A Cozinheira

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POV ZULEMA

Acordar ao lado de Macarena havia se tornado uma das minhas coisas preferidas do mundo inteiro.

Mesmo dormindo na mesma cama na quitinete dela, não era a mesma coisa, pois não tínhamos essa ligação e esse afeto que tínhamos agora, e que eu tanto adorava.

Mesmo estando na prisão, comendo uma comida horrorosa, tendo que dividir o chuveiro com várias outras mulheres, mesmo não tendo privacidade nenhuma, aquele beliche era o meu lugar favorito do mundo, porque eu o dividia com Maca.

Ela conseguia fazer tudo se tornar melhor ou pelo menos mais tolerável. Sua energia e alegria me tomavam de um jeito que eu não conseguia entender.

Eu não entendia a profundidade dos meus sentimentos por ela, mas sabia que eram grandes, muito grandes.

Algo dentro de mim me mandava dizer pra ela tudo o que eu sentia, mas eu não sabia se conseguiria fazer aquilo. Nunca consegui lidar muito bem com meus sentimentos, e nunca havia sentido algo tão grande por uma pessoa só.

Mas eu sentia que precisava fazer algo que mostrasse pra ela a magnitude do que eu sentia, e planejava fazer aquilo em breve.

Eu me encontrava observando o rosto de Macarena, que dormia pacificamente de barriga pra cima.

Ela estava com a boca entreaberta, fazendo um som baixinho, parecido com um esquilo.

Não conseguia deixar de sorrir com aquilo. Ela tinha imperfeições assim como eu, mas de alguma maneira conseguia fazer com que elas a tornassem mais perfeita ainda.

- Está me encarando há muito tempo? - Ouço ela dizer quando abre os olhos.

- Porra loira, que susto. - Digo colocando a mão em meu coração.

- Desculpa. - Ela diz, dando um sorriso. - Eu já disse que adoro quando me olha? - Ela se vira em minha direção, fazendo ficarmos com os rostos próximos.

- Já. - Digo, aproximando-nos mais ainda.

- Você é linda demais, sabia disso? - Ela pergunta, deixando nossos lábios apenas milímetros longe um do outro.

- Sabia. - Brinco dando um sorriso, fazendo ela revirar os olhos.

- O caralho, parem de ser tão melosas, me dá nojo. - Ouço uma presa gritar de longe, interrompendo nosso momento.

- Se você não calar a boca enfio esse sapato na sua goela, puta. - Digo enquanto me levanto e pego um sapato na mão.

Um silêncio se instalou novamente no beliche e, satisfeita, voltei meu olhar pra Macarena, que estava com as sobrancelhas levantadas.

- As vezes eu esqueço o quanto você é fodona. - Ela diz, acariciando meu rosto.

- Esquece por que? Acho que vou ter que voltar a ser fodona com você também então. - Digo, colocando uma mão em sua bunda e a apertando, fazendo ela dar um suspiro.

- Eu acho que vai, senão perderá toda a postura de bandidona que você tanto finge ter. - Ela me provoca, dando um sorriso malicioso nos lábios.

Arqueio uma sobrancelha com sua ousadia e logo selo nossos lábios com força, agarrando seus cabelos e lhe arrancando suspiros pesados.

Macarena começa a acariciar minha barriga, tentando entrar pela minha calça, mas logo a impeço.

Ela para o beijo e me olha com uma cara de cachorro pidão, a que ela sempre fazia quando queria algo.

- Não mesmo. Vou ter minha postura de bandidona aqui e agora mesmo! - Digo, enfiando sua própria mão dentro de sua calça. - Se masturbe pra mim. - Digo com uma voz rouca perto de sua orelha, a causando arrepios.

Demônios - ZurenaOnde histórias criam vida. Descubra agora