Cap. 15 - Sem Perdão

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BRIAN

Estou preocupado, talvez não devesse tê-la deixado sozinha com aquele energúmeno. Ele a olha com lascívia e está fora de si.

Antes de ir para casa, passei no hotel perto da saída da cidade. Deixei o distintivo e a arma de serviço no carro, levando apenas a pistola de uso pessoal.

Bati à porta com força.

- O que quer? – O sujeito abriu irritado.

- Você fora da cidade. – Fui direto.

- Xerife? – A irritação transformada em surpresa. – Estou trabalhando, você não pode me expulsar. Não cometi nenhum crime.

- Tem razão, eu não posso. Mas o seu chefe pode. – Ele me olhou confuso. – Ligue para ele, espere! Você não tem o número, o proprietário da empresa é um homem discreto.

Apanhando o meu celular disquei, colocando no viva voz.

- Alô. – O homem atendeu.

- Boa noite, aqui são Jones e Roger. – Falei com segurança.

- Sim, senhor Jones, como posso ajudar? – Seu tom bajulador.

- Por favor, diga ao seu funcionário que o período dele em Creek acabou. – Mantive a atenção em Roger.

- Claro, Roger, volte para Chicago. – Ordenou.

- O senador não encerrou o serviço. – Entregou o Parker sem perceber.

- Não me importa o que o senador diz ou quer. – O homem irritado. – Eu sou o seu chefe, volte!

- Sim, senhor. – Ele revirou os olhos.

- Sr. Jones, existe algo mais em que eu possa ajudar?

- Não, obrigado, boa noite! – Desliguei, voltando para Roger. – Espero que faça uma boa viagem.

Ele coçou o queixo.

- Não quero nem saber como colocou o chefe de joelhos. – Ele me olhou intrigado. – Essa mulher deve ser muito especial, dois figurões a disputando.

- Isso não é uma disputa. – Meu tom duro.

Esperei que ele deixasse o hotel, o seguindo até a saída da cidade. Agora, vou precisar garantir que Anna esteja realmente sob vigilância, Philip Parker é um homem sem escrúpulos.

ANNA

Marquei para conversar com Philip hoje após o trabalho, na minha casa. Foi difícil me concentrar nas tarefas, estou com a mente fervilhando. Brian tem ficado ao meu lado, o apoio dele é muito importante. LaToya conseguiu entrar com a ação, será julgada na próxima semana. Ela voltou para o escritório em que trabalha, eles estão passando por reformulação entre os sócios.

A campainha tocou, colocando o celular sobre a mesinha da sala, fui para à porta. Respirei profundamente, contanto até dez antes de abrir. Ele chegou no horário marcado, com o motorista e outro carro, deve ser a segurança.

- Sua casa é linda, como você. – Disse ao entrar.

Não dei resposta, caminhando para sala. Ele me seguiu.

- O que tem para me dizer? – Falei, parando ao lado da lareira.

- Vamos beber algo e relaxar. – Seu tom despreocupado. – Você está muito tensa.

- Philip, diga o que deseja ou vá embora. – Fui dura.

Ele se sentou, continuei em pé. Mantendo uma distância segura entre nós, não gosto da forma como ele me olha.

Anna MaeOnde histórias criam vida. Descubra agora