O Roubo

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Chegou o tão esperado capítulo! Espero que gostem! 🥰🥰🥰

POV ZULEMA

Finalmente o dia do roubo havia chegado! Bom, estava ansiosa e ao mesmo tempo queria que demorasse mais.

Ao mesmo tempo eu ansiava por aquela adrenalina e ter todo o dinheiro, eu também sabia que aquilo significaria o meu fim com Macarena.

Apesar da noite de ontem, nada havia mudado em meu pensamento.

Macarena havia admitido que me amava, ela disse olhando nos meus olhos sem pestanejar.

Eu sabia que se continuasse com ela, a machucaria de um jeito ou de outro. Eu era como um câncer, matava todos a minha volta, todos que me envolvia, fosse sexualmente, socialmente ou apenas de passagem, eu tinha um dedo podre e tudo o que eu tocava eu destruía.

Não podia fazer aquilo com Macarena. Nosso tempo juntas naquela quitinete foram inesquecíveis pra mim.

Mesmo não nos falando algumas vezes, por conta de brigas ou outras coisas, mas eu sentia que poderia construir um lar ali, porque ela estava ali.

Com certeza era a coisa mais próxima que eu tinha de um lar desde que eu fugi da casa da minha mãe, quando somente uma criança.

Macarena era extremamente especial pra mim, e por isso mesmo eu precisava protegê-la de mim mesma.

Eu sentia que após nos separarmos, ela me superaria e seguiria sua vida, acharia um homem ou mulher perfeita, teria vários filhos impecáveis, um cachorro de raça, que usaria uma coleira com sino, entraria pela portinha da casa e traria o jornal pra lerem. Uma puta família de comercial de margarina.

Desejava aquilo pra ela, sabia que era o que queria, e algo que eu jamais poderia dá-la.

Estava deitada na cama por algum tempo já, estava sozinha no quarto, que era irradiado por alguns feixes de luz que escapavam pela cortina.

Ouço barulhos na cozinha e resolvo levantar, estava com fome.

Assim que saí do quarto, visualizei Macarena com apenas uma camisa xadrez abotoada que tampava até metade da sua bunda, e o que parecia uma calcinha preta rendada. Ela dançava no movimento de uma música qualquer, enquanto cozinhava algo no fogo.

Não havia percebido que eu estava ali a observando, então resolvi apenas continuar por algum tempo e apreciar toda a sua beleza, pois depois daquele dia, nunca mais faria isso.

Macarena começou a cantar junto com a música de maneira desafinada, me fazendo dar algumas risadas involuntárias, ela estava muito engraçada e perfeita ao mesmo tempo.

Acho que ela não tinha ideia do quanto eu admirava seu corpo, seu jeito e sua personalidade.

Mesmo tentando nos matar várias vezes, eu nunca cheguei a odiar Macarena. Sabia que, assim como eu, tudo o que ela havia feito havia sido por sua liberdade, não podia julgá-la, sendo que fiz o mesmo. Incluindo matar seu feto e levá-la a força pra fora da prisão no mesmo dia que conseguiria sair.

Eu havia cometido mais erros do que ela, não podia odiá-la por ser parecida comigo.

Continuo a observando por mais alguns segundos, até que ela vai em busca de algo nas prateleiras atrás dela, do meu lado. Assim que virou, ela me viu e parou de dançar, corando.

- Pra uma cantora, você dança bem. - Brinco com sua desafinação, dando uma risada e recebendo outra de volta.

- Você estava me observando a muito tempo? - Ela pergunta enquanto se aproxima de mim, colocando seu corpo perigosamente perto do meu e pegando algo do meu lado.

Demônios - ZurenaOnde histórias criam vida. Descubra agora