Capítulo 20

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Scarlett

— Você está todo sujo! — rio dele, olhando para sua boca que agora está coberta de chocolate por ter acabado de morder o bolo e a cobertura ter rebocado todo o canto da sua boca.

— Isso está muito bom! — ele geme de satisfação, dando mais uma mordida no bolo.

— Pelo jeito você gostou mesmo — zombo, levando um pedaço para minha boca também.

Faz mais ou menos uma hora que saímos do restaurante, e assim como havíamos combinado, agora estamos no meu apartamento, se enchendo de bolo enquanto assistimos um desenho animado que passa na tv, algo que nem eu e nem Henry nos importamos.

De acompanhamento também estamos bebendo um suco de laranja, que fiz antes de começarmos a comer e sentarmos no tapete da minha sala. Vinho não combinaria muito com bolo e também já bebemos quando estávamos no restaurante.

Henry aparentemente está confortável sem seus sapados, e também bastante feliz já que ri por qualquer coisa enquanto saboreia o magnífico bolo de chocolate cremoso, como ele mesmo apelidou.

— Você já provou isso? — pergunta o óbvio, me estendendo o pedaço de bolo que estava no seu prato.

— Já! Que pergunta mais besta — digo rindo e ele alcança o seu copo de suco, dando um grande gole.

— Quando for meu aniversário eu vou pedir para você fazer meu bolo, isso está maravilhoso — afirma e eu acho graça do quanto ele ficou maravilhado por apenas um simples bolo, mas penso em que talvez ele leve consigo que as coisas mais simples são as mais boas e importantes.

— Será um prazer —  sorrio e ele também sorri, se aproximando do meu corpo.

Solto um pequeno grito quando suas mãos puxam minha cintura, me fazendo se encaixar no seu colo e ficar frente a frente com ele. Ele me observa atentamente, passeando seus olhos por todo o meu rosto.

— Por que está me olhando desse jeito? — pergunto. Mesmo que ainda não tenha me acostumado ficar assim; completamente próxima dele, já que esse é nosso primeiro contato íntimo mais grande, não posso negar que gosto da sensação.

— Estou admirando o quão bonita você fica de todos os jeitos — sussurra, ajeitando meu cabelo atrás da minha orelha.

É estranho ver ele tão carinhoso assim.

— Você me deixa envergonhada me olhando assim — confesso, vendo ele sorrir de lado.

— Adoro ver suas bochechas vermelhas, por isso gosto de ver você envergonhada — admite e rio baixinho. — E quando você está envergonhada seus lábios também se entreabrem um pouco, me deixando ainda mais fascinado por eles.

— E você me deixa fascinada por conseguir me envergonhar tão fácil. Ninguém nunca conseguiu fazer isso tão facilmente — toco em seus ombros, circulando meus braços em seu pescoço, fazendo-nos aproximar ainda mais.

Henry passa o polegar pelo meu rosto, mordendo o lábio inferior.

— Nós dois causamos efeito um no outro, isso não podemos negar — ele diz e eu concordo, me aproximando para beija-lo. Tem vezes, a maioria delas, que eu sinto uma vontade absurda de fazer isso.

Seria somente um selinho, mas Henry não permitiu que isso acontecesse, já que pediu permissão para sua língua entrar em contato com a minha e eu não neguei, nem pensei nessa hipótese.

A mão dele fica em minha nuca, dando leve puxadas ali e conforme minha boca vai devorando cada vez mais a sua, sinto um leve gosto de chocolate ainda existente nela, já que o próprio acabou de comer e eu também, assim como também consigo sentir um leve gosto de laranja.

Seus beijos descem para meu pescoço, assim que precisamos de ar e seguro-me para não soltar pequenos gemidos quando sua boca morde minha pele, fazendo com que com certeza o local fique vermelho amanhã. Passeio meus dedos pelo seu cabelo, apertando um pouco seus fios conforme sinto ele beijar cada vez mais meu pescoço. Uma das suas mãos é depositada na minha nádega direita, apertando o local e elevo ainda mais a cabeça para trás.

Isso me traz uma sensação incrível, devo confessar.

Quando conseguimos recuperar o ar novamente, juntamos nossas bocas mais uma vez, quase famintos um pelo outro, e dessa vez, Henry deixa uma das suas mãos na minha cintura, apertando o local de um jeito que me faz sentir pequenos arrepios.

Hum... — gemo contra a sua boca quando ele morde meu lábio inferior.

— Você está me deixando louco — sussurra contra meu rosto, deixando nossas testas grudadas. Apenas fico em silêncio, tentando regular minha respiração que está fora de controle. — Acho melhor eu ir.

— Se você quiser...

— Com calma, se lembra? Eu quero muito terminar isso de outro forma, e você sabe de qual, mas vamos com calma, certo? — abro meus olhos para encara-lo e afirmo, abrindo um sorriso.

Eu adoro o fato dele me respeitar e aceitar todas as minhas decisões. Eu pedi para irmos com calma, e ele está fazendo isso. Sei que somos adultos e não mais adolescentes, mas ir com calma é o melhor a se fazer, e principalmente para que nenhum saia machucado ou insatisfeito no final.

— Ok então — ainda sorrindo, me afasto do seu colo, ficando em pé e estendo a mão para ele, ajudando-o a levantar.

Henry me olha também com um pequeno sorriso no rosto e de certa forma me sinto aliviada por ele me entender. A maioria dos homens não compreenderiam que eu quero ir com calma, e já estariam querendo me levar para cama, mas ele não, Henry é diferente. Claro, é palpável em seus olhos que ele não vê a hora para termos um contato maior — e talvez até eu mesma necessite disso — mas ele compreender meu lado foi legal da parte dele, eu diria que até incrível, pois se eu já tinha confiança nele, agora ela chega a se duplicar.

— Nunca vou esquecer desse bolo — aponta para a travessa em cima da mesa enquanto calça o seu sapato, me fazendo rir. — E nem desse beijo — e para completar mais uma vez deixa minhas bochechas vermelhas.

Isso está se tornando algo tão repetitivo que já é algo normal.

— Eu também não, talvez seja impossível — confesso sem medo.

— E será — afirma. — Agora tenho que ir e acho que essa cabeça de fogo tem que dormir né? — rio do apelido e aceno com a cabeça. Realmente estou um pouco cansada de tudo que aconteceu.

O acompanho até a porta e nos despedimos com um breve beijo. Observo ele entrar no elevador e assim que seu corpo some da minha visão, fecho a porta indo para dentro do meu apartamento novamente.

Guardo os copos e o bolo que estavam na sala, deixando para lavar o que havíamos sujado para manhã e ao olhar no relógio, surpreendo-me ao ver que já são duas da manhã. Apago as luzes da cozinha e sigo para o corredor do meu quarto, dando de cara com o cômodo que agora está totalmente mudado, com novas cores e objetos preenchendo ele.

Passo meu olhar para a cama e não deixo de imaginar nós dois ali em cima, Henry com todo o desejo que demostra, e eu me afundando nessa loucura que estou começando a gostar cada dia mais.

Reprendendo-me por esse pensamento, mas no final das contas não é nada errado, ou é?

•••
Um beijo mais intenso, não é mesmo?

Algumas coisas há mais poderiam ter rolado nesse capítulo? Sim, e essa até era minha ideia inicial. Mas achei melhor esperar um pouco, pois mesmo os dois desejando, acho que eles ainda tem que pegar um pouquinho mais de intimidade, e Scarlett também precisa de mais confiança, e menos inseguranças. Mas na opinião de vocês, o que vocês acham?

O capítulo foi meio curtinho, mas espero que tenham gostado. 🖤

Gostaria que me contassem o que estão achando do livro, gosto muitooo de saber a opinião de vocês.

Até o próximo, meus amores. 🧡

Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora