Capítulo Sete - Parte 2 🗡

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Elric Redthorn

Cavalgamos por dias, é o preço que temos que pagar para que Jehan tenha 100% dos seus poderes cheios para o uso do plano. É arriscado, já sabemos disso, mas é a única ideia que tivemos que tem a maior chance de êxito.

E vamos esperar o ápice da lua cheia no céu essa noite para atacar.

- Está pensativo demais, Elric. - a voz de Mack me traz de volta a realidade e olho para o lado, atrás de nós Haw está montando uma fogueira enquanto Jehan e Lyuben estão rindo de alguma coisa. Blazh está percorrendo o perímetro para garantir que estamos sozinhos.

Haw tem um leve poder de cobertura, estamos tão próximo de Porto Larkin e por conta disso, para nos proteger de patrulheiros do reino que rondam a floresta, ele jogou um domo de proteção contra nós, pequeno, mas que vai durar até o momento em que estivermos prontos para agir. Para atacar e acabar com esse drama de uma vez por todas.

- Vai dar certo. - continua Mack.

- Tem que dar certo. - interrompo-o. - É a nossa única chance, Mack... uma única tentativa para tudo dar certo.

- Eu sei. - ele murmura e enfia as mãos nos bolsos da calça. - Queria, hum, te parabenizar também pela... criança.

Dou uma olhada para Jehan que está gesticulando algo com as mãos e fazendo minha irmã rir. Criança... Jehan Larkin carrega o nosso filho na sua barriga.

- Obrigado. - volto a olhar para o general do reino de Ayllan e meu melhor amigo. – Mas, se hoje der errado também, eu...

- Não pense nisso, Elric.

Mas o pensamento continua na minha cabeça. Se hoje der errado, se tudo que planejamos for por água abaixo e acabarmos mortos, eu nunca verei o meu bebê, nunca o verei crescendo, dizendo as primeiras palavras e se tornando tão grandioso quanto deve estar destinado a ser. Nunca o verei.

Engulo em seco.

- Pensamentos positivos atraem coisas positivas. - digo.

- É o que sua mãe dizia.

Era o que minha mãe dizia...

- Está limpo. - olho para o lado e vejo Blazh se aproximando, colocando a espada curva de volta no cinto e se sentando no tronco ao lado de Jehan. - Os patrulheiros mais próximos são os vigilantes na muralha. São poucos na primeira vista.

- Com certeza eles têm mais além das muralhas. - responde Haw. - O Conselho inteiro está na cidade, não deixariam sem segurança.

- Não é porque não conseguimos ver que significa que eles não estão ali... - Jehan se levanta. - Certo, só para não ocorrerem erros, vamos ao plano uma última vez?

Quase uma hora depois, Jehan se aproxima de mim. Seus braços passam pela minha cintura e sinto sua cabeça contra o meu peito. O ouço suspirar.

- O que foi? – pergunto, alisando seu cabelo.

- Eu só quero passar um tempinho agarrado com você. - ele responde. - Dizer que eu te amo. E, caso aconteça algo comigo, que... procure ser o mais feliz...

- Shhh, ei, ei... isso está soando como uma despedida, não quero ter esse papo com você, Jehan.

Ele ergue a cabeça na minha direção, vejo um sorriso triste na sua face.

- Desculpa. - murmura.

- Eu também te amo.

Abaixo minha cabeça e o beijo.

Coroa de Sangue  (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora