Cap. 13 - Bodas

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ANNA

Um mês se passou, LaToya conseguiu adiar a entrada da fazenda no leilão, por três meses. O prazo é curto, mas é o melhor que pudemos conseguir. A batalha agora será tentar renegociar a dívida. Philip tentou me ligar outas vezes, sei que é ele por causa dos números com código de área de Washington, foi bloqueado em todas as tentativas. O meu namoro com Brian vai muito bem, obrigada. Temos passado todo o tempo que podemos juntos, nem sempre é possível por conta do trabalho, mas isso só aumenta a saudade. Felizmente a nossa relação está sendo bem aceita. As pessoas a nossa volta não ficaram surpresas, acho que apenas nós pensamos que era segredo. Holly continua evitando a minha presença, eu também não tenho feito esforço para mudar isso. Brian e eu não estamos cometendo nenhuma traição. A nossa relação nada tem com a aventura extraconjugal dela.

- Srta. Harris, conseguimos algo no hotel. – Disse o detive Peter.

Fui a delegacia encontrar com ele e os outros envolvidos no caso.

- É sólido? – Chega de pista frias.

- Muito, durante a vigilância que o xerife colocou, nós flagramos uma movimentação anormal. O fato levou os policiais a se aproximarem, resultando em um flagrante de tráfico humano.

- Merda! – Deixei o pensamento escapar. – Desculpa, pode continuar.

- Então, eles foram detidos e interrogados, mas não disserem muito e pediram por um advogado. As duas mulheres que que resgatamos estão no hospital, elas apresentavam sinais de desnutrição e agressão.

- Elas disseram algo?

- Não, estão com muito medo, o xerife colocou guardas na porta do quarto. – Ele apanhou as fotos delas. – Jovens.

- Como a moça do Texas. – Elas não têm mais que 20 anos. Duas garotas bonitas, uma ruiva e outra loira. – Quero falar com elas.

- A policial tentou sem sucesso, mas talvez senhorita consiga algo. – Ele argumentou.

Sai da delegacia direto para o hospital, o doutor Paul está de plantão. Ele irá ajudar. Avistei Liza, a esposa de Rock na sala de espera. Polidamente me aproximei.

- Boa tarde, Liza. – Disse a voz suave.

- Promotora, boa tarde! – Percebo que ela ficou surpresa.

- Pode me chamar de Anna. – Não temos nenhuma ligação profissional e isso não é o tribunal. – Está tudo bem?

Sentei na poltrona ao lado.

- Sim, é só uma consulta de rotina. – O olhar dela diz o contrário. – Soube que está namorando Brian, parabéns.

- Obrigada!

- Eu suspeitei quando os vi no meu pomar.

- As coisas começaram a tomar forma naquele dia. – Confessei. – Sua paisagem é inspiradora para romances.

Ela fitou-me.

- Não temos muito, mas o amor é de sobra para todos em minha casa. – Afirmou.

- É só o que importa ao final do dia, se todos estão bem e sendo muito amados. Os seus filhos são sinal disso, crianças felizes e amorosas. – Ela abriu um sorriso. – Uma família forte e linda.

- Obrigada, Anna.

Não sei o que se passa com Liza, mas acho que estava precisando ouvir o que eu disse.

Doutor Paul apareceu.

Subimos para a enfermaria, onde as jovens estão. Me identifiquei para o policial na porta, que após conferir a minha identificação da promotoria liberou a entrada.

Anna MaeOnde histórias criam vida. Descubra agora