Cap. 08 - As Tentativas!

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BRIAN

É difícil resistir, mas ela não estava em condições para nada além daquele beijo suave. Todos aqueles drinks doces a deixaram embriagada, que tipo de homem eu seria se me aproveita-se da situação. Eu quero Anna Mae, mas a quero totalmente de acordo e consciente de tudo que fizermos. Não acredito naquele papo que existe mulheres para casar e outras para se divertir. Para mim existem dois adultos, em acordo, querendo algo sem compromisso ou duas pessoas em busca de uma relação duradoura. Tudo dever ser muito honesto, os sentimentos alheios não são um brinquedo. Eu não sei o que Anna pretende, existe uma leve tristeza em seus olhos, algo que remete a um coração ferido. Independente disso, sei que ela mexe comigo como nenhuma outra.

- Xerife, encontraram um corpo a alguns dentro da floresta. – Informou o patrulheiro.

- O que mais? – Detesto informações cortadas.

- Estão dizendo que é da garota indígena. – Disse receoso.

- O local está seguro? – Ele negou. – Meu Deus, vá fazer isso. Reúna a equipe de patrulha e feche a área. Não quero que a cena seja contaminada.

- Sim, senhor. – Ele ficou me olhando.

- O quê? – Meu tom duro.

- Algumas pessoas da reserva estão a caminho, como vou controlá-los?

Apenas me levantei, não tenho o mínimo de paciência para lidar com moleza dele no momento. Apanhando minha arma, o chapéu e o rádio saí. Vou cuidar pessoalmente do assunto. Antes de entrar no carro mandei mensagem para Anna, a alertando sobre a possibilidade de ser Ayana.

Dirigi por cerca de vinte minutos e depois uma caminhada de quinze até local. Não choveu ontem, mas hoje o céu está carregado. Temos que agir rápido, para que cena não sofra alterações.

- Nós temos o direito, é a minha filha! – Bradou o pai de Ayana.

Os guardas florestais conseguiram resguardar a área, até a nossa chegada.

- Senhor, por favor, não temos certeza de que é a sua filha. – Me aproximei.

- Vocês não se importam. – Ele disse entre lágrimas. – Pode ser ela, sozinha naquela sujeira.

- Eu me importo, assim como todas essas pessoas aqui. – Ele me olhou. – Existe um corpo lá, pode não ser de Ayana, mas pertence a filha de alguém. Agora afaste-se e deixe-nos fazer o nosso trabalho.

O homem abriu caminho, pedi a um policial para conduzir ele os dois acompanhantes para longe da área. Compreendo que está desesperado, mas não posso perder o controle de uma cena de crime. Aquela vítima deve ser tratada com dignidade, recebendo todo empenho da equipe para encontrar o responsável tamanha atrocidade.

ANNA

Estou apreensiva, aguardando notícias do xerife. Será que o corpo é de Ayana, por Deus. Hoje passei a tarde toda no tribunal. Sem tempo para buscar informações. Está caindo um forte temporal, quase escorreguei tentando chegar ao meu carro. Tenho que passar no café, Holly está enfrentando problemas com os fornecedores da fazenda. Eles não querem mais atrasar os pagamentos. Estão com a razão, afinal é de onde tiram o sustento.

- A fazenda deve 10 mil ao total, para os fornecedores. Temos que pagar ou eles entraram na justiça.

Estamos conversando no escritório dela, aos fundos do café. Minha roupa está molhada e o cabelo pingando.

- O caixa da fazenda não possui todo esse valor. Talvez se tivermos uma conversa...

- Não tem conversa! Eu não vou me humilhar por isso. – Ela foi extremamente ríspida. – Chega, não é minha responsabilidade.

Anna MaeOnde histórias criam vida. Descubra agora