Capitulo 09

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🔹🔷Ludmilla Oliveira 🔷🔹

Sai de perto de Brunna cuspindo fogo, eu amava Brunna, mas odiava que sempre que a gente discutia ela jogava na minha cara que deixou a vida tranquila dela por minha causa, era doloroso ouvir isso. Quando cheguei na sala encontrei Patrícia andando de um lado pro outro, Ethel limpando o rosto machucado de Rômulo, e alguns dos outros sentados ao redor.

— Ludmilla cadê Brunna? – Patrícia perguntou quando me viu.

— Tá chateada no quarto, por sua culpa a gente brigou. – Acusei Patrícia e ela levantou uma sobrancelha para mim.

— Sem mimimi Ludmilla, vá chamar ela, vamos entrar na prisão agora. – Patrícia falou e eu gelei, Brunna brava não iria querer participar do plano, sem ela era muita loucura.

— Eu não vou subir atrás dela Patrícia, vai você. – Falei e me sentei no sofá.

— Okay, então vamos sem ela, todos nós sabemos o que fazer. Mário já foi pra delegacia, vai jogar as roupas de preso no túnel. – Ela pegou a chave do carro e seguiu em direção da saída da casa.

— Patrícia não vamos conseguir sem Brunna!

— A única que ia passar todo o tempo com Brunna era você, não se garante em fazer sua parte? – Patrícia falou e eu engoli em seco.

— Consigo, vamos! – Olhei na direção das escadas e suspirei, ela vai ficar mais brava ainda comigo.

Pegamos os carros e saímos em direção a cidade, todos pegamos uma rota diferente, mas que daria no mesmo lugar, junto comigo estava Patrícia, Rômulo e Larissa, Emilly e Renato foram por outro lado, elas não iriam entrar, Evellyn, Christian e Yris em outro carro, e no última estava Rômulo e Ethel.

Como Brunna organizou, eu iria para a ala das presas para distrair a polícia com uma rebelião, iria com ela, mas terei que fazer isso sozinha, Emilly e Christian vão ficar posicionados escondidos com armas caso a polícia queira aparecer, Larissa e Renato iriam para o sistema de segurança, Rômulo, Patrícia, Yris e Ethel iriam pegar Zack e Richard. Estacionamos o carro pelas redondezas, logo Evellyn apareceu, pegou a chave do carro e esperou para fechar o boeiro quando a gente entrasse.

Olhamos para os lados e não tinha absolutamente ninguém, abrimos a tampa, colocamos as máscaras e pulamos dentro, logo Evellyn puxou a tampa deixando tudo escuro. Ligamos lanternas e seguimos pelo túnel, meu coração está disparado, eu não podia mentir, eu estava com muito medo de tudo dar errado.

— Mesmo com as máscaras o odor aqui em baixo é horrível. – Patrícia falou com a voz abafada pela máscara.

— Como vocês conseguiram fazer esse trajeto sem máscaras? Isso é horrível. – Ouvi a voz de Larissa.

— Acho que não deveríamos ter vindo sem a Brunna. – Renato se posicionou pela primeira vez.

— Renato é só fazer o que ela mandou, vai dá certo. – Patrícia o encorajou.

— Patrícia como eu começo uma rebelião? – Falei um pouco desesperada porque eu não tinha a mínima ideia.

— Ia me esquecendo, pegue isso. – Patrícia falou e me entregou um saquinho com maconha dentro. — Você só precisa comprar alguma presa, elas vão estar no refeitório na hora que a gente entrar, procure uma que tenha cara de maconheira, ofereça a ela em troca dela começar uma rebelião. – Patrícia falou e eu engoli em seco, parece que eu ia me meter com gente pesada nisso.

— Se der errado?

— Não vai Ludmilla, mesmo que a pessoa que você ofereça não fume, ela vai querer a erva pra vender. – Larissa falou e eu respirei fundo. Eu não imaginava que eu era tão mole assim.

Chegamos na parte do túnel que teríamos que ir se arrastando, foi um de cada vez, graças a Deus não demoramos a chegar, na entrada do túnel já estava todos os outros, devidamente vestidos com as ridículas roupas verdes que eu tanto odeio.

Tiramos nossas roupas e vestimos as de presidiários, os primeiros a sair do túnel foi eu, Larissa e Renato. Eu tentava não fazer contato visual com nenhum policial, Renato estava segurando no meu braço, e Larissa no outro, como se estivessem me levando de volta a ala das prisioneiras.

— Ei espere aí, agente Carvalho, o que faz aqui? – Um dos guardas nós parou e eu gelei, droga iríamos ser descoberta logo de primeira.

— Olá policial Edward, senti sua falta. – Larissa falou e o homem sorriu, ele deveria ter uns 35 anos.

— O que apronta?

— Preciso conversar com dois presos, foi a única forma que consegui. – Larissa mentiu.

— Não demore, as coisas aqui estão mais severas, eles não vão demorar a perceber que a prisão foi invadida. – Ele falou e Larissa o abraçou rapidamente.

— Obrigada! – Ela se despediu e seguimos, encontramos poucos guardas no caminho que fizemos, logo estávamos em frente a uma porta conhecida por mim. Larissa e Renato me deixaram lá, e seguiram para a missão deles.

As presas ainda não estavam no refeitório, eu me escondi em um pequeno quartinho escuro sem portas, e fiquei esperando elas passarem. Quando ouvi vozes, respirei fundo, as presas passaram sem me ver, quando a última abriu a porta do refeitório, eu a acompanhei e entrei em seguida, peguei a fila como todas elas para pegar minha comida.

Já com a bandeja em mãos, olhei para todos os lados, vi uma mulher mal encarada sozinha, ela parecia temida pelas outras, acho que acabei de encontrar minha companheira.

— Posso me sentar com você? – Falei e ela me fuzilou com um olhar.

— Não sua vadia, vaza daqui. – Ela respondeu, mas eu me fiz de desentendida, joguei minha bandeja em cima da mesa e me sentei de frente pra ela.

— Quero fazer negócios com você. – Falei e ela me olhou com os olhos franzido.

— Te dou minuto, apenas porque você é bonita. – Ela falou e eu limpei minha garganta.

— Quero que comece uma rebelião aqui no refeitório. – Falei e ela gargalhou alto, chamando atenção de outras presas.

— Você acha que eu sou o que gata? Isso pode aumentar em 2 anos minha pena, e eu posso ir parar na solitária.  – Ela falou baixo apenas para eu ouvir.

— Eu posso te pagar bem.

— Não quero dinheiro. – Ela falou me encarando, merda, se ela não fumar eu fui exatamente na pessoa errada.

— Não vou te dar dinheiro, tenho algo melhor. – Tirei o pacotinho do meu bolso e com a mão fechada levei até ela, sem da a mais ninguém a visão do que era.

Assim que ela olhou do que se tratava sorriu.

— Gostei Morena, foi bom fazer negócios com você. – Ela se levantou, caminhou até uma mesa e deu um soco na cara de uma mulher.

A mulher avançou em cima dela, eu peguei minha bandeja de comida e joguei em uma mulher que tava em pé na minha frente. Várias presas começaram a brigar, comidas voavam para todos os lados, ouvi o alarme do refeitório e me apressei em sair daquele lugar.

E agora? O que eu faço?

A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora