Minha cabeça pensou em tudo naquele instante. Fiquei preocupado, óbvio. Porém não sabia o que fazer, apenas peguei o telefone disquei o número dele.
- NO HOSPITAL? O QUE ACONTECEU? - Perguntei quase tendo um surto
- Calma amor, eu só estava atrasado pra reunião e resolvi subir de escada rápido e tive uma crise de bronquite asmática.
- Você não tem aquelas bombinhas?
- Tenho, mas devo ter esquecido em casa, porque eu não achei no carro e nem na bolsa.
- Cara, fiquei com algum pressentimento estranho o dia todo.
- Calma amor, falta mais um pouco pra eu morrer e te deixar viúvo.
- Ai Murilo, nem brinca com uma coisa dessas. Ei hein?
- Estou com saudades de você. Vem cuidar de mim, tô sozinho aqui no hospital
- Sozinho? Em qual você está? Chego ai daqui a pouco, passa o endereço.
- Tô brincando, calma! A Rosângela está aqui. - Disse ele tossindo.
- Ué, mas cadê seus pais?
- Meus pais viajaram ontem pro exterior pra resolver algumas coisas da empresa.
- Mas coitada da Rosângela ela é apenas a empregada, não a sua babá. Ela tem família.
- Eu falei pra ela que ela poderia ir, mas ela não quis. - disse ele tossindo novamente.
- Amor, fala comigo por mensagem, você está tossindo muito, melhor você ir descansar.
- Tudo bem. Dependendo de como for as coisas durante a madrugada, eu vou ser liberado amanhã de manhã.
- Ok! Qualquer coisa me liga. - Disse eu
- Ta bom, amor da minha vida.
Tentei dormir, mas não consegui, fiquei pensando em tudo o que aconteceu. Cheguei na escola parecendo um zumbi de tanto cansaço, dormi durante toda a aula de história e perdi o início da aula de física. Acordei falando que não estava me sentindo bem e fui pra casa.
Cheguei jogando as coisas pelo meu quarto, tentei falar com o Murilo, mas não consegui, tomei banho e deitei apenas de cueca na cama, por fim dormi.
Acordei com o telefone tocando, procurei o telefone ainda, olhei o visor e tinha uma foto minha com o Murilo enquanto tocava.
- Alô? - atendi com uma voz sonolenta.
- Oi amor, tô em casa. Acabei de chegar.
- O médico passou algum remédio? A crise foi bem forte.
- Passou e ele disse que é pra eu evitar qualquer exercício que exija muito esforço de mim, - respondeu ele parecendo ótimo.
- E o trabalho?
- Vou passar lá amanhã. - respondeu ele.
- Estou com saudades.
- Eu também amor, vem aqui em casa hoje. Eu passo ai pra te buscar.
- Vou pensar e te digo. - respondi
- Poxa Diego, por favor. Eu vou ficar sozinho e estou cheio de saudades de você.
- Ai Murilo, tá bom. Eu vou ai hoje.
Eu não queria ir pra casa do Murilo, mas tinha que ir porque queria vê-lo e estava com saudades também. Pelo menos os pais dele não estavam em casa e isso me reconfortava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Em Comum.
Teen FictionSabe aqueles dias em que você acorda com humor nada legal? Em que você não tem paciência nem pra sí mesmo ou então fica incomodado até com o clima? Foi assim que eu acordei... Não estava aceitando nem "bom dia" pra não ter que dar patada em ninguém...