvez eu já até tenha dito entre meus gemidos e nem prestei atenção, mas José não havia dito nada, então talvez nem ouviu.

Eu vejo ele gemendo ainda mais enquanto enfia sua intimidade na minha mais rapidamente, e logo tem um orgasmo, o qual o faz sair de dentro de mim. Agradeço mentalmente por isso.

Homens têm orgasmos muito rapidamente, acabam tendo antes da mulher, e quase nunca sabem a satisfazer por completo, pois só sabem enfiar a merda do pau dentro delas, achando que isso bastava.

José não era diferente. Assim que gozou, tirou sua intimidade da minha, me deixando sem ter o menor orgasmo. Estava desapontada, ainda mais por estar pensando em Macarena todo esse tempo.

Havia tentado provar algo pra mim mesma e não havia tido sucesso.

Eu saio imediatamente do banheiro e volto até em casa. Recusei uma carona dele, precisava ficar sozinha e pensar um pouco.

No caminho, acendi meu rotineiro cigarro, que me ajudava a acalmar e a pensar, o que eu mais precisava naquele momento.

Assim que cheguei e abri a porta, vejo que estava tudo escuro, e apenas o gato de Macarena estava acordado, brincando com algo.

Vou até o banheiro fazer minhas higienes. Tomo um banho, pois me sentia imunda, escovo os dentes e tiro a maquiagem do rosto, ficando somente com minha tatuagem de lágrima embaixo do olho esquerdo, que havia feito há pouco tempo.

Tomo coragem e entro no quarto, onde a porta estava encostada. Vejo Macarena deitada em seu lugar, de costas pra mim.

Respiro fundo e me troco, colocando meu pijama de escorpião, que havia comprado há pouco tempo.

POV MACARENA

Após nossa briga, Zulema simplesmente resolveu sair de casa. Não me avisou, não disse pra onde iria nem quando voltaria.

Só sabia o que havia ido fazer pois ouvi ela falar brevemente com alguém por chamada, mandando a encontrar em um bar.

Provavelmente era algum homem que havia conhecido e que iria transar. Esperei acordada por um bom tempo, pra que quando chegasse nós conversássemos.