Capitulo 24

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🔷🔹Ludmilla Oliveira 🔹🔷


As 22:00 deixei Brunna dormindo no quarto e sai atrás das meninas, eu não falei pra ela o que pretendia fazer, primeiro que ela iria me proibir ou me amarrar na cama. Mas algo estava me falando para ir. Vesti um moletom preto com capuz, uma calça e um tênis. A casa estava em completo silêncio, todos estavam dormindo, encontrei Yris e Emilly já me esperando, entramos as três no mesmo carro e seguimos para o destino.

Emilly escondeu o carro nos matos e iríamos seguir a pé pela mata, ela pegou um de seus rifles, e entregou a mim e a Yris apenas a mira de outras duas armas para que usássemos como binóculo.

- Eu quero te socar a porrada por ter me enfiado nesses matos as dez da noite Ludmilla, vai se foder na moral.

Yris não parava de reclamar, enquanto isso Emilly tava na frente cortando a mata e fazendo o caminho para gente seguir.

- Aí que merda, algum inseto me mordeu!

Yris reclamou novamente.

- Cala a merda da boca Yris. - Emilly falou apontando o fuzil de precisão no peito dela.

Vivemos a base de ameaças, eu amo essas amizades, que qualquer coisa já mete uma arma no peito, ou um murro no estômago.

Seguimos em silêncio até o velho galpão que eu e Brunna tinhamos encontrado mais cedo. Deitamos no chão na mata e observamos pelas miras, aparentemente tudo tranquilo.

- Parece tudo tranquilo. Acho que nem tem ninguém aí.

Emilly falou e como uma resposta do além, ouvimos um barulho de caminhão chegando, logo a luz do farol apareceu. O caminhão encostou no galpão, desceu dois caras.

- Acho que vou olhar mais de perto. - Ia me levantando e Emilly segurou no meu braço me conduzindo a se deitar novamente.

- Não seja idiota. Se você vai e eles te pegam, Brunna fuzila minha cabeça e a de Yris.

Repensei, mas não mudei de ideia.

- Não se preocupem, não vou ser vista por eles. Caso eu for pega, vão embora não tentem ser heróis e diga a Brunna que eu amo ela.

- Ludmilla não faça isso!

Dessa vez foi Yris. Peguei minha pistola que tava presa na minha cintura e ativei o gatilho. Enfiei a mira que Emilly me deu no bolso do moletom e coloquei o capuz na cabeça.

Sai escondida pelas matas, dando a volta até chegar do lado do galpão, então ouvi um grito de dor.

- Kevin...

Peguei o binóculo e tentei olhar pela janela se conseguia ver alguma coisa. Mas não dava pra ver nada, ia ter que encostar mais no galpão.

Coloquei o binóculo no bolso novamente e sai com a arma apontada pro chão, fui andando tentando não ser vista, não tinha ninguém aos arredores, não era possível que eu fosse pega.

Tinha uma pequena janela pelos fundos, eu tentei abrir, mas tava fechada. E então ouvi outro grito de dor. Era realmente o Kevin, ele tava aqui.

- Eu vou matar você Erick! - Ouvi Kevin gritar e tive mais certeza ainda que era ele.

Merda! Brunna tava certa.

Eu já havia ouvido o suficiente, me virei para voltar aonde tava Emilly e Yris para irmos embora. Mas fui impedida por uma arma na minha cabeça.

- Ora, ora, olha só o que temos aqui... Ludmilla Oliveira!

Era Richard!

Tentei reagir e atirar nele, mas ele foi mais rápido e me desarmou.

A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora