As Folhas do Outono

C͜͡a͜͡p͜͡í͜͡t͜͡u͜͡l͜͡o͜͡ - V͜͡I͜͡I͜͡

Hey, abelhinhas ó quem chegou!!

Boa tarde/noite, tudo bacon vocês?

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Uma semana havia se passado desde a noite em que Bianca conversara com Bruno sobre pedir o divórcio e a responsabilidade dele de ir atrás dos papéis havia sido deixada de lado de propósito. Com os dois vivendo sob o mesmo teto ainda, Bruno alegava não ter tempo para tal coisa mas que faria em breve, quando tudo o que tinha em mente era ter esse tempo para que talvez Bianca pudesse voltar atrás da sua decisão.

Durante esses sete dias não havia passado um sequer em que ela e Rafaella não conversaram por mensagens. O tempo que lhe sobrava no hospital entre um atendimento e outro e o período da noite era preenchido com conversas entre as duas. Os assuntos, felizmente, deixaram de ser somente o casamento arruinado da morena e passaram a ser sobre diversas coisas aleatórias. Tinham uma amizade basicamente formada, onde descobriram inúmeros gostos em comum e semelhanças nas personalidades. Rafaella sempre dava alguns dos poucos motivos que ela tinha para sorrir no dia.

Kalimann estava sentada na sala de espera do hospital aguardando para a retirada dos pontos e do gesso, acompanhada por Sebastião. Já estavam lá há minutos esperando, a loira com a cabeça encostada no ombro do pai que por sua vez tinha o braço esquerdo passado por seus ombros. Bianca abriu a porta devagar fazendo Rafaella levantar automaticamente a cabeça do ombro do pai. Ambas sorriram quando seus olhos se encontraram e a morena indicou com a cabeça para o corredor.

— Bom dia, escape! — O apelido permaneceu entre as duas. Bianca o pronunciou baixo por estar em seu local de trabalho.

— Bom dia! — Rafaella disse após Bianca fechar a porta atrás dela. — Aliás, bom não, ótimo. Não via a hora de tirar essas coisas. — Fez Bianca rir.

— Seu desespero é nítido.

— Impossível conter.

Ao entrar na sala de Bianca, ela instruiu Rafaella para que se sentasse na maca.

— De qual tormento quer se livrar primeiro?

— Tira isso da minha perna, por favor. — Suplicou.

— Como quiser.

Bianca tirou o que estava incomodando a loira há dias.

— Não acredito que ainda existe uma perna. — Rafaella sorriu satisfeita.

— Venha. — Bianca lhe estendeu a mão e ela segurou para descer, firmando seus dois pés no chão. — Sente alguma dor? — perguntou e Rafaella negou com a cabeça. — Ótimo, agora ande até a porta e veja se ainda não dói. — Rafaella soltou sua mão da de Bianca e andou normalmente até a porta, se virando de novo para a morena.

— Dor nenhuma. A minha única dor é ter tido uma perna de uma das minhas calças cortadas para poder usá-la.

— Creio que isso não seja um problema tão grande para você. — Semicerrou os olhos, sorrindo. — Vamos tirar os pontos agora, senhorita Kalimann.

— Voltamos às formalidades?

— De jeito nenhum, escape.

Rafaella voltou para a maca, dessa vez se deitando, e puxou a blusa que estava por dentro da saia, a levantando. Sentiu seus pelos arrepiarem quando Bianca tocou a pele do seu abdômen. Seu corpo reagia assim estranhamente.