18 - Como nunca antes.

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- Pode ficar com a cama, eu durmo no chão. - disse eu à Murilo.

- Diego, pelo amor de Deus. Nao somos mais adolescentes fingindo que vão apenas dormir no mesmo quarto. Nós já dormimos juntos.

- Acontece que agora somos apenas amigos. - disse eu esboçando um falso sorriso.

- Aproveitando que estamos aqui e finalmente sozinhos, vamos conversar. - disse ele parecendo um pouco irritado - Eu já estou ficando de saco cheio desse clima que ficou entre nós.

- Clima? Me desculpe, mas eu não notei nenhum clima entre nós dois.

- É, você deixou isso claro ontem. Pegou até outro na minha frente.

- Acontece. Pelo menos com ele, eu tenho certeza que se o ex mandar mensagem, eu não irei ligar, aliás ele não é meu namorado. E sem contar que eu estou solteiro e até onde sei, posso ficar com quem eu quiser. - respondi esboçando outro sorriso falso. - Acho que você deveria fazer o mesmo. Ta precisanso.

- Só que eu não quero ninguém, além de você. Qual é a parte em que eu te amo que você não entende?

- A parte em que você me convence a namorar com você e simplesmente acaba com a confiança que você conquistou. - Respondi olhando nos olhos dele. - Agora não sei se essa parte fica entre o "A" e o "M", ou entre o "M" e o "O".

- Vamos parar com as ironias? Só um pouco. Eu só queria sair pra um lugar diferente pra curtir com você, mas nem assim eu pude. Você ficou a madrugada quase toda agarrado naquele cara, tive que me segurar pra não quebrar a cara dele. Era pra eu estar no lugar dele, mostrar que você já tem quem te faça feliz.

- Murilo olha só, eu também te amo muito, mas todas as vezes que tentamos conversar, piorou a situação.

- Diego, eu sinto sua falta. Sinto falta de estar sempre conversando com você, de estar sempre agarrado com você, de ir pra casa de praia com você. A única coisa que eu ainda posso fazer, é dormir pensando em você.

- Chega, Murilo. - disse segurando uma lágrima.

- Não, não chega, não. Eu quero você de volta. Por favor, volta pra mim.

Ele veio até à mim e nossos rostos estavam colados, nossas respirações começando a ficar aceleradas. Sua mão esquerda tocou minha nuca, apenas acariciando. Nossos narizes ainda colados uns nos outros e eis que ele me puxa para um beijo, um beijo totalmente diferente de todos os outros. Um beijo que me fez me sentir seguro, me fez me sentir pronto.

Puxei-o para cama, ainda nos beijando, sua mão quente passando por baixo da minha blusa fazendo-me sentir mais vontade de me aprofundar naquela sensação nova. Tirei a blusa dele e ele me encarou de forma sutil e mistoriosa, algo que nunca havia visto antes nele. Ele se curvou até meu pescoço e deu leves beijos até minha orelha, onde ele mordiscou um pouco a ponta e perguntou

- Você tem certeza que você está preparado?

- Como nunca antes. - respondi puxando-o para outro beijo e tirando minha blusa. Aquilo estava me deixando louco. Ele estava em cima de mim e num gesto rápido enquanto me beijava, abriu o zíper da minha calça e a senti sendo puxada para baixo. Eu já havia tirado os sapatos e agora estava praticamente despido. Ele que estava por cima de mim, não estava mais. Fiquei por cima abrindo o seu cinto e puxando suas calças para baixo fazendo-o ficar apenas de cueca... Assim como eu. Passei minha mão por cima da cueca dele e pude sentir o quão excitado ele se encontrava.

Vai com calma, menino. Eu sou todo seu. - disse ele soltando um sorrisinho safado.

Olhei em volta e percebi que o controle que ligava as luzes, ventilador e ar do quarto, estava ao lado da cabeça dele, me curvei sobre ele beijando-o e peguei o controle, levantei, olhei e fiz o mesmo sorriso safado que ele fazia e disse:

- Cale a boca e entre no ritmo. - disse eu desligando todas as luzes.

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