Capítulo 9 - PARTE 8

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Autora narrando

Mais uma vez, Isabel, apesar de sua empolgação com as misteriosas estratégias do professor Jones, antes foi contatar seu avô. Louis Lynch a ouviu atentamente antes de fazer apontamentos, como sempre fazia.

Ele custou um pouco para se lembrar de Sebastian Jones, havia um tempo em que estava se esquecendo de algumas coisas com certa frequência. Apesar disso, ele que de herança passou a sua neta sua preocupação com o próximo antes de si mesmo, decidiu relevar o sintoma. Sua neta precisava dele, então ele estaria ali para ela. O velho Lynch limpou a garganta e perguntou com algum esforço:

— Certamente que Jones deveria ser problema meu...Sinto que ele tenha te seguido. Como você se sente com tudo isso, querida?

Houve um silêncio na linha. Isabel estava ansiosa, as mãos suavam um pouco e a cabeça mal conseguia controlar seus pensamentos inquietantes. Ela não sabia ao certo como responder a pergunta de seu avô. Afinal ela não estava achando de tudo ruim. Uma característica que a diferenciava de seu avô era em acreditar que as pessoas sempre tinham um bom motivo para fazer o que faziam e boas intenções:

— Eu acho que ele foi bem claro e justo no motivo pelo qual teve essa atitude... — fez o avô matutar sobre sua história.

— Hmm...Você acredita nisso, certo? Mas sabe que não podemos ajudar o mundo todo também, não é? — Lynch presumiu, um pouco envergonhado. Isabel deu um risinho cúmplice:

— Você sabe disso tão bem quanto eu, avô...E quem disse que nós obedecemos esses limites óbvios?

Isabel pode ouvir um farfalhar do áudio através de seu aparelho celular. Seu avô coçava a cabeça meio calva, pensante. Então, impulsionada pelo estridente sinal do corredor, ela se adiantou na conversa:

— Olha, eu prometo que vou ficar bem, está bem? Parece que a oportunidade da minha vida bateu à minha porta...E eu me sinto preparada. Como uma boa aventureira devia ser...

Normalmente, ela teria sido convincente de primeira. Entretanto, ela não sabia que seu avô havia estado cada vez mais preocupado com seu bem estar, já que o dele gradualmente se encontrava desvaído. Ele procurava ser mais sábio, mais precavido e começava a reorganizar seus pensamentos sobre o assunto sobrenatural. Afinal, Isabel era sua única família e ele tinha que cuidar dela.

— Isabel, escute...Os outros alunos e até mesmo a própria instituição em que estudam não estarão sabendo das entrelinhas que a programação desse Jones esconde...Vocês serão os únicos a realizar tarefas dobradas...A viagem ficará entre você e ele.

— Estou ciente que corro alguns riscos, mas...Nós dois teremos vantagens. Vamos dialogar durante o trajeto — Isabel argumentou. No fundo, uma coisa que os dois sabiam era que o avô gostaria mais do que ela mesma que sua garotinha realizasse seus sonhos. Ele só não achou que seria dessa forma. Apesar de já crescida, ela não estava exatamente estudada para grandes precipitações arqueólogas, principalmente de programas secretos. O avô suspirou preocupado, quase hesitante. Isabel então pediu que ele reconsiderasse — Por favor, confie em mim. O senhor me apoia, certo..?

O velho Lynch riu nervosamente e enfim respondeu, com a voz mais fraca:

— Sempre, minha querida...Saiba, eu tenho orgulho de sua dedicação — ele desistiu de resistir. Ao mesmo tempo que surgiam novas rugas de preocupação em seu rosto, ele não podia segura-la. E também não queria preocupar uma jovem tão nova.

— Fico feliz em dizer que tudo que é mais querido por mim foi ensinado por você. Eu tenho orgulho de sua pessoa avô. Eu vou me cuidar.

Ainda assim, quando todo o diálogo parecia ter chegado a um fim, o tutor Lynch fez questão de reforçar:

Enfeitiçados pelo DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora