Boa Noite abelhinhas
E aí, como estamos??
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Se houvesse um dia em que acordasse de bom humor, Rafaella considerava um milagre, levava horas para que tudo começasse a ganhar as devidas cores... até esses dias se extinguirem devido a ciência de que teria mensagens ao olhar o celular após acordar, mensagens que eram enviadas por alguém que tinha a capacidade de mudar seu dia desde os primeiros segundos.
Crescera aprendendo a valorizar cada simples detalhe do seu dia, cada pequena coisa à sua volta e agradecer por cada bom dia trocado com alguém que jamais veria novamente, cada sorriso que recebera e devolvera para qualquer pessoa que esbarrasse em algum lugar, e assim, sempre teria algo que teria feito seu dia valer a pena, no entanto, desde que Bianca havia entrado em sua vida, mais um compilado de coisas pequenas, simples e rotineiras se tornaram excepcionais quando vinham dela.
As poucas palavras que lia assim que pegava o celular eram motivos para distribuir sorrisos o dia todo, e dessa vez não fora diferente. O "Bom dia, amor" estava lá sendo a primeira razão para que mesmo se tivesse um dia ruim, no final dele, ainda assim, ele valeria a pena. Já nem se lembrava mais de como era não ver essas palavras ao acordar, Bianca sempre mandava primeiro por acordar mais cedo. Assim como a primeira coisa que a loira fazia ao acordar, era ler, a primeira coisa que a morena fazia ao acordar, era enviá-las.
Rafaella levantou-se da cama após responder a única mensagem que julgava ser importante ali, o resto sempre ficava para depois, e avisou — mais uma vez — Gizelly que precisaria dela na grife e quanto antes, melhor. Depois do seu banho, checou novamente o celular para ver se a amiga havia respondido.
"Eu não esqueço dos meus compromissos como você, abelhinha, estarei lá em uma hora."
Não precisava ter pressa para realizar sua rotina matinal, seus horários eram feitos de acordo com sua vontade, porém, dessa vez, precisaria ser rápida.
Em quarenta minutos estava a caminho da grife, por sorte, morava consideravelmente perto, o que era uma grande vantagem para quem tinha que enfrentar um trânsito que, às vezes, chegava ser caótico.
— Ainda bem que não combinamos —Gizelly disse ao parar ao lado do carro de Rafaella, essa que lhe deu um sorriso.
— Achei que atrasaria como sempre. — Pegou sua bolsa no banco do passageiro e desceu do carro, recebendo um abraço apertado da amiga, costume de quando ficavam tempo demais sem se verem.
— Hoje fui pontual, mereço até um modelo novo da minha estilista favorita. — Sorriu ao desfazer-se do abraço.
— Eu poderia até pensar no seu caso se você não fosse tão abusada. — Travou o carro seguindo para dentro do prédio. Cumprimentou sua secretária que arrumava algumas folhas sobre o balcão da recepção.
— Bom dia, Senhorita Kalimann. Ligaram pedindo para que cheque seu email o mais rápido que puder.
— O farei já, obrigada. — Lhe deu um sorriso antes de entrar no elevador, acompanhada por Gizelly.
— Eu acho que sei do que se trata.
— E está esperando o que para me falar?
— Se lembra quando eu disse que todos amaram o meu vestido preferido em Milão? — Esperou Rafaella responder e a mesma assentiu. — Abra seu email para confirmar se é o que estou pensando.
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As Folhas do Outono
ФанфикNuma noite de outono, após sofrer um acidente, Rafa Kalimann, que carrega o nome um tanto quanto conhecido no mundo da moda em São Paulo, fica sob os cuidados da médica Bianca Andrade. Os cuidados tendem a se estender para fora do hospital, de uma...