A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada

Capítulo 30

🥀▫️Brunna Gonçalves ▫️🥀

Acordei sentindo a falta de Ludmilla na cama, mordi meu lábio lembrando da nossa noite e sorri, me espreguiçei e fui até a janela, abri e ouvi um "Vai Ludmilla força" estranhei, e logo reconheci a voz de Patrícia. O que diabos essas mulheres tão aprontando? Fui até minha mala e peguei um roupão, escovei meus dentes e desci para ver qual a grande invenção de Patrícia e Ludmilla da vez.

Cheguei no térreo e fiquei parada na porta da frente abraçando meu próprio corpo, vi o carro parado e duas pessoas em pé em cima dele, logo reconheci as pernas de Ludmilla e a outra devia ser Yris. As duas começaram a rir.

— Cara Larissa vai derrubar Patrícia de cima desse telhado. – Yris falou dando mais gás ainda pra Ludmilla rir.

Eu tava fazendo os cálculos na minha cabeça de possíveis coisas que elas podiam estar aprontando. Vi Ludmilla se abaixando, ela sentou no teto do carro e enfim olhou para a frente dando de cara comigo.

— Me fodi... – Ela falou e deu um sorriso amarelo.

Yris se sentou no teto também, quando me viu deu o mesmo sorriso que Ludmilla e me mandou um tchauzinho.

— O que vocês tavam aprontando?

— A amor, eu e Yris tava brincando com a chave do carro e caiu em cima da casa, a gente tava tentando tirar.

Franzi meus olhos para ela, olhei para o carro e vi que a chave tava na ignição.

— Ludmilla eu tenho cara de que pra você?

— De amor da minha vida? – Ela pulou do carro e veio em minha direção.

— A chave tá na ignição Ludmilla.

Ela coçou a cabeça, e correu de volta pro carro, subiu em cima e se escondeu atrás de Yris.

— Para de ser uma banana Ludmilla, estávamos ajudando Patrícia a subir no telhado Brunna.

Se eu já estava preocupada com o que elas tavam fazendo, eu fiquei mais ainda.

— Vocês tão brincando não é? Ludmilla e Yris se Patrícia tivesse caído ela tinha morrido!

— A amor, é a Patrícia, mesmo se ela morrer, ela da um jeito de escapar.

— Tá Okay. Agora entrem, quero falar com vocês. Os outros já estão esperando na sala.

Dei espaço na porta pra elas entrarem, Yris passou por mim e Ludmilla veio atrás um pouco recuada, incrível como Ludmilla tinha medo de mim, é bom ela saber quem manda mesmo.

— A gente continua bem? – Ela fez uma carinha fofa, puxei o rosto dela em direção ao meu e deixei um selinho em seus lábios.

Ludmilla sorriu e segurou na minha mão, entramos e se juntamos aos demais, na sala estava presente, Ethel, Mário, Renato, Kevin, Rômulo, Emilly, Evellyn, Jason, Christian, e agora Yris, Ludmilla e eu. Larissa e Patrícia deviam tá ocupadas fazendo o que eu também queria estar fazendo.

— Bom dia queridos. Temos que resolver o que vamos fazer, como vamos fazer e quando vamos fazer. – Falei e ganhei a atenção deles.

— Não podemos ficar aqui mais uns dias Brunna? – Evellyn quem se posicionou.

— Não Evellyn, nós perdemos o comunicador com a polícia, acho que eles devem ter achado onde eu escondi, então eles podem aparecer aqui a qualquer momento e nos pegar de surpresa. – Renato que a respondeu.

— Então temos que sair daqui o mais rápido possível. – Christian falou e fez uma careta.

— Gente, eu preciso falar algo pra vocês. – Ethel se posicionou e chamou nossa atenção.

— Algum problema Ethel? – Fui até ela e segurei em sua mão.

— Eu tô grávida.

Eu me segurei para não cair dura no chão com sua fala. Todos tinham a mesma cara de surpresa.

— Eeeeeee vamos ter um mini bandidinho para nos colocar em encrenca. – Christian falou animada e abraçou Ethel.

Alguns rostos como o meu, de Ludmilla, Renato, Mário, Yris e Evellyn era de completo desespero.

Tentei não demonstrar que fiquei incomodada com aquela informação, Ethel não merecia o que Mário e meu irmão estão fazendo com ela, e pior, agora uma criança inocente envolvida nisso. 

Depois dessa informação ninguém se concentrou mais na reunião que queríamos fazer, eu saí da casa e me deitei em cima do capô de um dos carros que estavam mais afastados, encostei minha coluna no para-brisa e fiquei lá pensando um pouco na vida. Depois de alguns minutos, vi Ludmilla andando até mim, ela subiu no capô e se escorou no para-brisa assim como eu, deitei minha cabeça no ombro dela e segurei em sua mão.

— Acho que passou da hora de você falar com seu irmão Brunna.

— Eu acabei de chegar a conclusão que não vou me meter nisso amor, eu não tenho nada a ver, Renato e Mário não são duas crianças, eles devem ter consciência do que estão fazendo e devem arcar com as consequências.

— Okay. Então mudando de assunto já pensou no que vamos fazer?

— Pensei em voltar para a ilha. Todos nós gostamos de lá e é um lugar tranquilo. Lembra que você mandou construir uma casa de árvore pra nós duas? Quero morar nela com você. Ter um cachorro do meu tamanho.

— Isso não é muito difícil...

Ludmilla falou e soltou um riso nasal.

— E adotar uma criança...

Ludmilla me olhou rapidamente com minha última fala.

— Tá falando sério?

— Sim. Vou falar com Jason, ele tem contato com orfanatos, e abrigos para crianças abandonadas, só que por lei não podemos adotar a criança legalmente, já que agora somos foragidos, e é uma burocracia infinita.

— Vamos adotar uma criança ilegal Brunna?

— Não é bem assim, tem muitas crianças que passam a vida inteira no orfanato, tenho certeza que ela vai ser muito querida e amada por nós duas. Renato por exemplo, ele era ilegal até alguns anos atrás. E a criança não vai ser uma criança sem nenhum documento, pra isso existe Renato na nossa vida.

— Você prefere uma menina ou um menino?

— Huuum... Honestamente pra mim tanto faz, mas eu acho que uma menina, quero fazer vários penteados nela, brincar de boneca, ela vai ser uma princesa.

— A não amor, minha filha não vai ficar brincando de boneca com você dentro de casa, ela vai é nadar no mar, aprender a pescar, surfar, pilotar, atirar...

Ludmilla falou e eu dei um tapa no braço dela.

— Ludmilla você não se atreva a dar uma arma na mão da minha filha.

— Nem de brinquedo? Com um jato de água?

— Não! Mas você preferia qual sexo?

— O nosso... – Ela falou com uma cara safada.

— Ludmilla!

Ela riu alto.

— Eu gostaria de um menino amor.

Pensei em um menino, e rapidamente veio um clone de Ludmilla na minha cabeça, com olhos Castanhos, cabelos morenos, pele negra, já consigo realmente ver ele crescendo, virando realmente um surfista, a pele um pouco vermelha do sol, o cheirinho de mar em sua pele... Eu tô amando uma criança que nem existe ainda na minha vida.