Victor Ramala

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POV MACARENA

O sexo com Zulema havia sido incrível, mesmo ela não lembrando como fazia aquilo, ela havia se saído muito bem.

Ainda assim, eu sentia muita falta da antiga Zulema e seu modo mandão e algumas vezes até mais violento e ao mesmo tempo doce de me tratar, ela sabia equilibrar as coisas perfeitamente.

Eu não sabia se a velha Zulema voltaria, minha mente às vezes me pregava peças fazendo eu pensar nela e sentir uma falta imensa dela.

Eu me sentia em um dilema constante de ser feliz com a nova Zulema, que parecia estar tentando me dar uma chance, e de sentir falta da antiga, a que teve toda uma história comigo e me fez ser quem sou hoje.

Eu sempre amaria Zulema, mesmo que ela esquecesse quem eu fosse, mesmo que me abandonasse, ou que ficasse muda, ou cega, ou com um câncer... não importava, eu sabia que ela era a mulher da minha vida e que eu iria passar o resto dela com ela.

Após aquele momento íntimo com Zulema, apesar de tudo, eu me encontrava extasiada, abraçada de conchinha com ela e sem conseguir tirar o sorriso do rosto de tanta felicidade que eu sentia.

Zulema havia se entregado de uma forma incrível pra mim mesmo tendo perdido a memória e nem sabendo se realmente me amava ou não.

Ela havia dito que sentia que éramos almas gêmeas e aquilo havia enchido meu coração.

Por mais que ela não tivesse lembranças e aquilo me doesse, pelo menos ouvir ela admitindo aquilo sem que eu pedisse, já me deixava mais feliz.

Eu estava dormindo tranquilamente ao lado de Zulema quando ouvi Rosa chorando, deveria estar na sua hora de mamar e ela estava apenas me chamando.

Respiro fundo e me sento coçando os olhos, pois estava morrendo de sono.

Tomo mais alguns segundos para abrir os olhos, pois sabia que assim que os abrisse, talvez não conseguiria dormir mais depois.

Assim que os abro, me surpreendo ao ver dois homens apontando uma arma pra mim e o que segurava a arma fazia um sinal com a boca pra eu ficar quieta.

Sinto meu coração acelerar imediatamente e olho para Zulema, que dormia pacificamente, e Rosa, que estava sendo tirada de seu berço por uma mulher encapuzada.

Meu peito se enche de aflição e assim que me viro pra avisar Zulema, eles tampam minha boca com uma fita, mas ainda assim eu grito e consigo acordá-la.

Assim que me vê, ela arregala os olhos e logo não vejo mais nada quando minha cabeça é tampada com um saco preto.

- Maca! - Ouço Zulema gritar, mas sou incapaz de responder por causa da fita que tampava minha boca.

Sinto eles me agarrarem e me carregarem pra fora do quarto, provavelmente descendo as escadas e indo pra fora de casa.

Começo a me espernear e gritar freneticamente, tentando me soltar daqueles asquerosos, mas acabo não sendo párea para eles, que tinham muita força.

- Quieta, puta. - Um cara diz pra mim, desferindo um tapa em meu rosto, fazendo eu ficar um pouco tonta.

- Vamos caralho, sem xororô. - Outro homem atrás de mim diz seco, provavelmente pra Zulema, a qual também gritava, fazendo meu coração doer.

Ouço o barulho de um motor ligar, e imagino ser um furgão pelo som que ele tinha, sendo diferente do de um carro comum.

Eles nos jogam ali dentro e amarram nossas mãos e pés, impedindo de nos mexer e fazer qualquer coisa.

Demônios - ZurenaOnde histórias criam vida. Descubra agora