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Prólogo: Olá, Rowoon-nim! Sou eu, Tokkibi!

"... além de tudo isso, eu adoro como as suas histórias são factíveis, sem cair em clichés fantasiosos, e ainda assim trazem um sentimento romântico de aquecer o coração. Eu não sei, mas, o jeito familiar e natural com que você narra os fatos faz a história ser tão pessoal para quem lê que não preciso de muito esforço para me colocar na pele das protagonistas. Em meio a tanta falta de representação, é bom saber que posso contar com um lugar em que possa encontrar histórias como as suas, sem cair nas clássicas tragédias ou fetichizações, e que ainda assim são bastante diversas. Parabéns pela nova história! Com certeza acompanharei essa com a mesma assiduidade com que li as anteriores! Rowoon-nim, Fighting!"

- Seulgi unnie finalmente arranjou um namorado?

Kang Seulgi, justamente, só se deu conta de como sorria como boba para a tela de seu celular ao ouvir a voz de uma de suas vizinhas e amigas de infância. Park Sooyoung, do outro lado da mesa. Não estavam apenas as duas sentadas em uma mesa de um dos cafés próximos à universidade onde estudavam. Havia Son Seungwan, colega de classe, vizinha e amiga de infância de Seulgi e Sooyoung. A Son que se encontrava à esquerda da Kang, e por isso mesmo, Seulgi rapidamente bloqueou o aparelho, antes que tivesse que lidar com olhares curiosos. Imediatamente à sua frente, bebericando um latte de baunilha gelado, também estava...

- Você ainda tem esperança de que isso vai acontecer? – Bae Joohyun. Veterana, vizinha e amiga de infância de Seulgi, Sooyoung e Seungwan. Era quem ria da cara perdida de Seulgi, à propósito.

- Vocês são muito maldosas com ela... – Seungwan, como sempre, era quem partia em defesa da Kang. Não que Seulgi se importasse muito com Sooyoung e Joohyun pegando no seu pé porque, bem, era sempre assim. E também porque Seulgi não tinha a mínima vontade de arranjar um namorado. Não que as amigas precisassem saber daquilo, mas...

- Não, elas estão certas. Eu também não tenho fé de que isso vai acontecer algum dia. – Foi rindo, inclusive que Seulgi se dirigiu à Seungwan. A Son que não foi a única a franzir os olhos para ela.

- O que? – A fala quase que indignada fora de Joohyun, mas Sooyoung tinha a mesma expressão abismada no rosto.

- É que, sinceramente? Eu não estou procurando. Então, se acontecer, vai ser puro acaso. – Seulgi deu de ombros. Não estava mentindo. Não procurava por garotos, de verdade. – Eu não preciso ter um namorado para ser feliz, ou sei lá o que vocês achem que eu precise.

- Não é questão de um namorado te fazer feliz, unnie. É sobre, não sei, sair de casa um pouquinho! Aproveitar a vida! – Sooyoung, enfim, se expressou. Apesar de mais nova, aconselhava com a propriedade de quem tinha muita experiência no assunto. – Fica o dia inteiro dentro de casa, sempre inventa uma desculpa para não sair com a gente nos fins de semana... A gente devia ficar preocupada?

- Que? Claro que não, eu só estou ocupada! – Seulgi riu, esperando que sua descontração fosse suficiente para tranquilizar o clima da mesa. Não adiantou. Ainda tinha três pares de olhos desconfiados sobre ela.

- Essa desculpa não faz sentido, unnie. A Seungwan é da sua sala, por que você tem mais coisas a fazer do que ela? – E, de fato, Sooyoung não mentia. Tanto Seulgi quanto Seungwan eram da turma do penúltimo ano de Língua e Literatura Coreana, da Universidade Nacional de Seul. Sooyoung, à propósito, cursava o segundo ano de Educação, no mesmo lugar.

- Eu acho que sou mais burra, então. – Seulgi tentou, de novo, fazer com que sua desculpa colasse com risadas. Não funcionou como esperava, pois foi a única a "se divertir" com a péssima brincadeira.

- Você vem com a gente. Nesse sábado. – Ah, sim. Bae Joohyun. Bae Joohyun era do último ano de Comunicação. Um tanto quanto irônico, já que não parecia ouvir quando Seulgi reclamava, não apenas para ela, mas para Sooyoung também, que não queria ser colocada em encontros às cegas sem seu consentimento nunca mais. Nunca mais que já acontecera no mínimo duas vezes, desde o começo daquele ano. Zero comunicação ou educação, por parte das duas.