Capitulo 11

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🔹🔷Ludmilla Oliveira 🔷🔹

Eu olhava para todos os lados atrás de uma saída que não existia, então na melhor das hipóteses eu saí correndo no corredor tentando achar alguma escada ou dar de cara com Mário, eu tinha conseguido a rebelião, mas eu precisava sair daqui e eu não fazia a menor ideia por onde ir.

Quando estava chegando no final do corredor ouvi passos, olhei para todos os lados atrás de onde me esconder, o pequeno quartinho que tinha me escondido antes de entrar no refeitório tinha ficado pra trás, eu apenas levantei minhas mãos em rendição, não tinha o que fazer. Os passos se aproximavam cada vez mais, até que meus olhos avistaram de quem se tratava.

— Eu quero matar você e Patrícia, e já se passou tantas formas para fazer isso na minha cabeça que se eu fosse vocês, sumiria da minha frente quando a gente conseguir sair daqui Ludmilla. – Brunna estava com as mesmas roupas que eu, ela deve ter entrado pelo túnel também.

— Brunna... – Foi tudo que eu consegui dizer, eu estava aliviada, ela era realmente a única chance de eu sair da encrenca que me meti. Sorri para ela, mesmo brigadas ela não desistiu de mim.

Ouvi mais passos, a sirene soava alto em toda a prisão, Brunna assim como eu olhou para todos os lados atrás de uma saída.

— Vamos voltar para nosso começo Ludmilla. – Ela falou e puxou a porta do armário em que se escondemos quando eu estava presa. — Entre rápido. – Ela falou e eu me enfiei no pequeno armário, os passos cada vez ficavam mais altos, ela entrou de frente pra mim, e eu fechei a porta.

— Eu te amo meu amor. – Falei próximo ao ouvido dela.

— Sem gracinhas Ludmilla, eu estou com raiva de você. – Ela falou baixo.

— Lembra quando ficamos presas aqui? Eu desejava tanto seu corpo naquele tempo.

— Você deseja até hoje Ludmilla, agora cale a boca.

A gente conversava quase em sussurro. Eu puxei Brunna para mais perto de mim a abraçando, ela suspirou e eu puxei o seu queixo em direção a minha boca.

— Me desculpe... – Eu disse e encostei nossas bocas, Brunna não retribuiu, ela permaneceu imóvel, eu mordi o lábio inferior dela e puxei entre os dentes, e isso foi o bastante pra eu sentir o cano da arma dela na minha barriga.

— Eu falei sem gracinha Ludmilla, a gente vai conversar em casa. – Ela falou e eu engoli em seco, ela tá realmente brava.

— Voltamos a era que você aponta uma arma pra mim sempre que tem uma oportunidade?

— VÃO, PROCUREM ELES, ESSA PRISÃO FOI INVADIDA, EU QUERO ESSAS PESSOAS. – Ouvi uma voz alta no corredor, e puxei Brunna para mais perto de mim novamente, e fiquei abraçada com ela.

— A gente vai conseguir sair daqui. – Ela falou baixinho no meu ouvido.

Continuamos dentro do armário, até que eu comecei a me desesperar por estar em um local tão pequeno e escuro, comecei a suar frio, e a respiração desregulada.

— Ludmilla você tá bem? – Brunna falou preocupada.

— Eu... Preciso. Sair. Daqui. – Falei fazendo pausas para respirar.

— Você tem claustrofobia?

— Não sei... – Percebi Brunna respirar fundo, ela pediu pra eu ficar em silêncio, ainda dava pra ouvir barulhos, mas um pouco distantes.

— Vamos sair daqui. – Ela abriu a porta e saiu primeiro. — Vem Ludmilla rápido. – Eu olhei para o final do corredor, o refeitório ainda estava cheio de policiais, tinha um na porta e ele olhou em nossa direção.

— PAREM AI AGORA! – O policial falou e saiu correndo atrás de nós, minha respiração foi voltando ao normal depois que saímos daquele lugar, Brunna saiu me puxando pela mão, até que ela abriu uma pequena portinha escrito "Consultório médico" e entrou.

Dentro dela estava apenas um homem ruivo alto, vestido de branco e sentado em sua cadeira, eu não demorei a reconhece-lo, era o doutor Jason, ele olhou assustado em nossa direção, mas parece ter relaxado quando viu Brunna.

— Brunna, o que faz aqui?

— Jason eu preciso sair daqui, a prisão inteira está atrás de mim. – Ela falou e correu para abraçar o cara, no momento que ouvimos batidas na porta.

— Se escondam aqui em baixo da minha mesa. – Ele falou e nos fizemos o que ele mandou, Jason se sentou novamente em sua cadeira e mandou quem estava batendo entrar.

— Doutor Morris, o senhor viu duas mulheres correndo por esses corredores? – Ouvi uma voz grave masculina.

— Não saí de minha sala, aconteceu alguma coisa? – Ele pareceu interessado.

— A prisão foi invadida.

— Por quem?

— Ainda não sabemos, mas entraram por um túnel.

— Se eu ver alguma coisa suspeita eu aviso a vocês, obrigado por me informar. – Ele falou e o policial fechou a porta. Jason se levantou e foi até a mesma, a trancando com a chave.

— Obrigada Jason! – Brunna falou quando saímos de baixo da mesa.

— Brunna como diabo vocês vão sair daqui? Não podem sair pelo túnel. – Jason falou e eu fui até um bebedor que tinha na sala dele tomar água.

— Eu tenho uma péssima ideia. – Falei e Brunna me olhou.

— Qual? – Brunna falou me encarando.

— Pelo portão da frente.

— Ludmilla como diabos vamos passar por aquele portão? – Terminei de tomar a água e joguei o copinho no lixo.

— Com Emilly e os carros da polícia. – Falei sorrindo e Brunna parece ter entendido, pois na mesma hora pegou o celular e jogou para mim.

Emilly: Brunna, eu sei que você tá furiosa, mas não é uma boa hora.

Ludmilla: Emilly sou eu a Ludmilla, você ainda tá posicionada?

Emilly: Você tá com Brunna?

Ludmilla: Sim, estamos presas na prisão ainda, consegue abrir o portão da frente com um tiro de precisão?

Emilly: Meu Deus Ludmilla eu posso tentar, mas se eu errar? – Emilly falou e Brunna tomou o celular da minha mão.

Brunna: Emilly, eu confio em você, assim que eu e Ludmilla conseguir entrar em um dos carros, eu te dou um toque. Você é a melhor Emilly.

Brunna desligou a ligação e respirou fundo.

— Vocês são loucas, eu vou com vocês. – Jason falou e abriu um armário. — Ludmilla vista essas roupas, Brunna você vai na maca coberta por um pano, seu rosto é muito conhecido por aqui. – Ele me entregou roupas de enfermeiras, calça branca, camisa, tênis, luvas, jaleco, máscaras e toucas.

— Vamos sair daqui. – Brunna falou e eu fui para o banheiro me trocar. Se eu conseguir sair dessa prisão, eu vou matar Rômulo, por ficar fazendo pressão em Patrícia e ela me enfiar nessa roubada.

A delegada (G!P) ✔🚔 2°Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora