C͜͡a͜͡p͜͡í͜͡t͜͡u͜͡l͜͡o͜͡ - V͜͡I͜͡I͜͡I͜͡

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— Você demorou! — Rafaella exclamou ao abrir a porta para Bianca.

— Minha irmã não mora perto. — Encolheu os ombros dando um meio sorriso.

— Entra. — Rafaella deu espaço para que ela entrasse, assim que o fez, fechou a porta. — O que aconteceu? — A pergunta fez Bianca suspirar.

— Qual você quer ouvir primeiro, a coisa boa ou a ruim?

— A ruim. — Rafaella caminhou até a adega, sendo acompanhada por Bianca.

— Não sei ao certo como as coisas vão prosseguir daqui para frente, mas Bruno e minha mãe estão contra mim e a minha decisão da separação. — Rafaella lhe ofereceu uma taça com vinho que foi aceita imediatamente. — Minha irmã ouviu sobre um documento falso de divórcio onde eu assinaria e continuaria casada sem saber.

— Isso é doentio — comentou ao levar a taça para longe da boca.

— Só que eu já dei entrada no pedido de divórcio, só falta seguir o processo.

— E isso já não é certo que agora vocês vão se divorciar? — perguntou enquanto assistia Bianca tomar o vinho da sua taça deixando o formato do seu lábio inferior estampado de batom vermelho.

— Os dois vão dificultar isso até onde conseguirem.

— Algo que era para ser tão simples...

— Nada é simples quando envolve minha mãe. — Abaixou seu olhar para o chão.

— Se você explicar isso para o advogado talvez tenha como agilizar o processo, você não acha?

— Não sem provas.

— Mas tem uma testemunha... E não querendo te lembrar disso, mas posso ser testemunha também de quando te vi com hematomas nos braços causados por ele, já é uma ajuda também.

— Se tudo isso for realmente necessário, eu agradeço.

— Não precisa, como sempre. — Rafaella sorriu e segurou a mão de Bianca a guiando até o sofá para que se sentassem.

— Como estão as coisas na empresa? — Bianca mudou de assunto.

— Está tudo em ordem, foi acalentador voltar para lá. — Sorriu.

— Quero conhecer. — Sorriu também.

— E vai, mas em breve... — limitou-se a dizer.

— Vou aguardar um convite.

— Juro que não vai demorar. — Rafaella sorriu.

Bianca olhou ao redor, reparando nos detalhes do cômodo em que estavam. O apartamento todo da loira tinha a mobília preta e branca, com alguns detalhes coloridos, tudo devidamente em seu lugar, algo que parecia ter sido feito sob olhos e mãos de uma especialista em decoração.

— Seu apartamento é lindo — disse ao voltar a olhá-la.

— Obrigada. — Sorriu.

— Tudo tão... escape — disse fazendo Rafaella rir.

A campainha tocou, fazendo as duas se virarem para a porta. Passava das onze da noite, se não fosse algum vizinho ou Gizelly, seria estranho qualquer pessoa chegando a essa hora sem ser convidado. Rafaella se levantou do sofá para abrir a porta e assim que o fez, preferia não ter se dado ao trabalho de levantar.

As Folhas do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora