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Acordei na minha cama, não lembro em qual momento eu fui parar nela, apenas sei que acordei nela. Era 13:30 da tarde eu estava morto. O dia foi bem corrido, resolvi alguns problemas para o meu padrinho, comprei algumas coisas da lista de comemoração do meu aniversário que minha avó havia pedido e cheguei em casa tarde morto de cansaço. Tentei conversar com Murilo por um tempo, mas o sono venceu e dormi.
Finalmente era Terça e MEU ANIVERSÁRIO. Acordei e fui pra sala onde já estavam minha avó e Otávio conversando e os dois abriram um sorriso ao me verem.
- Feliz aniversário, bebê da vovó. Muitos anos de vida, que Deus lhe abençoe sempre, que você tenha saúde, sucesso, juízo e muito dinheiro. - disse ela abrindo a terceira gaveta do armário da cozinha. Nisso Otávio se levantou e veio me parabenizar.
- Parabéns priminho, 19 anos se passaram muito rápidos, senhor. Pera ai, vou lá em cima pegar teu presente. - disse ele.
- Toma aqui seu presente, meu filho. - disse ela entregando-me uma caixinha um pouco maior que uma caixa de anel. Pensei ser uma pulseira, mas quando abri a caixa preta vi algo que não me fez acreditar.
- Vó, você está me dando a chave do seu carro? - perguntei tremendo.
- Não querido, estou dando a chave do SEU carro. Vai na garagem. - disse ela rindo.
Corri pra garagem e quando atravesei a porta dos fundos ouvi Otávio me chamando, mas não dei ouvidos. Enquanto passava pelo corredor que levava da área de lavar roupas para cozinha, ouvi passos atrás de mim e era Otávio correndo também. Ao chegar à garagem vi o carro que caso eu pudesse, eu compraria. Era uma HB20 preta, novíssima. Não acreditei e comecei a verificar todo o carro.
- Ei! Sei que o meu presente, não é tão bom quanto o da vovó, mas espero que goste, disse ele entregando uma outra caixa do mesmo tamanho que o presente da vovó e com um embrulho azul marinho e bem sofisticado
- Outra caixa? Senhor. - disse desembrulhando o presente.
- Bem, eu não sabia o que te dar e reparei que você não usava, não sei se é porque você não tinha ou porque você não gostava. - disse ele tentando explicar. - Enquanto estava no shopping, vi e achei muito a sua cara.
Ao abrir o embrulho avistei uma caixa de uma relojoaria que tinha no shopping. Abri a caixa e vi o relógio mais lindo do mundo. Era um relógio preto cromado, com certos detalhes brancos e com a pulseira mais grossa que o normal e de couro da mesma cor que o relogio.Parecia uma munhequeira, mas com um relógio.
- Obrigado Tavinho, amei. Eu realmente achei lindo.
- UFA, que bom que gostou. - disse ele rindo.
Voltamos pra cozinha e agradeci outras 600 mil vezes à minha avó pelo carro. Estava tomando meu café, quando meu telefone tocou, era Murilo.
- Alô? - disse saindo da cozinha.
- Meu amor, meus parabéns, tudo de bom, muitos anos de vida, que você continue sendo essa pessoa maravilhosa que você é. Eu te amo muito e espero passar todo o resto da minha vida ao teu lado, porque não há ninguém mais maravilhoso que você. - disse ele em meio a um falatório.
- Awn amor, muito obrigado. Eu também desejo passar todo o resto da minha vida ao seu lado. Não saberia viver sem meu Bebezão mimado.. Você vai vir aqui em casa, né? - perguntei.
- Claro! Tenho que enfrentar meu sogrão hoje. - disse ele agora com o fundo mais silencioso - Gostou do presente da sua avó?
- Como você sabia? - perguntei
- Como você acha que ela sabia exatamente o modelo que você queria? - respondeu ele com outra pergunta.
- Meu Deus... A minha família se junta sem a minha presença e eu sou o último a saber? - disse aumentando o tom de voz pra que minha vó ouvisse da cozinha. - enfim, que horas você chega?
- Olha bebê, eu não dou horário certo, pois estou todo ocupado aqui e não sei qe horas vou sair do trabalho, ainda nem almocei... Aliás se quiser se encontrar comigo pra almoçarmos juntos. Eu topo!
- Ok baby... Vou me arrumar aqui e te encontro no restaurante daí de perto. Tudo bem? - Disse eu voltando pra cozinha.
- Ok, amor. Agora vou voltar pro trabalho. Beijos e te amo. - disse ele desligando.
- Como vocês sabiam do carro e não me deram nem uma pista sequer? - disse olhando pra vovó e pro Otávio.

"Ding Dong! "

- Vai atender a campainha, vai garoto. Deve ser alguém pra você. - disse minha avó, agora lavando a louça do almoço de Otávio.
Abri a porta e vi um moço com um uniforme de entregador, ele estava com uma cesta imensa de uma chocolateria muito boa por sinal, em suas mãos.
- Quem é Diego Müch... Müch... - disse ele tentando pronunciar meu sobrenome.
- Sou eu mesmo. - disse rindo.
- Entrega para o senhor. Assine aqui por favor e no mesmo lugar na página de trás por favor. - disse ele. - Obrigado!
- Obrigado o senhor, bom trabalho. - disse pegando a cesta e a nota de confirmação de entrega. Entrei em direção à cozinha e abri o embrulho da cesta e pra ler o cartão.

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