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"Sábado, Dia da festa"

Encontrei Melanie na enorme fila que havia na entrada daquele local. Ela usava um conjunto branco muito justo em seu corpo, e tão brilhante quanto o meu vestido prateado. Os seus cabelos loiros se mantinham amarrados em um rabo de cavalo, era o penteado que Melanie mais amava usar.

Havia muitas pessoas atrás de uma enorme fita vermelha cercando a entrada do clube. Havia dois seguranças altos com um olhar intimidador recolhendo os ingressos. Ficamos esperando por muito tempo até conseguir entrar.

Entramos na enorme boate, havia muito barulho vindo da pista de dança que já havia sido ocupada por um grupo de pessoas. Havia um tom de azul neon nas luzes que iluminavam todo o lugar, deixando assim o ambiente muito agradável.

"Preciso de uma bebida." - Eu pensei alto indo logo em direção ao barman.

Andando até a direção do barman percebi que eu havia deixado Melanie para trás, mas quando olhei de volta, ela já havia desaparecido no meio da multidão.

- A bebida mais forte que você tiver, por favor!- Me direcionei ao barman que sorriu para mim antes de buscar uma garrafa de whisky.

- Boa noite! - Eu ouvi alguém gritar por cima da música quando uma mão tocou o meu ombro. Eu me virei rapidamente quando vi a pessoa atrás de mim.

- Boa noite! - Respondi de volta quando me surpreendi com a figura à minha frente. O garoto alto e loiro usava preto naquela noite, os seus olhos eram incrivelmente azuis. Os seus lábios se transformaram em um sorriso sedutor em direção a mim.

- Está sozinha? - Ele perguntou se escorando no balcão.

- Estou com uma amiga. - Respondi tentando me desviar dos seus olhares maliciosos.

- Eu sou o Frenkie, anjo. - O garoto disse apertando a minha mão. Ele sorria com maldade, e sabia perfeitamente do efeito que causava em mim.

- Eu sou a Sachie, muito prazer! - Frenkie aparentava ser o cara que queria se divertir. Do tipo que levava garotas para sair e depois ia embora. Ele era perigoso para mim. Mas a minha alma pedia para que eu vivesse essa noite sem pensar nas consequências.

O garçom havia me entregado o whisky no balcão onde eu me apoiava. Eu conseguia perceber o loiro ao meu lado, ele me reparava de cima a baixo. O meu coração batia de forma irregular, eu não conseguia controlar a minha respiração com o nervosismo de estar sendo observada.

Apenas virei aquela dose de whisky que desceu queimando pela minha garganta.

- Posso me oferecer para pagar uma bebida para você? Uma dose de Macallan No6 e você nunca mais vai se esquecer de mim. - Frenkie dizia sorrindo me olhando bem nos olhos. Eu não conseguia resistir aos olhares que ele me direcionava a cada segundo, eu não conseguia ignorá-lo, algo estava diferente agora.

- Bom... Por que não?

O barman colocou as duas dose no balcão...

[...]


Talvez tenhamos bebido doses demais, eu sempre fui fraca com bebidas. Frenkie por outro lado parecia estar bem melhor que eu.

- ONDE VOCÊ ESTAVA? - A música estava tão alta que Melanie precisará gritar. Dois garotos a seguiam atrás, eram possivelmente os amigos que Melanie dizia me apresentar.

- Eu te disse que iria pegar uma bebida - Respondi.

- Frenkie? - O garoto atrás de Melanie disparou - A gente estava te procurando.

- Eu não encontrei vocês quando cheguei, mas eu sabia que viriam em algum momento. - Frenkie respondeu.

- Vocês se conhecem? - Perguntei confusa quando todos direcionaram o olhar para mim.

- Ele é um dos garotos que conheci na última festa - Melanie disse - Aliás, esse é o Pedri, e esse é o Riqui. - Melanie apontava para os garotos à minha frente que agora apertavam a minha mão.

- E vocês? Estão juntos ? - Pedri direcionou o olhar para mim.

- Não eu... - Tentei me explicar mas fui cortada rapidamente.

- Vamos dançar - Melanie puxou Pedri e Riqui pelo braço até a pista.

Frenkie me encarou de novo depois de ficarmos para trás. Eu sentia uma tensão de novo, como se estivéssemos flertando. Eu não sabia flertar com caras, eu quase nunca me envolvia com um. Eu sabia muito bem que a minha melhor versão de flerte era discutir sobre séries, ou coisas ainda mais chatas ...

Eu não tinha nada de interessante para dizer a ele.

Tomei mais algumas doses rapidamente, eu sentia o meu corpo queimar, e a minha visão se embaçar aos poucos. Frenkie me olhava, mas não dizia nada, continuava com seus olhares maliciosos que me tiravam de mim.

- Por que você ainda não está me beijando? - Eu perguntei depois do silêncio endurecedor. Frenkie riu com a minha pergunta, ele que parecia ser o tipo de cara que está sempre com uma frase de flerte na ponta da língua, pareceu ficar sem fala por alguns segundos, mas então disse:

- Eu estava esperando por isso. - O espaço entre nós dois foi ficando cada vez menor. Tudo se transformou em sorrisos e olhares. Em um momento, o rosto dele se aproximou e o meu também. No início, seus lábios se encontraram em um beijo lento até que uma das mãos dele se arrastou pela minha coxa, me fazendo estremecer. O beijo tornou-se mais violento.

- Você quer sair daqui? - Ele perguntou se afastando do beijo.

- Quais são suas intenções? - Blefei.

- Compartilhamos da mesma. - Respondeu seguro.

- Eu não posso deixar Melanie.

- Não vamos deixar a festa - Ele disse - Venha comigo- Eu franzi a testa para ele, fazendo o que foi dito e permitindo que ele me guiasse adiante. Atravessando para o outro lado do clube, havia três seguranças cercando para que ninguém entrasse no local espaçoso no segundo andar que permitia ter a visão do clube inteiro de cima.

- Como eles vão nos deixar entrar? - Eu perguntei.

- Eu tenho poder aqui - Frenkie disse me abraçando enquanto andava em direção aos três homens. Frenkie jogou um olhar para o segurança que entendeu o recado e abriu espaço para que a gente entrasse.

- Afinal, quem é você? - Frenkie parecia ser conhecido. E eu sentia que já havia o visto antes, mas eu não conseguia me lembrar.

- Não sabe quem eu sou? - Frenkie pareceu surpreso e um pouco desapontado. - É melhor assim. Gosto quando as coisas ficam misteriosas. Você parece ser uma garota legal, não vai gostar de me conhecer de verdade.

- Não há muito o que admirar em mim - Eu afirmei claramente, virando-me para que não visse o loiro ameaçando invadir minhas orelhas e pescoço, até meus lábios.

- Eu não diria isso - Frenkie afirmou se aproximando até nossos rostos estarem colados.

- Eu gosto do seu olhar. - Eu disse antes de ser puxada pela nuca em encontro ao seu beijo violento. Frenkie me apoiava na parede onde deslizava suas mãos grossas pelo meu corpo subindo e descendo, lentamente.

- Eu gosto da sua boca! - Ele disse parando com um suspiro, e logo me puxando de volta.

Barcelona - Frenkie De Jong Onde histórias criam vida. Descubra agora