A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada

Capitulo 07

🔶🔸Ludmilla Oliveira🔸🔶

Nós iríamos começar pelos dois últimos integrantes da FagBure que restaram, mas eu tinha absoluta certeza que não iríamos conseguir nada com eles, mesmo que tenha sido eles a sequestrar Kevin, eles não vão entregar assim tão fácil, essa investigação ia ser mais difícil do que todos nós pensávamos.

Eu estava no carro de Patrícia, ela continuava com a cara emburrada com raiva de Rômulo, a verdade é que ninguém estava feliz todos nós sabíamos o que estava em jogo, e nisso não era apenas a vida de Kevin, era a de todos nós, além de nossa liberdade.

— Vai continuar até quando com essa cara de quem não transa a 20 anos? – Falei e ganhei a atenção de Patty.

— Romulo é muito idiota.

— Não fica guardando sentimentos ruins com ele, Romulo está apenas revoltado, ele ama seu irmão Patrícia.

— Ele ter perdido o namoradinho dele, não é motivo para sair se revoltando com a gente, se ele continuar assim, que vá sozinho atrás do Kevin, ou eu vou me revoltar e dar um tiro no meio da testa dele. – Patrícia falou e eu respirei fundo.

— Ele te pediu desculpas.

— Que se foda Ludmilla, cale a boca, não me estresse você também.

Eu fiquei em silêncio, Patrícia não fez questão alguma de abrir a boca também.

Já na cidade, compramos as máscaras que precisamos pra entrar no túnel fedido, e umas perucas pra transformar as meninas em homens. Aproveitamos para passar o supermercado também e fazer algumas compras, porque não tínhamos nada na velha casa.

— Aqueles caras tão nós seguindo desde que entramos no mercado. – Patrícia falou e eu olhei para trás, vendo dois caras parados olhando alguns biscoitos, mas que vez ou outra olhava pra gente.

— O que a gente faz? – Falei baixo e Patrícia começou a andar devagar, eu apenas a segui, Patrícia olhou para trás novamente, eu fiz a mesma coisa, os caras nós seguiram, percebi um com a mão na cintura, mostrando claramente que estava armado.

— Corre! – Patrícia falou e virou um sexto cheio de bolas, foi bolas pra todos os lados, saímos correndo e derrubando algumas coisas no chão vez ou outra para atrasar os caras, foi quando percebi que o segurança do mercado começou a correr também atrás da gente por termos bagunçado o estabelecimento.

— Vocês duas, parem aí! – Um segurança que estava na nossa frente falou, Patrícia apenas fechou o punho e deu um soco no nariz do homem.

— Corre mais rápido Ludmilla! – Eu olhei para trás rapidamente, vi que os dois caras estavam na nossa cola, Patrícia ganhou uma distância de mim, ela pulou uma grade de segurança que tinha no caixa, quando eu fui fazer a mesma coisa, percebi que tinha um segurança chegando bem na frente do caixa, eu mudei minha corrida e sai para outra direção, não tinha como eu sair do supermercado, não só os seguranças, como também todas as pessoas que trabalhavam no supermercado estava atrás de mim, foi quando acabei chegando no espaço de frutas e verduras.

— Pare moça, não tem como você sair. – O segurança falou e eu parei levantando minhas mãos em rendição, quando ele chegou perto de mim, eu olhei para o lado, tinha um monte de melancia, eu apenas peguei rapidamente uma joguei na cabeça do homem que caiu no chão, a melancia se partiu em várias pedaços.

— Desculpa aí amigão... – Sai correndo novamente, logo apareceu um funcionário, virei uma caixa de maçãs no chão e fui pelo outro lado, ia derrubando o que eu encontrava, até que em um dos corredores, eu dei de cara com um dos homens que estava atrás de mim e Patrícia. Aproveitei que estava na parte das bebidas, peguei duas garrafas de algo que nem me dei um trabalho de saber o que era e joguei na direção do homem.

— Sua maluca. – Ele falou e tirou a arma da cintura, peguei outra garrafa e joguei na direção dele, dessa vez acertando na perna. Aproveitei a distração e sai correndo, tentando ir pelos corredores que não tinha ninguém.

— Saída de emergência. – Vi a plaquinha e respirei aliviada, graças a Deus, tinha uma escada eu fui descendo, até que cheguei em uma porta. — Okay Ludmilla e agora? – Falei sem saber como diabos ia abrir aquela porta, eu puxei, puxei, mas parecia emperrada que porra. Como se lesse meus pensamentos Patrícia me ligou.

— Onde você tá diabo? – Ela falou assim que atendi.

— To na saída de emergência, mas não tenho como abrir a porta.

— Tudo eu, mesmo, espera um segundo. – Patrícia falou e desligou a ligação. Engoli em seco e fiquei lá em baixo, espero que ninguém me encontre, mas se alguém tiver olhando as imagens da câmera de segurança não vai ser muito difícil.

Comecei a suar com a demora de Patrícia, já fazia uns 10 minutos desde a ligação, ouvi passos na escada e engoli em seco, game over Ludmilla Oliveira.

— ACHEI ELA! – Ouvi uma voz masculina. Quando o cara estava chegando perto de mim, me assustei com a porta de emergência sendo arrancada, olhei para fora, vi o esportivo de Patrícia parado, uma corda, e a porta guinchada.

— VAMOS OLIVEIRA. – Os seguranças pararam para olhar o que estava acontecendo, enquanto isso eu corri e pulei dentro do carro, Patrícia cantou pneu e saiu arrastando uma porta de metal pelas ruas.

— Patrícia não vamos conseguir puxando essa porta por aí. – Falei e Patrícia respirou fundo.

— Vamos pegar uma carona então. – Ela falou reduzindo a velocidade atrás de um caminhão.

— Você não quer fazer o que eu estou pensando não é?

— Sim, exatamente isso, vai Ludmilla, abre a tampa do caminhão que eu vou subir, esse carro é roubado, daqui a pouco vai ter polícia saindo até do boeiro atrás da gente, vamos entrar no túnel, temos que fazer tudo enquanto estamos lá dentro vai. – Soltei um riso nasal, mas subi na janela, assim que entramos no túnel.

Subi no capô do carro e dele mesmo consegui soltar a rampa, depois eu só pulei em cima da rampa, peguei uma chave pra conseguir abrir o cadeado, e pronto, soltei as duas trancas e abri as portas traseiras, já estávamos seguindo quase para o fim do túnel, a rampa em contato com os asfalto, estava subindo faíscas de fogo, além do barulho alto, sai da frente quando vi Patrícia subindo, a idiota desceu do carro gargalhando alto porque tinha dado certo. Ela me ajudou a subir novamente a rampa, e conseguimos fechar a porta bem no momento que estávamos no fim do túnel. Patrícia me enfia em cada situação, mas ela é muito esperta pra se livrar de encrenca.