Hot, hot, hot

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"Cause, baby, you're so (Porque, querida, você é tão) Hot, hot, hot (Quente, quente, quente) Baby, you're so (Querida, você é tão) Hot, hot, hot (Quente, quente, quente)

You're the finest thing (Você é a melhor coisa)

I know it's gonna hurt me (Eu sei que isso vai me machucar)
The heat from your love (O calor do seu amor) But I'd rather burn from you (Mas eu prefiro me queimar em você) Than die all alone at home (Do que morrer sozinho em casa)

Hot, hot, hot – Backstreet Boys

Jungkook

Dois dias depois, saí do consultório e tomei o caminho do apartamento de Jimin. Tinha saído mais cedo, ainda em torno de quatro da tarde, mas ele tinha me contado que neste dia trabalharia em home office. Mandei uma mensagem dizendo que estava a caminho, pedindo para que me aguardasse em frente ao prédio, já que minha intenção era apenas entregar o convite a ele e ir embora. Claro, aproveitando para revê-lo.
Aliás, este era mais um dia que Sunmi iria dormir na casa do avô e alguns amigos me chamaram para sair. Provavelmente, eu emendaria a noite na casa da Alice, uma ficante eventual que também iria, até mesmo algum dos amigos de Hyun, um conhecido meu que iria. Eu já estava há algumas semanas sem sexo, e a expectativa da noite deveria estar me animando. Contudo, por qualquer razão ilógica, estava muito mais ansioso para ver o Jimin. Mesmo que fosse por apenas alguns minutos, através da janela de um carro enquanto entregava um pedaço de papel a ele.
Contudo, não foi o que aconteceu. Logo que encostei o carro, quem saiu do prédio e veio até mim foi o porteiro, que bateu no vidro da minha janela. Abri, cumprimentando-o com um boa tarde.
— Boa tarde, o senhor é o Sr. Jungkook?
— Sim, sou eu.
— O senhor Jimin interfonou pedindo para que eu o deixasse subir quando chegasse.
Estranhei, já que aquele não era o combinado. Ajeitei o carro em uma vaga na rua e saí, levando o convite. Subi pelo elevador até o apartamento dele. Toquei a campainha e fui atendido poucos segundos depois, por um homem visivelmente desesperado.
— Que bom que você chegou! — Ele me puxou para dentro com as mãos que percebi estarem trêmulas. Aquilo me deixou preocupado.
— O que está acontecendo?
— Está lá na cozinha. Por favor, por favor, tire aquela coisa daqui, não deixe que chegue perto de mim.
Ele foi para trás de mim, visivelmente assustado. Os olhos dele lacrimejavam e senti que suas mãos, além de trêmulas, estavam frias. Agindo por impulso, fui até a cozinha, mas, ao chegar lá, não encontrei ninguém.
Ou quase ninguém. Mas eu esperava realmente que toda aquela cena não fosse pela pequena criatura que avistei.
— A 'coisa' que você quer que eu tire daqui por acaso não é uma barata, é?
Ainda chorando e encolhido junto à porta da sala, ele sacudiu a cabeça em concordância.
Bufei antes de adentrar a cozinha, indo até a 'coisa' e esmagando-a com o sapato.
— Pronto, o monstro já está derrotado — anunciei.

Como imaginei que ele não teria coragem sequer para tirar o cadáver de lá, aproveitei para realizar esse trabalho sujo também, apanhando-a com uma folha de papel toalha e jogando-a na lixeira. Voltei para sala e encontrei Jimin ainda assustado.
— Você tirou ela de lá? Tirou mesmo?
— Sério, Jimin? Você me assustou. Achei que fosse encontrar, no mínimo, um maníaco na sua cozinha. Uma barata? Sério mesmo?
— Ela era enorme! — ele justificou o injustificável.
— Você não tem um gato? Para que ele serve? Onde ele está, aliás?
— Eu o fechei dentro do quarto, para protegê-lo. Acha que eu deixaria o meu bebê enfrentar aquele monstro?
— Eu não acredito em uma coisa dessas... está criando esse gato para ser um completo covarde.
— Não fale assim do meu Howie D.!
— Mas o que esperar de uma criaturinha com um nome tão ridículo? Ele apontou o dedo pra mim, irritado.
— Não ouse falar mal do meu gato ou dos Backstreet Boys na minha
casa.
Eu até queria manter a pose de bravo – porque, por Deus, eu estava
furioso pelo susto que ele me deu! Contudo, todo o exagero nas ações e frases dele acabou fazendo com que eu soltasse uma risada, o que a irritou ainda mais:
— O que eu disse de tão engraçado?
— Nada, estressadinho. — Na verdade, tinha sido tudo! — Trate de relaxar, você está a salvo do perigoso monstro da cozinha.
Ele respirou profundamente, parecendo enfim relaxar um pouco, embora mantivesse uma expressão de zangado, que o deixava ainda mais lindo.
— Não me chame assim. Mas, de qualquer maneira... obrigado por se livrar daquele bicho asqueroso.
— Não imaginei que tivesse medo de baratas.

As Long As You Love MeOnde histórias criam vida. Descubra agora