Operação Cupido (Mirandy - Intersexual)

5 - De repente, Londres

Caroline estava a 10.000 pés acima de Londres, na British Air, momentos antes do pouso. Ela não parava de apertar seu medalhão e seu estômago ondulava cada vez mais que ela se aproximava do grande momento.

— Okay, é isso. Oh, Deus, espero que ela goste de mim. Por favor, goste de mim. — Sussurrou para si mesma.

Um fluxo constante de passageiros enchia o terminal. Caroline entrou com cautela, olhando para o mar de rostos, esperando atrás de uma corda de veludo, quando ela ouviu:

— Cassidy! 

Ela olhou para cima e viu Martin abrindo caminho no meio da multidão, sorrindo comovido e segurando um pequeno buquê de flores.

— Martin! — Caprichou com seu sotaque britânico.

Ela correu até ele e eles trocaram um  grande abraço. 

— Você está fantástica. O que você fez no seu cabelo? 

— Cortei. Você gostou disso? 

— Eu adorei. É a nova você! — Os olhos dele vagaram para os brincos em suas orelhas. — E você tem suas orelhas furadas! 

Ele estendeu a mão para iniciar o "aperto de mão". Caroline olhou para ele estranhamente por um momento, o cenho franzido, os olhos azuis confusos, mas então se lembrou do "aperto de mão" que Cassidy lhe ensinou e o executou com perfeição. 

Durante sua viagem para casa, Cassidy não tirou os olhos da janela da limusine, absorvendo a paisagem. Encantada com a grande Londres, ela não queria perder nenhum segundo. Ela viu as  Casas do Parlamento, Westminster Abbey e o Big Ben. 

— Isso é tão incrível! Que cidade! 

— Oito semanas no acampamento e de repente você age como uma turista americana. 

—É para isso que serve o acampamento, bobo. Faz você apreciar sua casa. Eu simplesmente amo como todo mundo dirige do lado errado aqui. — Ela cresceu os olhos, percebendo o que disse, e logo tratou de consertar. — Quer dizer, aqui eles realmente dirigem do lado certo, mas depois de estar na América onde dirigem do lado errado, que depois de um tempo começa a parecer o lado certo, faz parecer que é o lado errado... Oh meu Deus! Martin! Aquele é Palácio de Buckingham!!! Podemos parar?!? Estou morrendo de vontade de ver um dos guardas de perto. 

— Você viu os guardas de perto um milhão de vezes. — Olhou-a com estranheza.

— Mas nunca com cabelo curto e orelhas furadas. 

— Serviram alguma coisa divertida para beber naquele avião? 

— Por favor, Martin. Só por um segundo. 

— Só por um segundo? Agora você está até falando como uma americana. Gareth, — Se dirigiu ao motorista. — encoste, está bem, meu velho? 

 O veículo parou em frente ao Buckingham Palace e Caroline saiu correndo até um dos guardas reais. Como de costume, o Guarda não olhou para ela, não se moveu, nem mesmo piscou. 

— Olá. Como vai você? — Acenou na frente do rosto dele, ficando na ponta dos pés. — Meu nome é Caroline. — Sussurrou. — Eu sou da Califórnia. Não temos nada remotamente parecido com você na Califórnia. Oh, isso é muito legal. Minha mãe tem um quebra-nozes com o formato de você. Mesma roupa ... tudo. a Rainha está em casa? O que ela está fazendo? Eu sei que você não pode responder. Você pode piscar se ela estiver em casa? 

De repente, o Guarda bateu os calcanhares, levantou o rifle por cima do ombro e deu um salto para prestar atenção. Caroline deu um pulo de susto, então uma dúzia de outros guardas se juntaram a ele, fazendo o mesmo. Imediatamente, o outro lado do portão é flanqueado por um conjunto de guardas, se movendo com sincronia, todos trocando seus rifles de um ombro para o outro e voltando a atenção.