C͜͡a͜͡p͜͡í͜͡t͜͡u͜͡l͜͡o͜͡ - I͜͡I͜͡

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E vamos com mais um!?

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— Olha só quem deu um jeito de vir ajudar a amiga. — Manu abriu a porta do quarto da forma mais animada que conseguia, carregando nos braços outra roupa hospitalar, junto com um lençol e fronhas limpas, tirando Rafaella dos seus devaneios.

Manu é enfermeira no hospital no qual Rafaella está internada, porém, sua área é a maternidade. Rafaella sequer lembrou que a amiga de infância trabalhava ali.

As duas se conheceram no colégio, logo no primeiro ano, construíram a partir daí uma amizade que imaginavam ser inabalável, porém, com o tempo foi ficando mais fria, e agora na fase adulta se falavam poucas vezes por semana.

Rafaella sorriu abertamente ao ver a amiga em seu uniforme branco. A mais baixa se aproximou da loira e então de forma delicada lhe deu um abraço.

— Você precisa fugir mais da sua ala para me tirar do tédio que é isso aqui. — Rafaella disse fazendo Manu rir.

— Vim todos os dias, mas a senhorita estava num sono profundo.

— E por isso minhas costas agora estão doendo. Não é tão legal quanto parece ficar deitada o tempo todo — reclamou.

— Vou te ajudar tomar banho e se vestir, você é só um pouquinho maior mas vai precisar colaborar comigo.

— Como quiser. — Sorriram uma pra outra.

Com a ajuda da amiga, Rafaella desceu da cama e sentou na cadeira de rodas, de modo que suas costas ficasse ereta para não prejudicar o abdômen.

Manu a levou até o banheiro, e a deixou esperando enquanto pegava seus pertences pessoais trazidos por Genilda e Sebastião. Assim que voltou, ajudou Rafaella a se despir e a ficar de pé debaixo do chuveiro. O banho teria que ser rápido por conta da perna de Rafaella que não podia ficar abaixada.

— Como ocorreu o acidente? — Manu perguntou ligando o chuveiro e a água quente percorreu o corpo da loira lhe dando uma sensação satisfatória.

— Estava distraída, nervosa, no celular. — Apoiada na barra, Rafaella se manteve firme enquanto Manu passava o sabonete por seu corpo. Tinha intimidade suficiente com a amiga para não sentir vergonha.

— Problemas com a grife? Faça o resto. — Manu entregou o sabonete para que Rafaella lavasse suas partes íntimas e virou de costas dando privacidade para que a amiga o fizesse.

— Não, com o ex namorado intolerante. — Rafaella revirou o olho ao pensar no mesmo. — Pronto. — Disse quando acabou o que Manu havia pedido.

— Você terminou aquele namorinho sem sal? — Manu pegou o shampoo, colocando na mão e o distribuindo sobre o comprimento do cabelo da amiga em seguida.

— Finalmente terminei, estava desgastante. Por um momento pensei que poderia manter da forma que estava, só por pura comodidade, mas me arrependo de cada pensamento do gênero.

— Você merece coisa melhor, Rafa. Tudo bem que ele come na sua mão, mas ele é um idiota. Por favor, ache alguém do seu nível. — Dessa vez passava o condicionador no cabelo loiro, desembaraçando com os dedos.

— Namorados vem e vão, normal que uma vez na vida a gente fique com alguém idiota — Rafaella disse enquanto Manu tirava o produto do seu cabelo.

As Folhas do OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora