Capitulo 15

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▫️⭐PATRÍCIA CRISTINA ▫️⭐


Tava dormindo quando ouvi um barulho alto de porta abrindo, olhei assustada, já estava procurando minha arma quando percebi que era Ludmilla, Larissa tava nua, eu puxei rapidamente um lençol cobrindo o corpo dela.

— Ludmilla sai daqui diabo!

— ACORDA PATRÍCIA, A POLÍCIA TA CHEGANDO AQUI. – Ela jogou minha roupa em cima da cama e saiu correndo, eu pulei da cama, essa altura Larissa já tinha feito a mesma coisa.

Nós imaginávamos que a polícia um dia iria nos encontrar, então estamos sempre prontos pra fugir, tinha roupas, e armas nos porta malas dos cinco carros. Vesti a calça e a camiseta sem roupa íntima mesmo, assim como Larissa, quando chegamos na sala, Renato e Mário estavam terminando de colocar os aparelhos eletrônicos em uma mala, Emilly tava armando uma bomba, para não deixar nenhum rasto nosso para a polícia, mesmo eles sabendo a identidade de alguns, eles não tinham de todos, e essa casa estava cheia de digitais, de armas, eram muitas provas que podiam nos incriminar ainda mais.

— Peguem os carros, vamos, rápido! – Christian falou ao sair de um quarto com uma caixa cheia de armadilhas para estourar pneus de carro.

As sirenes ficaram mais próximas, eu corri para fora, peguei um dos carro, Ludmilla pegou outro, Rômulo em outro, Zack ficou com um dos carros preto da polícia e Yris estava no outro. Atravessamos a estrada na direção oposta a que a polícia vinha, para que Christian e Evellyn colocassem as armadilhas na estrada. Larissa se sentou do meu lado, logo Emilly e Christian entraram também.

— SIGAM O CARRO DE PATRÍCIA! – Emilly gritou para os outros, eu levantei poeira na estrada de terra, a polícia chegou bem na hora, dispararam alguns tiro contra nossos carros.

— VAI ARRANHAR A PINTURA PORRA! – Eu gritei na janela, eles tentaram nos seguir como imaginamos, o carro que vinha na frente foi o primeiro a parar, outros como eles não imaginavam, vinha em alta velocidade, o pneu estourou e o carro vôo.

— Que morte horrível! – Emilly falou olhando pra trás.

— Pra onde vamos Emilly ? – Larissa falou quando percebeu que nenhum outro carro da polícia nos seguia, todos tinham ficado na armadilha.

— Pra casa de um... – A fala de Emilly foi interrompida por uma explosão, olhei pelo retrovisor, apenas vi algumas telhas voando, e uma grande nuvem de fumaça e fogo, a casa tinha ido pelos ares. — Eu sempre quis fazer isso. – Emilly falou e começou a rir alto, essa mulher é maluca.

— Quero ser sua amiga pro resto da minha vida. – Larissa falou olhando assustada pra Emilly.

Emilly me informou que iríamos a casa de um velho amigo dela, que ficava basicamente nas montanhas, era uma viagem de um hora, mas ela falou que tinha certeza que deveríamos ir até ele, então eu não questionei, segui com o carro pela direção que ela ia me passando, e os outros carros iam nos seguindo.

Estávamos em uma estrada reta, quando olhei para trás, percebi que Yris e Ludmilla estavam apostando corrida, mas Ludmilla gosta de irritar a Gonçalves mesmo, ela deve tá querendo jogar essa idiota pela janela. Sorri e voltei minha atenção pra estrada, depois de um tempo elas pararam, e seguiram normalmente.

Não demorou a chegarmos no lugar que Emilly tinha mencionado, para todos os lados tinha matos, olhei para Emilly e ela sorriu, fui abrir a porta pra sair, mas ela me impediu.

— Eu primeiro! – Ela desceu do carro e levantou as mãos em rendição. — Fiquem no carro galera. – Emilly falou um pouco alto para os demais, todos a obedeceram, ela ainda com as mãos em rendição andou um pouco para frente, depois girou, era como se a tivesse querendo se apresentar.

Emilly permaneceu parada ao menos uns 10 minutos, até que vi um movimento no mato, Larissa já tava acionando o gatilho da arma, um homem saiu do mato com roupa de camuflagem e uma arma de precisão na mão.

— Uma L115A3, seu gosto por armas  continua impecável Saimon. – Emilly falou para o homem, ele tirou os matos que cobria a cabeça e sorriu olhando pra arma.

— Essa belezinha veio direto do Reino Unido, pesa 7 kg, com 5 tiros, ele é equipado por um poderoso cartucho Lapua Magnum... Mas isso você já sabe, já pegou em um desses? – O homem falou para Emilly que apenas sorriu.

Ele entregou a arma a Emilly, ela posicionou a arma e se deitou no chão, se concentrou e atirou em uma árvore que tinha próximo.

— Boa Emilly, você continua a mesma garota de sempre. O que faz em minhas terras? Estava pronto para matar você e seus amigos.

— Preciso de ajuda Saimon.

— O que anda aprontando?

— Um amigo meu foi sequestrado. – Fizeram uma longa pausa.

— O FBI já está atrás de vocês?

— Sim...

— Por que eu não estou surpreso? Quem é a galera?

— Meu amigos, não se anime, eles são péssimos como Snipes.

— Chame eles, vamos tomar um café.

Emilly fez sinal para a gente seguir ela, seguimos a pé por uma trilha, não muito longe tinha uma pequena casinha aconchegante. Mas era uma simples casa apenas por fora, por dentro não dava ao menos para ver a pintura da casa de tanta armas pelas paredes. Todos nós olhávamos  encantados para as armas, principalmente Emilly, Christian e Rômulo.

— Em que posso ajudá-los Emilly? Sou apenas um velho sniper afastado da vida da cidade a anos. – O velho colocou uma chaleira no fogo com água e se sentou na mesa com a gente.

Alguns dos nosso amigos tinha ficado pela sala, apenas eu, Larissa, Ludmilla, Brunna e Renato estava na cozinha com o homem.

— Preciso de orientação Saimon, e de um lugar para ficar ao menos hoje.

— Não posso abrigar vocês, eu sinto muito. A anos esse lugar é minha casa Emilly, eles vão encontrar vocês, mais rápido do que imaginam. Vou te passar um endereço, no centro de Brasília, vocês podem ficar lá, é seguro. Mas tenha cuidado filha. – Emilly abraçou o homem, nós apenas observava o carinho que Emilly parecia ter com ele.

Simon tirou o café do fogo, estava nos servindo quando Christian entrou correndo na cozinha.

— A polícia nos achou!

Eu engoli em seco, o homem baixou a cabeça, todos pareciam apavorados.

— Agora vocês vão me ajudar a proteger esse lugar. – O velho falou e nos andamos atrás dele. — Quantos deles tem alguma noção de Snipe Emilly?

— Apenas dois.

— Ao menos eu tenho você. Vamos matar policiais garotas, eu estava mesmo precisando de uma agitação.

Emilly balançou a cabeça em negativo e sorriu. Onde diabos Kevin foi enfiar a gente? Ou melhor, onde diabos esse idiota se enfiou?

A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora