Capitulo 23

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💠▫️Yris Araújo ▫️💠

Evellyn tava sentada em frente a um computador, eu tava deitada na cama olhando para ela e imaginando o quão eu era sortuda por ter essa mulher do meu lado. Evellyn é a mulher mais incrível que já conheci, a gente se deu bem de primeira, uma dama para os outros e uma safada na cama, uma companheira inigualável.

- Tá pensando em que meu amor? - Ela me olhou por cima do óculos de grau e eu sorri.

- Só estava te observando.

Ela me jogou um olhar safado e se concentrou no computador novamente. Eu continuei a observando, até que ela tirou o óculos e colocou em cima da mesa.

- Yris não acha que Brunna pega muito pesado com Ludmilla as vezes?

- Não sei como anda o relacionamento delas Ruivinha, mas elas sempre foram assim, se matando e se beijando.

- As vezes fico com pena do meu pequeno monstrinho, ela é apenas uma boba apaixonada, não que Brunna não seja apaixonada, mas ela é muito explosiva.

- Evellyn não é defendendo Brunna, mas Ludmilla parece que gosta de provocar ela as vezes.

Evellyn fez um curto silêncio, parecia repensar a situação.

- Vou conversar com ela sobre isso depois.

- Você não deveria se meter no relacionamento delas.

- Mas eu vou, é a Ludmilla e eu me importo com ela.

Soltei uma longa respiração.

- Evellyn elas brigam e transam e já tá tudo bem depois.

- É exatamente esse o problema Yris, elas precisam parar de se matar e resolver tudo com sexo.

Revirei meus olhos para ela com tédio, Evellyn me olhou colocou uma mão na cintura e levantou uma sobrancelha.

- E não revire os olhos para mim Yris Araújo! - Ela falou apontando um dedo em minha direção. - Você parece uma criança birrenta as vezes.

- Venha aqui chegue Ruiva.

Bati do meu lado na cama, Evellyn andou até mim e se deitou do meu lado. Ela se aconchegou no meu peito e eu fiquei fazendo carinho em seu cabelo.

- Evellyn? - Ouvi uma voz e duas batidas na porta, logo conheci ser a voz de Ethel.

Evellyn pulou da cama feito um flash, e abriu a porta, Ethel assim que a viu caiu em seus braços, Evellyn a aconchegou e fechou a porta.

- Tá tudo bem meu amor?

Ethel não falou nada, percebi que ela tava chorando.

- Quer que eu saia? - Falei e Ethel balançou a cabeça em negativo.

Me levantei e fui até o frigobar, peguei uma garrafa com água e coloquei em um copo. Evellyn trouxe Ethel até nossa cama, ela parecia mais calma, entreguei o copo com água a ela que tomou apenas um gole.

- Quer falar o que aconteceu Ethel? - Evellyn tirou alguns fios do seu cabelos que estavam colocados no rosto dela pelas lágrimas.

- A alguns dias eu tava me sentindo estranha, tava tendo enjôos, estava sentindo meu corpo diferente...

- A meu Deus Ethel... - Evellyn falou e eu fiquei com cara de paisagem.

- E então foi no médico? - Falei preocupada, ela podia ter pegado uma virose.

- Eu tô grávida Yris. - Ela falou quase em um sussurro, senti apenas o copo deslizar de minha mão e se estilhaçar no chão.

- Aí meu Deus! - Eu fiquei um pouco desesperada, só de imaginar uma criança, como diabo cuidava de uma criança? Meu desespero passou quando eu lembrei que não era a mãe da criança e Ethel quem teria que se preocupar com isso. - Mas tá tudo bem não é? Você e Mário estão bem certo?

- Eu não sei... - Ethel falou e Evellyn revezou o olhar de mim para Ethel seguidas vezes. - Eu tô sentindo ele muito estranho e distante desde que estamos todos juntos novamente.

- Como assim Ethel? Ele não está apenas preocupado com tudo que estamos se metendo? - Evellyn disse e segurou em sua mão.

- Não. Eu conheço Mário, tem alguma coisa muito errada.

Eu fiquei apenas calada, mas fazia alguns dias que eu tava com o pé da orelha coçando em relação a Mário e Renato, eles estavam muito ligados, e Brunna tava direto no pé de Renato por algum motivo desconhecido.

Ouvi o bip do meu celular, olhei e era uma mensagem de Ludmilla me pedindo para ir encontrar com ela. Deixei Ethel e Evellyn no quarto e sai, encontrei ela sentada em um capô de um carro.

- E aí monstrinho da meia noite. - Fiz um toque de mãos com Ludmilla e me sentei do lado dela no capô. - O que aconteceu com sua calça? Tá molhada.

Percebi Ludmilla ficar um pouco vermelha, ela deu um sorriso safado e eu queria não ter imaginado com o que molhou aquela calça.

- Tava tomando água e derramei sem querer.

Eu não aguentei e comecei a rir da cara de pau, Ludmilla no fim acabou rindo também.

- Vou acreditar em suas desculpas Ludmilla. Enfim, o que queria?

- Preciso de sua ajuda hoje a noite.

Fiz uma careta para ela, para que diabos Ludmilla queria me ajuda e logo a noite?

- Yris para de pensar besteira, não é nada disso. - Ela me deu um pequeno soco no braço. - Eu e Brunna encontramos algo suspeito. - Ela falou mais baixo quase em sussurro.

- Okay! Vamos sair que horas?

- Vão para onde? Vou também! - Emilly apareceu feito um fantasma nos assustando.

- Caralho Emilly, que susto da porra. - Ludmilla deu um empurrão em Emilly que deu apenas uma risada gostosa. Eu não conseguia entender como Emilly era tão barra pesada sendo que ela é apenas um bebê, o rosto, a fala doce, a risada de anjo.

- Desculpa bebê de Brunna. - Ela deu um aperto na bochecha de Ludmilla a provocando. - Mas eu realmente quero ir com vocês, sei que vão aprontar alguma coisa. Minha vida tá muito parada aqui nesse sítio, quero agitação.

Ludmilla falou apenas para ela estar pelos arredores as 22:00, e não comentar sobre com ninguém.

A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora