Diagnosticado com um grau leve de autismo, Jeon Jungkook odiava ser tocado.
Exceto por um certo garoto colorido.
• Jikook | 90's | FLEX •
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- Finalmente veio jantar conosco, achei que nos abandonaria de vez. - comentou minha mãe, ao cortar o bife.
- Não seja dramática, ele deve estar ocupado agora que é CEO. - papai lançou um olhar estranho para mim, que apenas continuei a comer em silêncio.
O meu objetivo essa noite era especial. Eu contaria a eles, finalmente, que tenho um namorado. Um homem. Que eu gostava de rapazes.
E só.
Nada de mulheres.
Elas têm canelas esquisitas.
Na verdade, os homens também. Menos o Jimin.
A canela dele é a única que gosto no mundo. Se tivesse uma competição de canelas, a de Park Jimin venceria.
Sorri sozinho ao pensar. Atraindo o olhar de meus progenitores.
- A propósito, quando irá se casar, meu filho? Aposto que está rodeado de moças bonitas e de boa família. - perguntou a senhora Jeon.
- E-eu... Não gosto da canela delas. - levei o copo até a boca, bebendo uma grande quantidade de água.
Estava nervoso e nem sequer entendia o motivo.
Era só falar.
Eu gosto de homens.
Não.
Eu gosto de um homem.
Não.
Eu gosto de Park Jimin.
Não!
Eu gosto muito da canela de Park Jimin.
NÃO.
Caramba, eu gosto de tudo nele.
NÃO!
Eu amo Park Jimin!
- Não! - gritei, levantando da mesa. - E-eu... Com licença.
Retirei-me o mais rápido que pude da residência dos Jeons, correndo até o meu carro, ignorando os chamados atrás de mim.
Dirigi até o outro lado da cidade, as mãos soando, chegando no subúrbio, estacionei na frente da casa que eu bem conhecia, cruzei o gramado que já haviam minhas pegadas quase esquecidas, bati na porta que me separava do homem que eu... amo.
E quando está foi aberta, revelando um Jimin com rostinho cansado e cabelos para o ar, meus olhos decidiram transbordar.
- Jun? O que houve? Por que está chorando? - ele me puxou pelo pulso para perto.
O abracei apertado, encostando o queixo em seu ombro.
- Eu gosto tanto da sua canela, Jimin-ssi. Isso está me deixando louco. - funguei, apertando ainda mais o abraço.
