Em Londres, Caroline vagava pela casa, explorando cada cômodo. Quando ela passou na frente do escritório de Miranda, foi tomada por um impulso incontrolável de bisbilhotar. Ela empurrou a porta lentamente, o medo de ser pega acelerando seu coração.
O cômodo era claro e elegante, como toda a casa. Haviam livros em uma estante, uma mesa branca na frente da janela, com longas cortinas champanhe, um sofá com uma mesa de centro logo à frente e mobília decorativa.
Ela deitou no confortável sofá e olhou para o teto branco, incorporando o ambiente. Então ela se dirigiu até a cadeira e sentou, cruzando as mãos na mesa.
— Isso é tudo! — Imitou a mãe.
Seu olhar vagou para as gavetas da mesa. A primeira tinha apenas material de papelaria, uma agenda, canetas, cartões, entre outras coisas. Ela bocejou entediada e abriu a segunda gaveta, nela havia apenas algumas pastas da La Priestly, que ela ignorou imediatamente.
— Está trancada. — Murmurou, ao tentar abrir a terceira gaveta. — Ainda bem que isso não me impede. — ela retirou os grampos que prendiam sua franja e colocou em prática suas habilidades de abrir fechaduras, aprendidas na escola. — Touché!
A gaveta estava cheia de pastas e documentos, nada de interessante para a pequena, exceto pela pasta lá no fundo com seu nome impresso na etiqueta, Caroline Sachs. Isso certamente chamou sua atenção.
Assim que abriu, seu coração acelerou, parecia que ia pular de seu peito. Havia uma fotografia dela, não muito antiga, no pátio de Dalton com alguns amigos. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver várias outras, com sua mãe, quando era apenas um bebê, no parque com Cara, andando a cavalo e vários outros momentos, tinha até mesmo as notas de seu boletim escolar.
— Ela não me esqueceu. — Sussurrou com a voz embargada. — Por que você nunca falou comigo, mamãe? Eu ia querer isso.
— Alguém atende esse celular?
Caroline deu um salto, ao ouvir a voz de Miranda perto demais do escritório. Ela jogou tudo na gaveta, de qualquer jeito e saiu esgueirando-se pelo corredor.
No andar de cima, Martin passou carregando uma bandeja com café. Ele pegou o celular de Cassidy, esquecido no sofá, e atendeu, equilibrando a bandeja com a outra mão.
— Celular de Priestly... — Ele ouviu a voz da própria Cassidy do outro lado. — Cassidy?
Nesse exato momento, Caroline o alcançou, ofegando pela maratona que correu.
— Sim, Martin?
— Nossa, parecia que você estava no celular, ligando para você mesma. Quem gostaria? Um momento por favor. — Ele entregou o celular para Caroline, que sorria nervosa.— Uma tal de Mildred Plotka para você... Parece sua irmã gêmea.
— Minha gêmea? Muito engraçado. Olá? Oh, Mildred, como você está?
— Ei! Como está indo aí? — Cassidy sussurrou.
— Oh, tudo é adorável aqui. Esperamos um pouco de chuva hoje, mas Mildred, você poderia... aguarde um momento. — Caroline olhou em volta e viu que não tinha ninguém, então ela entrou em um armário cheio de casacos e fechou a porta. — Okay, agora posso falar. Oh meu Deus, mamãe é incrível. Eu não posso acreditar que vivi minha vida inteira sem conhecê-la. Ela é linda e divertida e inteligente e eu amo os vestidos que ela projeta. Você leu as mensagens que eu te mandei? Tudo aquilo que ela me contou? Isso é incrível, significa que somos filhas das duas. Foi maravilhoso ouvir ela falando sobre como ela e mamãe descobriram que se amavam e o que aconteceu entre elas e se você me perguntar...
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Operação Cupido (Mirandy - Intersexual)
FanfictionCaroline e Cassidy se conhecem em um acampamento de verão e se surpreendem com sua semelhança assustadora. Após constatarem que são irmãs, elas resolvem trocar de lugar para descobrir porquê foram separadas em seu nascimento. Cassidy, que até então...