Sally
Depois de um almoço rápido com Maya e as meninas em um bar restaurante perto da universidade, corri sozinha para a mansão. (Essa semana está passando muito rápido!) Eu nem percebi a minha tarde livre de ontem passar. Já está sendo minha vez de novo de encarar mais uma tarde com as brincadeiras estranhas da pequena Bartholy. Apesar de eu não gostar nada do jeito dela sempre reclamar de tudo que faço e não estar de acordo nem um pouco em seguir suas muitas vontades, sei que ela está certa em uma coisa, eu ainda não consegui cumprir com meu horário em todas as vezes. (Todo dia me atraso, como ela ama constantemente me lembrar). Então dessa vez, eu pretendo compensa-lá chegando um pouco mais cedo. Espero que Nicolae ainda não tenha chegado com ela da escolinha; Felizmente, caso tiverem, ela terá voltado um bocado mais tranquila de lá como acostumado, graças a Maya.
Ao encontrar o casarão vazio, subi para o quarto. Abri o guarda-roupas a procura de algo mais confortável pra vestir. Hoje o dia estava mais fresco, então optei por um vestido roxo o qual esbarrei o olhar em um dos cantos das paredes do armário.
Retirando ele do cabide, um pequeno vão se abriu entre as outras roupas. Em um canto do guarda-roupa, junto com alguns sapatos não muito usados, havia uma pequena caixa. Lembro-me de tê-la colocado ali durante a minha mudança. Não dei muita importância a ela, mas agora olhando...(Quando arrumei as coisas pra vir pra cá, procurei trazer apenas as importantes pra mim ou que fossem necessárias que estavam pela casa dos meus pais, mas não lembro o que coloquei nessa).
Agachei no chão, deixando o vestido de lado, e me estiquei para pegar a caixa. (Ela ainda está embrulhada da viagem).
Tirei sua fita adesiva e a abri. Embaixo da espuma de isopores, tinham mais alguns pequenos quadros emoldurados com lindas fotos minhas quando criança junto aos meus pais e...(Há algo mais no fundo!) Afastei o resto de espuma com as mãos e encontrei um porta joias oval. Ele guardava apenas um colar de prata, o pingente: um coração de pedra volumoso e vermelho. (Devo ter esquecido de tê-la colocado aqui no meio á bagunça e pensamentos tristes...).
Imagens de minha mãe usando-o em algumas ocasiões vêm a minha cabeça, mais em quando viajávamos, e de me deixar usá-lo algumas vezes também. (Recordo de que parecia bem importante pra ela, como se tivesse um valor sentimental por ele, devia ter ganhado de herança mas nunca mencionado).
Automaticamente segurei a corrente, e depois de examina-lá mais um pouco, a experimentei. (Acho que devia usá-la, me traz memórias tão boas).
Olhei para um dos quadros ainda espalhados pelo chão, percebi que ela o estava usando no instante de uma das fotos. Eu estava sorrindo mesmo com a boca suja, distraída com meu sorvete, enquanto meu pai beijava minha mãe no rosto. (Éramos bem felizes). Mesmo que eu tivesse mais contato com a minha mãe do que com meu pai, nós tínhamos uma relação boa. Toquei o colar. Na verdade, meu pai nunca foi de falar muito comigo e passava a maior parte do tempo em suas coisas, mas quando estava conosco, ele fazia bem a mim e principalmente a minha mãe, e para meu ver, isso já bastava.
Balancei a cabeça, voltando a minha situação atual. Pude ouvir passos subindo as escadas. (A Lorie!).
Me levantei abruptamente, apressada para trocar de roupa. Tirei meus calçados e vesti uma sapatilha.
Olhei uma última vez para a caixa no chão; isopor por todos os lados. (Depois eu arrumo isso!)
Fechei a porta do quarto atrás de mim, e andei a passos largos pelo corredor. Foi quando a porta de um dos quartos se abriu bem na minha frente, e eu bati em alguém, que com facilidade me apanhou.
(Drogo..!)
— Poxa, essa é a segunda vez nessa semana, Coitadinha! O espaço da mansão parece não ser precisamente grande o suficiente pra você. Além do seu, vai querer ocupar o meu quarto também? — esboçou seu sorrisinho idiota como já era acostumado. Cada vez que nos cruzamos, sinto que acontece propositalmente, como se ele soubesse que nesse exato momento eu passaria por aqui, como um imã!. Sei que não é possível, mas é que é insuportável vê-lo com o mesmo ar de indiferença todas as vezes.
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Enfeitiçados pelo Destino
FanfictionEssa é a versão que costura as principais novelas do universo de Mystery Spell, original de Claire Zamora e Studio 1492. Sinopse: Após a morte repentina de seus pais, Sally Wilson, uma das protagonistas dessa novela, arranja um trabalho de babá e...