Pinte o meu mundo

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"Everybody needs affection (Todo mundo precisa de afeição)
Looking for a deep connection (Procurando por uma profunda conexão)
So put a little bit of love in my life today (Então coloque um pouco de amor na minha
vida hoje) Everybody needs some shelter (Todo mundo precisa de um abrigo) Spend a little time together (Passar um tempo com alguém)
Come into my arms (Venha para os meus braços)
Let them tell you what I want to say (Deixe eles lhe contarem o que quero dizer)

Color my world (Pinte meu mundo)
Draw on my heart (Desenhe no meu coração) Take a picture of what you think (Tire uma foto daquilo que você pensa) love looks like in your imagination (que o amor parece na sua imaginação)
Write on my soul (Escreva em minha alma)
Everything you know (Tudo o que você conhece)
Use every word you've ever heard (Use cada palavra que você já ouviu)
To color my world" (Para que pinte meu mundo)

Color my world – Backstreet Boys



Jimin

Eu não tinha feito absolutamente nada de errado. Porém, naquele momento, a forma como aquela menina me olhava fazia com que eu me sentisse culpado por sei lá o quê. Oras, afinal de contas, eu aparentemente estava no quarto dela, era um intruso em sua casa. Fiquei pensando que ela poderia ser o tipo de adolescente ciumenta, que não aceita que o pai tenha algum relacionamento amoroso, e... Por Deus, eu não estava tendo relacionamento algum com ninguém. A coisa mais próxima de troca de fluídos entre nós tinha sido o copo de Coca-Cola que eu derramei nele no dia anterior. E, definitivamente, não tinha sido nadinha sexy.
Exceto, talvez, a parte que ele trocou de camisa.
Contudo, eu logo percebi que o problema não era exatamente o pai dela. Ela olhou para o Howie, voltando em seguida os olhos para mim. Logo que Jungkook chegou ao quarto e tomou fôlego para dizer alguma coisa, ela se adiantou:
—   É o dono do Sushi? Veio para levá-lo embora?
Olhei para Jungkook, quase que pedindo com os olhos que ele respondesse aquilo. Eu não conseguiria lidar sozinho com a situação. Já estava me sentindo culpado de levar o meu próprio gato para a minha casa.
—   É, querida... — ele respondeu se aproximando e apoiando as mãos nos ombros dela. — Por que não me ajuda a preparar o café enquanto eu te conto tudo?
Ela voltou a olhar para o Howie, antes de soltar um pesaroso suspiro e dar meia volta, saindo do quarto. Jungkook se aproximou, parando a poucos passos de distância de mim.
—   O pé melhorou?
—    Ah... Sim. Ainda dói, mas menos que ontem. Você me trouxe até aqui? Por que não me acordou para que eu fosse embora?
—   Eu tentei. Seu gato é testemunha disso.
Sorri e olhei para Howie, que brincava com a coberta da cama.
—   Pode descansar mais um pouco, se quiser — ele voltou a dizer. — Ainda não são nem sete da manhã.
—   Se não se importa, gostaria de ir para casa. Só quero lavar o rosto e, se possível, pentear o cabelo. — Meu Deus, eu tinha literalmente acabado de acordar. Devia estar parecendo um espantalho!
—   Fique à vontade. Vou apenas explicar a situação para a Sunmi e já volto para te ajudar a descer as escadas.
—   Não se preocupe com isso, meu pé está realmente melhor.

—   Mas é bom não abusar. Volto logo. Fique à vontade.
Dito isso, ele voltou a sair do quarto, fechando a porta. Fui até o banheiro e senti-me envergonhado ao me olhar no espelho.. Meus cabelos mais pareciam um ninho de ratos de tão embolados que estavam. Isso sem contar a cara amassada pelo travesseiro.
Levei cerca de dez minutos para ficar mais apresentável e voltei para o quarto, na intenção de sentar-me na cama para esperar que Jungkook voltasse. Porém, olhando ao redor, um mural de fotos preso à uma das paredes acabou chamando a minha atenção e me aproximei, percorrendo os olhos pelas fotografias. A que eu tinha visto no dia anterior no Facebook de Sunmi estava lá também, e se destacava em meio a todas. Nela estavam ela, Panqueca e Jungkook, em uma felicidade que parecia transbordar para além da imagem impressa. Sem me dar conta, acabei sorrindo, contagiado pelo sentimento bom que a fotografia transmitia. Olhei as demais, onde estavam outras pessoas que eu não conhecia. Algumas do time de futebol, outras na escola, muitas com Panqueca e com o pai. Havia outra com os três juntos, mas nela Sunmi era apenas uma criança, e Panqueca ainda um filhote. Outra delas acabou chamando a minha atenção. Novamente, era Sunmi ainda criança, abraçada a uma mulher. A semelhança entre as duas não me deixava dúvidas de quem seria aquela pessoa.
—    Posso entrar? — a voz atrás de mim me fez sobressaltar. Olhei para a porta entreaberta, encontrando Jungkook.
—   Claro. A casa é sua, afinal.
Ele sorriu e adentrou o quarto, vindo até mim e parando ao meu lado diante do mural. Apontei para uma das fotografias.
—   É a mãe da Sunmi?
—   É. Ana era o nome dela.
—   Se importa se eu perguntar do que ela morreu?
—   Problemas no fígado.
—   Ela era tão jovem...

As Long As You Love MeOnde histórias criam vida. Descubra agora